Estação de trânsito
ILIMAR FRANCO
O G LOBO - 25/02/11
O PDB, partido que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, está para criar, recebeu o apelido de “Partido Janela”. A expectativa é que 20 deputados embarquem no projeto. Mas nem todos participariam da fusão com o PSB. Uma parte quer usar o novo partido só para driblar a lei da fidelidade. São considerados fiéis os que criam um partido novo ou se recusam a participar de uma fusão.
Pressão maior na correção da tabela
As centrais sindicais prometem para a correção da tabela do Imposto de Renda uma mobilização maior do que a feita na votação do salário mínimo. “Vai ser bem maior porque envolve categorias organizadas, como funcionários públicos e metalúrgicos”, disse o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). A proposta do governo é 4,5%, e as centrais querem uma correção de 6,47%. A oposição vai pedir uma correção maior, e seus integrantes avaliam que a pressão do movimento sindical e de funcionários públicos, tradicionais eleitores petistas, terá um efeito maior na hora da votação dos governistas.
"Não importa para onde ele (Gilberto Kassab) vai, pois vai continuar sendo parceiro do (José) Serra” —
Marta Suplicy, senadora (PT-SP)
O VITORIOSO. Ao contrário da Câmara, quem marcou gol na votação do salário mínimo no Senado foi a bancada do PT. O líder Humberto Costa (PE), com uma mãozinha do Planalto, conseguiu que os 15 senadores petistas votassem a favor dos R$ 545. O PMDB desta vez não foi tão eficiente: dois votaram contra, e um se absteve. O placar do embate PT x PMDB agora está 1 x 1. O desempate fica para a próxima votação.
Contrariada
A presidente Dilma Rousseff queria que o Senado tivesse aprovado anteontem, na sessão do mínimo, as indicações de Altamir Lopes e Sidnei Marques para a diretoria do BC. Ela queria ambos na reunião do Copom na semana que vem.
Direitos autorais
O senador Itamar Franco (PPS-MG) fez questão de corrigir Kátia Abreu (DEMTO), em plena discussão do novo salário mínimo, dizendo que o Plano Real foi criado em seu governo, e não no do tucano Fernando Henrique Cardoso.
Planalto pede calma aos aliados
A nomeação para os cargos de segundo escalão começará a andar de forma lenta na segunda quinzena de março. Um ministro explicou que, além de acertar com os partidos o quinhão de cada um, ainda será necessário conversar com quem vai ter de deixar esses cargos. Ele argumentou que o time que está aí ganhou a eleição, e, portanto, o governo é novo mas também de continuidade. Os aliados esperam resignados.
Herdeira?
Ofendida com a observação de José Sarney (PMDBAP) de que ela está chegando agora e não domina o regimento da Casa, a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) encheu a boca para proclamar: “Estou aqui substituindo Jader Barbalho”.
Niterói no PAC
O governador Sérgio Cabral (RJ) escalou Sergio Zveiter (PDT-RJ) para pressionar a presidente Dilma a incluir Niterói no PAC da
Mobilidade Urbana. É preciso habilitar o município no programa que tem orçamento de R$ 16 bilhões.
REFORMA. O PSDB criou uma comissão, presidida pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), para unificar a posição do partido na Câmara e no Senado a respeito da reforma política.
OS PETISTAS estão reagindo à intenção do ministro Moreira Franco (SAE) de nomear o acadêmico Roger Stiefmann Leal para a Secretaria-Executiva da pasta. Alegam que Roger tem vínculos com o DEM.
● CARNAVAL. A presidente Dilma Rousseff vai passar o carnaval numa praia com parentes. Apesar dos convites, não vai assistir aos desfiles na Sapucaí.
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