Produção de asfalto tem forte queda em outubro
Maria Cristina Frias
Folha de S.Paulo - 22/11/2010
A produção de asfalto no país, que registrou seguidos recordes no ano, surpreende o mercado com queda significativa em outubro.
Foram produzidas 270,6 mil toneladas de asfalto em outubro, ante 305,2 mil em setembro, de acordo com levantamento realizado pelo Sinicesp (Sindicato da Indústria da Construção Pesada de São Paulo) e pelo grupo de vias da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP).
Com relação ao mesmo mês do ano passado, a alta é de apenas 10%, em oposição a um histórico de incrementos de mais de 40% nos meses anteriores na mesma base de comparação.
O ano ainda deve apresentar resultados superiores. Em 2010, a produção total supera os 2,5 milhões de toneladas, ante cerca de 2,1 milhões no ano passado.
Em São Paulo, a redução foi mais significativa, de 68,3 mil toneladas em outubro, ante 92,9 mil em setembro.
CHUVAS
A recente baixa se deve a três fatores, segundo Manuel Rossitto, diretor do Sinicesp.
O período chuvoso nas regiões Sul e Sudeste do país contribuíram para o resultado, assim como o calendário eleitoral que interrompeu algumas obras nos meses mais próximos ao pleito.
A falta de planejamento em toda a cadeia é o maior dos problemas e pode se agravar, segundo o diretor.
"O planejamento é muito importante porque as empresas fazem investimento, compram equipamentos e treinam mão de obra. Tudo isso, porém, corre o risco de ficar ocioso e impactar no custo", afirma Rossitto.
PERFUMARIA
Pouco mais de um ano após ter sido comprada pela Globalbras, a marca de cosméticos Água de Cheiro abre a loja de número 500.
"Em setembro do ano passado, a marca tinha 279 lojas. Pretendemos fechar o ano com 600", diz Henrique Alves Pinto, presidente da holding. O plano é chegar a mil no final de 2011.
O investimento da Globalbras no negócio, desde a aquisição, está em cerca de R$ 100 milhões.
Os recursos, que envolveram modernização de fábrica, lojas, campanhas e novos produtos, contribuíram para a motivação da malha de franqueados.
Hoje, as franquias representam 80% da rede, segundo o empresário.
"Quando assumimos, chamamos toda a rede para conversar e mostrar que a marca teria boa exposição."
Nas mãos do antigo dono, a fabricante dos produtos Água de Cheiro chegou a pedir concordata.
Bom... O SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) inicia hoje ação especial no Pátio do Colégio, no centro de São Paulo, para quitação de dívidas e orientação financeira. O consumidor poderá negociar direto com o credor, sob condições especiais.
...pagador Também será distribuída uma cartilha de orçamento doméstico, com diretrizes sobre como livrar o nome de restrições financeiras e como proceder em caso de perda de cheque e documento.
Mudança... O Fórum Clima, que acontece hoje em São Paulo, com a presença de empresas, que, em 2009, assinaram a "Carta Aberta ao Brasil", apresentará um balanço de ações para reduzir os impactos das mudanças no clima.
...climática O primeiro inventário de emissões da Odebrecht envolverá as atividades de 11 escritórios em sete Estados, além das obras e empreendimentos de engenharia e construção. A apresentação deve ocorrer no início de 2011.
PÉ GRANDE COM GRIFE
Com foco em calçados de numeração grande desde 1938, a Casa Eurico acaba de criar uma nova marca, a Eurico Max.
A estratégia, que visa atrair um público mais jovem e de poder aquisitivo heterogêneo, é oferecer modelos de diferentes graus de valor agregado.
Para isso, a empresa fechou parcerias com marcas como Ferri, Corso Como, Selo de Controle, Débora Germani, Samello e Democrata, que desenharão os modelos dos sapatos.
"Quisemos segmentar o espaço de atendimento com as marcas parceiras. Acolheremos uma diversidade de público maior", afirma Cláudia Rosenthal, uma das sócias.
A loja vai oferecer modelos de cerca de R$ 80 até R$ 600.
A Casa Eurico vende calçados femininos do número 40 ao 43 e masculinos do 44 ao 48.
BEBIDA DE BACO
Nasce uma vinícola. A Dunamis, novo empreendimento do agropecuarista gaúcho José Antônio Peterle, lança nesta semana os seus dois primeiros vinhos, um tinto e um branco.
Depois de quase 30 anos como produtor rural, Peterle deu início, em 2002, ao projeto de produção de uvas viníferas nos municípios de Dom Pedrito e Cotiporã, no Rio Grande do Sul.
Nas duas últimas safras, foram elaborados vinhos experimentais, com a consultoria da Embrapa Uva e Vinho.
A produção será limitada, com 3.000 garrafas do tinto merlot/cabernet franc e de 8.000 do branco sauvignon blanc/chardonnay.
A vinícola conta com a consultoria do enólogo chileno Mário Geisse.
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