Sabesp assina hoje contrato de US$ 63 mi no Japão
Maria Cristina Frias
Folha de S.Paulo - 14/10/2010
Executivos da Sabesp assinam hoje, em Tóquio, empréstimo de US$ 62,5 milhões (cerca de R$ 104 milhões, na cotação do dólar de ontem) com a Japan International Cooperation Agency.
O investimento, que se soma à contrapartida de igual valor da Sabesp, será direcionado ao programa Pró-Billings, que beneficia, direta e indiretamente, cerca de 5 milhões de moradores da Grande São Paulo, abastecidos pelo manancial.
O recurso será destinado à construção de 100 km de rede coletora, 30 km de coletor tronco e 72 estações elevatórias. As obras terão início em janeiro de 2011 e devem ser concluídas em 2015. O edital de contratação do primeiro trecho já foi finalizado.
"A represa é uma das principais fontes de abastecimento da região. Vamos recuperar as margens e preservar a qualidade da água", diz Rui de Britto Affonso, diretor econômico da Sabesp, que está no Japão para a assinatura do contrato.
A companhia busca recursos no país asiático para aproveitar menores taxas de juros e maiores prazos, segundo Affonso.
"O país oferece 24 anos para pagar e juros entre 1,8% e 2,5% ao ano, bem menor que no Brasil", diz.
A Sabesp também negocia com a agência japonesa o empréstimo de US$ 200 milhões para o programa Onda Limpa, de despoluição da Baixada Santista, e de US$ 360 milhões do programa de Redução de Perdas das redes de esgoto existentes.
DAS ARÁBIAS
A Agência de Investimentos Estrangeiros de Dubai fechou acordo com o escritório brasileiro Velloza, Girotto e Lindenbojm, que passa a ser o representante oficial do órgão no Brasil.
O objetivo é estreitar o relacionamento bilateral e ampliar as possibilidades de investimentos e negócios entre os dois países.
"Percebemos interesse muito grande do mundo árabe em investir na América Latina", diz César Amendolara, sócio do escritório.
O Brasil é o segundo país da região a assinar com Dubai. O primeiro foi a Argentina, segundo o advogado.
Com o Brasil, os setores de maior interesse do Oriente são os de alimentos e de geração de energia, de acordo com Amendolara.
"A principal dificuldade dos estrangeiros é entender a carga tributária e a regulação de mercado financeiro brasileiro. Também recebo demandas de investidores sobre aquisição de terras rurais", diz o advogado.
O escritório já está em contato com agências e empresas do Qatar e da Arábia Saudita.
DE MALAS PRONTAS
A Caixa Econômica Federal deve fechar hoje uma nova parceria, com agências de turismo.
O objetivo é promover financiamento de pacotes dentro das condições do Crediário Caixa Fácil Turismo, que oferece a possibilidade de pagamento da primeira prestação em até 63 dias após a contratação e prazo de pagamento em até 24 meses.
O banco direcionou cerca de R$ 3 bilhões em crédito para o setor de turismo no ano passado.
No primeiro semestre deste ano foi R$ 1,9 bilhão, volume que representa 35% de aumento em relação ao mesmo período de 2009.
SEGURO-VIAGEM CRESCE 150%
O aumento do número de brasileiros que viajam tem impulsionado o mercado de seguro-viagem ou turístico.
O segmento gerou receita de R$ 24,1 milhões no acumulado deste ano, até agosto, segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados).
Esse valor é 151% superior ao apurado no mesmo período do ano passado.
Essa é uma das carteiras que mais têm crescido no mercado brasileiro de seguros, de acordo com o órgão.
O pico neste ano foi registrado em julho, mês de férias escolares, quando a carteira gerou receita de R$ 7 milhões, com aumento de 400% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Indústria e... A pouco mais de um mês para a COP 16, a indústria está preocupada com os impactos das negociações. Técnicos da Fiesp participaram da última reunião preparatória na semana passada em Tianjin, na China, e levantaram pontos de atenção para o setor produtivo.
...clima O uso de combustíveis para transportes aéreo e marítimo, a relação entre comércio e mudança do clima, as negociações setoriais, como a de biocombustíveis, e os mecanismos de financiamento às ações de mitigação e transferência de tecnologia devem ganhar o centro dos debates.
Países... Editoras brasileiras presentes no estande da Câmara Brasileira do Livro, na 62ª Feira de Frankfurt, uma das maiores do gênero no mundo, venderam US$ 550 mil em direitos autorais.
...de muitos... Os principais compradores foram EUA e França, seguidos por Portugal, Reino Unido e Alemanha. A expectativa de negócios para os próximos 12 meses é de mais US$ 289,7 mil.
...leitores No total, 1.504 títulos de autores brasileiros, de 47 editoras, foram apresentados no evento a compradores de diversos países.
Confiança do consumidor aponta queda em São Paulo
A confiança do consumidor paulistano começa a arrefecer. Em outubro, o ICC (Índice de Confiança do Consumidor), medido pela Fecomercio SP, apresentou queda de cerca de 4%.
Desceu de 161 pontos para 154, patamar que ainda é considerado otimista, acima dos 100 pontos.
"Embora o indicador tenha apresentado queda, o atual nível de confiança ainda demonstra uma segurança do consumidor em termos de emprego e renda em consequência da estabilização do desemprego em patamar baixo e do aumento real das remunerações", afirma Thiago Freitas, economista da Fecomercio.
Todos os quesitos que compõem o índice registraram queda no mês. O Icea (Índice de Condições Econômicas Atuais) obteve um declínio de quase 5%.
O IEC (Índice de Expectativa do Consumidor) caiu aproximadamente 3%.
No resultado do Icea, o segmento que mais contribuiu para a diminuição do indicador foi o dos consumidores que possuem renda superior a dez salários mínimos, com baixa de 6,5%.
No IEC -que aponta a percepção do consumidor em relação ao médio e ao longo prazo- foi relevante a perda de confiança dos consumidores com idade acima de 35 anos, que apresentou variação negativa de 6,4%.
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