Exportação brasileira de móveis cresce 15% e se aproxima de período pré-crise
Maria Cristina Frias
Folha de S.Paulo - 28/09/2010
As exportações brasileiras de móveis acumulam aumento de 14,6% neste ano, segundo a Abimóvel (associação brasileira do setor).
De janeiro a julho, as vendas para o mercado externo totalizaram US$ 434,1 milhões, valor bem próximo ao da receita exportada em 2008, período pré-crise.
"Esse aumento reflete a recuperação da economia mundial. Os mercados compradores voltaram a repor os seus estoques", afirma José Luiz Dias Fernandez, presidente da Abimóvel.
O principal destino dos móveis brasileiros nesse período foi a Argentina, cujas compras somaram US$ 64,5 milhões, com aumento de 105% na comparação com o acumulado de janeiro a julho do ano passado.
"Em 2009, as vendas para a Argentina recuaram 42%. E agora o país apresenta recuperação", diz Fernandez.
O polo moveleiro de Bento Gonçalves (RS) é um exemplo de recuperação das exportações brasileiras.
A região registrou aumento de 20% no volume de móveis vendidos ao exterior de janeiro a agosto, segundo dados do Sindmóveis (sindicato da indústria na região).
"Nós perdemos muito mercado devido à crise mundial e agora estamos recuperando o volume perdido", afirma Denise Valduga, gerente do sindicato.
Os principais destinos dos móveis de Bento Gonçalves são Uruguai, Reino Unido e Argentina.
À FRANCESA
Vinicultores da região de Languedoc-Roussillon, no sul da França, participam do 4º Festival Sud de France, no Rio de Janeiro, que começa em outubro.
A França ocupa o quinto lugar no ranking de exportação de vinhos para o Brasil, atrás de Portugal.
"Os vinhos do Mercosul chegam com carga tributária menor e têm vantagem de pelo menos 30% nos preços", diz Rogério Rebouças, representante do festival no Brasil.
MUTANTE
A Allison Transmission está prestes a apresentar ao mercado seu novo sistema híbrido. A Allison já tem o modelo para ônibus urbanos, embora ainda não tenha sido vendido no Brasil.
"É uma das soluções híbridas mais econômicas e rentáveis para o mercado de ônibus urbanos. Agora, o foco principal dos nossos esforços serão direcionados para o uso em caminhões para aplicações como veículos de entregas e coleta de resíduos", diz o presidente Evaldo Oliveira.
O sistema híbrido usa dois motores, a diesel e elétrico. Em determinadas situações, o motor a diesel é desligado e usa-se apenas o elétrico.
Nos caminhões, transmissões totalmente automáticas da companhia permitem economia 24% superior. São 8,5 litros a cada 100 km, segundo análise da Staf Transports, da França.
CADEADO
A Le Postiche, de acessórios e artigos de viagem, e as seguradoras ACE e TRR Securitas fazem acordo para seguro de bagagens.
A proteção cobre malas perdidas em viagens aéreas, marítimas e terrestres por seis meses e custa entre R$ 24 e R$ 42.
"O serviço segue tendências internacionais. É para o cliente economizar tempo", diz Alessandra Restaino, presidente da Le Postiche. A expectativa é vender 15 mil apólices até dezembro e 30 mil em 2011.
Segunda-feira O primeiro dia útil da semana é o preferido para procurar emprego, segundo a Monster, de recrutamento e gerenciamento de carreiras on-line. Desde agosto, a empresa teve crescimento médio de 24% no número de currículos cadastrados a cada segunda, ante 12% nos demais dias. A curva se assemelha em mais de 50 países.
Econômica A manutenção da madeira plástica custa R$ 171 em dez anos, ante R$ 308 da madeira natural, segundo a Wisewood Soluções Ecológicas, que amplia atuação com investimento de R$ 12 milhões em fábrica até 2011.
Renovação A Embaré, empresa de laticínios e doces, inaugura na primeira semana de outubro a ampliação e modernização da sua Estação de Tratamento de Efluentes Industriais e as instalações do primeiro Centro de Educação Ambiental, em Minas Gerais. Ao todo, foram investidos R$ 8 milhões no complexo.
Logística A Gomes da Costa, uma das líderes no mercado de atum na América Latina, fechou parceria para fazer a distribuição brasileira dos azeites e produtos da Carbonell. São Paulo, que representa 37% do mercado total de azeites, foi o último Estado.
Bolso 1 Em agosto, a parcela de famílias da região metropolitana do Rio que tiveram excedente orçamentário, depois das despesas pagas, ficou em 45%. Foi o maior nível em 11 anos. No mesmo período de 2009, era de 34%, segundo a Fecomércio-RJ. O percentual dos que têm dinheiro guardado também é o maior, 46%.
Bolso 2 A parcela de famílias que espera orçamento "empatado" caiu de 44% para 37%, diz Christian Travassos, economista da entidade. Para apenas 18% o orçamento vai faltar. "Para quem vai sobrar, o destino é guardar para gastar no futuro ou em lazer", diz.
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