Brasil precisa de R$ 13 bi ao ano em rodovias, diz Abdib
Maria Cristina Frias
Folha de S.Paulo - 07/07/2010
Seriam necessários investimentos de R$ 12,6 bilhões por ano ao longo de uma década, sem interrupção, para que o Brasil tivesse uma malha rodoviária considerada satisfatória.
O cálculo é da Abdib (associação de indústrias de base), que considera que o país precisa ampliar as concessões para o setor privado.
O país tem cerca de 12 mil km de estradas com potencial para concessões que poderiam ser recuperadas em prazo de 30 meses, segundo o vice-presidente-executivo da Abdib, Ralph Terra.
Atualmente, a iniciativa privada administra 15.130 km de rodovias, o que representa 9% da extensão da malha brasileira pavimentada.
A terceira fase do programa de concessões federais está em análise no TCU (Tribunal de Contas da União). O órgão exige que novos estudos de viabilidade técnica e econômica sejam realizados, o que atrasaria o leilão em até três anos, diz a Abdib.
"Estamos acompanhando o processo de avaliação no TCU para que, tão logo isso seja liberado, a Agência Nacional de Transportes Terrestres possa iniciar o processo de licitação", diz Terra.
Em 1997, 8% das estradas analisadas pela Confederação Nacional dos Transportes registravam condições boas ou ótimas para tráfego. Em 2009, o indicador atingiu 31%. A extensão considerada péssima ou ruim representa hoje 24% da malha avaliada, contra 2,9% em 1997.
Andaime
A Rohr, da área de equipamentos para construção e serviços de engenharia, irá investir R$ 70 milhões.
Os recursos serão destinados para a compra de equipamentos, como estruturas tubulares para andaimes, e máquinas de acesso, como elevadores de obras e plataformas aéreas.
As plataformas virão dos EUA. Do total investido, R$ 15 milhões serão usados na importação, segundo Fernando Canteruccio, vice-presidente da Rohr. "Estamos acompanhando a expectativa das obras de infraestrutura, como PAC, Copa do Mundo, e os investimentos da Petrobras", diz.
A empresa desenvolve um projeto com uma escola técnica de São Paulo para criar um programa de trainee na área de edificações.
"A ideia é ganhar tempo tanto para a empresa como para o estudante", afirma o vice-presidente.
Custo...A taxa de sinistralidade dos planos de saúde em 2009 foi uma das mais altas dos últimos anos, atingindo 83%, segundo a ANS, em consonância com a Variação de Custo Médico Hospitalar apurado pelo Instituto Estudos de Saúde Suplementar, que alcançou 12% no ano.
...nos planos...As despesas assistenciais das operadoras (apenas com procedimentos médico-hospitalares) chegaram a R$ 53,1 bilhões. O número de internações no ano, por exemplo, diminuiu 0,7% em relação a 2008.
...de saúdeO preço médio das internações, porém, aumentou 10,5%, variação de 9,7% nos custos de hospitalização. A variação das despesas com consultas foi de 5,1%, mais de 223 milhões de atendimentos realizados no ano.
Disputa...No próximo leilão de energia, em agosto, as operadoras esperam vender 2.000 MW de energia de reserva e mais 2.000 MW de energia renovável, segundo Pedro Perrelli, diretor-executivo da Abeeólica. A energia eólica terá a maior oferta dentre as fontes alternativas concorrentes.
...energética"A energia eólica no Brasil está amadurecendo", diz Perrelli. O tema será debatido amanhã no "Fórum de Estruturação de Projetos Eólicos", no Rio de Janeiro.
LembrancinhaOs brindes tecnológicos são tendência. O pendrive cresceu 20% em 2009 e deve saltar para 50% neste ano, segundo a Bríndice, feira do setor que ocorre neste mês em SP. Em 2009, o mercado de brindes faturou R$ 4,5 bilhões e espera crescer 10% em 2010.
Promoção do Brasil
A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) estima realizar 900 eventos neste ano. "As atividades da agência para promover pequenas e médias empresas brasileiras foram responsáveis por 16,83% das exportações, em 2009", diz Alessandro Teixeira. Ele foi reeleito para outros dois anos à frente da World Association of Investments Promotion Agencies (Waipa), entidade que representa as agências de promoção de investimentos de 149 países.
Devo e Não Nego
A inadimplência em condomínios da cidade de São Paulo caiu 28% no primeiro semestre deste ano ante mesmo período de 2008.
O índice médio de boletos com atraso superior a 30 dias ficou em 4,3% do total emitido, segundo dados da Lello Condomínios. No mesmo período de 2009, o índice registrava 4,5% e, em 2008, 6%.
A melhora se deve à entrada em vigor, em 2008, de lei que permite inscrever condôminos devedores em serviços de proteção ao crédito, informa a empresa.
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