Empresário prevê alta do material de construção
Folha de S.Paulo - 18/03/2010
Os empresários da construção civil estão preocupados com um possível aumento dos custos dos insumos do setor nos próximos meses.
Foi o que mostrou a sondagem da indústria da construção realizada em fevereiro pelo SindusCon-SP e pela FGV.
No mês passado, o indicador das perspectivas das empresas no país em relação aos custos do material de construção foi de 44,36 pontos, resultado abaixo dos 57,51 pontos de fevereiro do ano passado.
O indicador vai de 0 a 100 pontos, sendo que acima de 50 indica otimismo e abaixo, perspectiva não favorável, ou seja, aumento dos preços.
A paralisação enfrentada por anos pelo setor desestimulou a entrada de novos fabricantes de material de construção e o aumento da produtividade.
"Com a recuperação da atividade em 2006 e com o aumento do crédito, cresceu a demanda por material, mas a indústria não estava preparada", afirma Eduardo Zaidan, diretor de economia do SindusCon-SP.
Muitos insumos da construção civil são produzidos por um pequeno número de fabricantes, o que aumenta o temor de que os preços possam subir, de acordo com Zaidan.
O setor já enfrentou alguns momentos de fortes reajustes de preços. O último foi entre setembro de 2007 e meados de 2008, quando, com a escassez de insumos, alguns produtos chegaram a subir até 25% acima da inflação, diz o diretor do sindicato patronal paulista.
TRENZINHO CAIPIRA
Trens para grandes cidades paulistas entraram no radar. A atuação do secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, foi ampliada para o interior pelo governador José Serra. "Vamos pensar em trens em São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Bauru, Sorocaba...", diz Portella. O secretário planeja oferecer ainda transporte de passageiros nas regiões de Sorocaba, Campinas e Santos, para ligá-las a São Paulo. O VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) também entrará em estudos para algumas dessas cidades. A encomenda já feita de quase 60 trens para o Metrô e para a CPTM impulsionou a indústria ferroviária. Fábricas estão vindo ao país ou retomando atividades para atender à demanda do governo. Duas estações de metrô estão quase prontas. Em pouco mais de três minutos será possível ir da Paulista à Faria Lima em trens com alta tecnologia, que prescindem de condutores, têm câmeras de vídeo, passagem livre entre os vagões e ar condicionado em todos eles.
NO CARTÃO
A Verifone, especializada em produção de maquininhas POS, de recebimento de cartões, vai ampliar o foco do seu negócio no Brasil. A estratégia da empresa desde o início deste ano é investir também na venda de softwares para o mercado de emissores e adquirentes de cartão de crédito, débito, pré-pago, cartões presente, fidelidade e outros, segundo Heman Molina, presidente da empresa. Há cerca de um ano e meio, a Verifone adquiriu uma empresa no Uruguai, que era responsável pelo suporte da tecnologia do software. A partir deste ano, o suporte passa a ser feito no Brasil. "Acredito que com as novas mudanças de abertura que estão se passando no mercado de cartões no país essa solução terá uma procura maior", afirma Molina.
INTERCÂMBIO
A primeira-dama do Texas, Anita Perry, anunciou ontem, na Fiesp, que o Estado possui US$ 217 milhões em recursos para serem doados a empresas estrangeiras que desejam se estabelecer no Texas. A Santana Textiles é a primeira brasileira a receber a doação.
NO CANUDO
As vendas de refrigerantes podem subir cerca de 10% neste ano, impulsionadas pela Copa do Mundo, segundo a Abir (associação do setor). Em 2009, foram produzidos cerca de 14 bilhões de litros de refrigerante, gerando faturamento de mais de R$ 22 bilhões.
EVENTOS 1
O primeiro centro de convenções e eventos do município de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, está a caminho. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico da cidade firmou convênio com o Ministério do Turismo para a elaboração de estudo de viabilidade socioeconômica e técnica do projeto.
EVENTOS 2
A maior parte dos recursos (R$ 552 mil) virá do Prodetur (Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo). O projeto está em fase de abertura de licitação para a contratação de uma consultoria especializada para realizar o estudo de viabilidade.
REFORMA 1
No Panamá desde 2004, a Odebrecht acaba de ganhar licitação para renovar a área urbana de Curundu, uma das regiões mais pobres da Cidade do Panamá. Com investimento de US$ 94 milhões, a companhia brasileira será responsável pela urbanização do bairro carente.
REFORMA 2
Serão construídos pela Odebrecht 65 edifícios de quatro pisos, 2.000 metros quadrados de áreas comerciais, instalações esportivas, espaços culturais, reforma do sistema de drenagem pluvial e da rede de água potável. No ano passado, a Odebrecht concluiu dois grandes projetos no país: as construções da Cinta Costeira e da estrada Madden-Colón.
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