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A decisão tomada pelo governo brasileiro de retaliar os EUA está correta, afirma Rubens Ricupero. "Não deixaram ao Brasil outra escolha. O país teve muita paciência no caso, mas os EUA não tiveram o mesmo empenho para chegar a uma solução", diz o diretor da Faculdade de Economia da Faap e ex-ministro da Fazenda. Ontem, o governo divulgou a lista com os 102 itens que serão objeto de retaliação aos subsídios ilegais americanos aos produtores de algodão do país. "Pode ser que agora os EUA comecem a negociar", diz. Segundo o ex-ministro, a retaliação não é o fim da estrada. "É uma maneira de levar a outra parte à negociação." Por outro lado, Ricupero afirma que, como resposta, os EUA podem tirar o Brasil do SGP (Sistema Geral de Preferências) -programa de isenção tarifária que beneficia as exportações brasileiras. "Mas seria errôneo, aprofundaria o problema." Para Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do departamento de relações internacionais e comércio exterior da Fiesp, a escolha brasileira foi dura, mas correta. "A medida do Brasil é dura, mas é pragmática. Todos os países da OMC precisam cumprir as decisões." Fonseca, que se reuniu ontem com a iniciativa privada, diz que os setores envolvidos estão descontentes e que ainda estão em busca de uma negociação. Ele não acredita que os EUA estejam dispostos a contrarretaliar o Brasil. "Isso não seria bom para as relações entre os países e só azedaria mais uma situação que já está tensa." MAIS CARTÕES A CSU, que distribui e desenvolve tecnologia em cartões, divulga crescimento com o produto e anuncia a criação de mais cinco produtos. A base de cartões da CSU, que era da ordem de 20,1 milhões em dezembro de 2008, passou para 24,3 milhões no mesmo mês do ano passado, segundo o presidente da companhia, Marcos Ribeiro Leite. A CSU já tem fechados novos acordos com varejistas e uma empresa na área de saúde. Os outros produtos ainda não podem ser divulgados, de acordo com Leite. O montante de cartões híbridos, que são os do varejo, como os cartões da marca de uma seguradora ou de um supermercado, era de 1,4 milhão há 12 meses, saltou para 3,16 milhões no período. O crescimento foi de 21,2% da base de cartões da CSU ante 11,9% do mercado. A expansão nos híbridos, por sua vez, foi de 125,7%. "Foi resultado de uma série de projetos nas áreas financeira e de varejo", diz Leite. "Há um espaço muito grande; está [apenas] começando esse crescimento." Leite diz que há um duplo valor na adoção pelo lojista do sistema de emissão de cartões, "ele torna fiel o comprador e é bom para o próprio cliente". Produtos da Páscoa têm tributação alta A carga tributária que incide nos produtos usados ou consumidos na Páscoa continua elevada neste ano. O vinho e o bacalhau são os campeões, com 54,7% e 43,8%, respectivamente, segundo estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). Neste ano, o bombom teve leve aumento, passando de 37,6% no ano passado para 38%, igualando-se à tributação dos ovos de Páscoa. A carga tributária sobre o papel celofane, usado para embrulhar os chocolates, também subiu, dos 34,5% para os atuais 35,2%. Para o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, a elevada carga tributária embutida nos produtos da Páscoa faz com que cada vez mais o consumo de chocolate seja seletivo, o que afasta a população de baixa renda desses produtos, em virtude dos altos preços praticados. PAREM AS MÁQUINAS A antiga Redação do "New York Times", na rua 43, irá se transformar em um salão de boliche. O terceiro e o quarto andares do prédio, onde o "Times" foi escrito até 2007, receberão 50 pistas de boliche, além de restaurante, teatro e clube noturno. O jornal hoje funciona entre as ruas 40 e 41, num prédio assinado pelo renomado arquiteto italiano Renzo Piano. CHURRASCO A partir de abril, os vinhos brasileiros poderão ser degustados em 40 das cerca de 200 churrascarias brasileiras existentes nos EUA. O potencial de comercialização é de US$ 1 milhão, diz Andreia Milan, do Wines From Brazil. "Essas churrascarias somam volume de compras médio anual de US$ 11,5 milhões. Se adquirirem 10% do volume, teremos mais de US$ 1 milhão." SOMBRA A ilha caribenha de Aruba recebeu 10.594 turistas brasileiros no ano passado, quantidade 21,1% superior à registrada em 2008, segundo o Aruba Tourism Authority, órgão local responsável pela promoção do turismo na ilha. Os dados colocam o Brasil na 8ª posição em número de visitantes, sendo os EUA líderes em emissão de turistas, com 528.104. Nos últimos cinco anos, a presença de brasileiros subiu de 6.000 para 10 mil. SEGURO O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) retomará hoje no Congresso Nacional a discussão sobre o projeto de lei nº 3.555/04, que prevê a primeira regulamentação do contrato de seguros no Brasil. O anteprojeto foi iniciativa do Instituto Brasileiro de Direito do Seguro, presidido pelo advogado Ernesto Tzirulnik. | |
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK |
terça-feira, março 09, 2010
MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO
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