FOLHA DE SÃO PAULO - 02/02/10
Começou no meio do dia e avançou até a noite, nas submanchetes do UOL e do G1 e nas manchetes do iG, do Terra, da Reuters Brasil. No primeiro enunciado do UOL, como nos outros portais, "Pesquisa aponta empate entre José Serra e Dilma Rousseff". Também no UOL, o blog de Fernando Rodrigues sublinhou que o levantamento trazia "uma notícia muito boa para o PT", o empate técnico, "e outra ruim", que o empate só existe quando Ciro Gomes está na lista.
No site da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o relatório do Sensus ressalta na "Conclusão" que Dilma Rousseff "aparece em primeiro lugar pela primeira vez na pesquisa espontânea".
No início da noite, a pesquisa foi trocada, dos sites aos telejornais, pelas novas enchentes em São Paulo.
NÃO PODE PARAR
Na manchete do Terra, fim da tarde, "Após melhora em pesquisa, Lula diz a Dilma que trabalho não pode parar". Ele "comemorou reservadamente" e teria dito à ministra, segundo um assessor:
"Estamos melhorando. Não podemos parar de trabalhar. Temos que continuar."
TRANSFERÊNCIAS
Na manchete da Reuters Brasil, fim da tarde, "Dilma sobe por economia e transferência de voto". Segundo o Sensus, "parece que Dilma passa a extrapolar o limite da transferência de Lula".
O Terra ouviu, do presidente do PT, que "há transferência de Serra para Dilma".
TEMPOS RUINS
Ouvido pelo Terra Magazine, o presidente do PSDB afirmou, sobre a pesquisa Sensus, que "os números não são tão significativos assim". Avaliou que "a rejeição do governador aumentou principalmente por conta do momento delicado que ele está enfrentando por causa das chuvas. A chuva aumenta a rejeição do eleitorado".
Por outro lado, o blog Radar postou que "na cúpula da Globo há consenso de que "Tempos Modernos" foi um erro, que dificilmente será resolvido". A novela das sete, que se passa em São Paulo, mas sem enchentes e sem moradores de rua, está com média de audiência inferior à da novela das seis. "No sábado, marcou 16 pontos, um dos piores resultados da história, se não o pior."
LULA FRACASSA
Quase imediatamente, a pesquisa Sensus surgiu no topo das buscas de Brasil no Google News. Dilma "tem ganhos", ela que é "apoiada por Lula", mas o "candidato da oposição lidera". Porém "nenhum dos dois mudaria substancialmente a política econômica de Lula".
Por outro lado, a BBC Brasil relatou e portais destacaram que "Lula fracassa nas bilheterias, afirma "El País'". O correspondente diz que os atores são "magníficos", o filme "é emocionante", mas "não convenceu por vários motivos: os brasileiros gostam do Lula de verdade, na rua, em palanque, arregaçando as mangas, suando e gritando coisas como "vou tirar o país da merda'".
SHELL+COSAN VS. PETROBRAS
Na manchete do "Valor" de papel, "Cosan e Shell se unem no etanol e na distribuição", criando a terceira maior distribuidora de combustíveis do país, com as bandeiras Esso (Cosan) e Shell. Ecoou por sites e agências daqui e do exterior. Na home do "Financial Times", "Shell cria joint venture de US$ 12 bilhões no Brasil".
Um dia antes, também pelo mundo, "Petrobras planeja construir alcoolduto" de US$ 2 bilhões no Brasil, com a japonesa Mitsui Co. E ontem à noite, na manchete do portal iG, o blog de Guilherme Barros informou que a "Petrobras vai comprar oito usinas de álcool no país".
"COSAN & SENZALA"
"Faz tempo que o grupo Cosan é acusado de se beneficiar das condições degradantes impostas aos trabalhadores do corte da cana", escreveu Elio Gaspari na Folha, há três semanas, com o título acima. Até entrou na "lista suja" da "condição análoga à escravidão", mas conseguiu liminar. Acima, ontem no "WSJ", "uma camponesa corta cana na Usina Bonfim, da Cosan", em São Paulo
O JOGO DOS EUA?
A estatal Agência Brasil destacou que o novo embaixador dos EUA, Thomas Shannon, "apresenta credenciais" a Lula na quinta. E que, "para o governo brasileiro, a escolha de Shannon é motivo de comemoração".
Por outro lado, o colunista do "Guardian" Mark Weisbrot, do liberal Center for Economic and Policy Research, de Washington, escreve contra "O jogo dos EUA na América Latina". Questiona ações em Honduras e Haiti e ressalta que a "derrota do partido de Lula seria uma vitória para o Departamento de Estado". Diz que "os EUA, na verdade, já intervieram recentemente na política brasileira, em 2005, organizando conferência" para influenciar a reforma política, como revelou a Folha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário