FOLHA DE SÃO PAULO - 11/02/10
Sob o enunciado "O mercado se divide entre Serra e Dilma", o "Valor Econômico" ouviu ontem bancos de investimento, corretoras e outros.
Por um lado, em suma, o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros afirmou ser "uma 'irresponsável superficialidade' acreditar que, num governo Dilma, tudo estará muito bem, pois os investidores continuarão ganhando, já que serão preservadas as políticas". Diz que ela tem "uma visão soviética das coisas, de ampliar a presença do Estado".
Por outro, relatório do ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman concluiu que "a evolução das contas públicas do Estado de São Paulo foi muito semelhante à do governo federal, não confirmando a avaliação de que Serra tenderia a ser mais duro na questão fiscal do que Dilma". Pela "realidade fria dos números, é muito parecido".
CELEB
Sob o enunciado "Filantropia", o G1, da Globo, destacou as observações de Serra após o encontro com Madonna. O UOL registrou. O blog de Guilherme Barros, no iG, notou a "aglomeração de centenas de jornalistas" no Palácio dos Bandeirantes, como "poucas vezes"
EU SOU PT. A DILMA É PT"
Ontem em inserções e no UOL e no iG, o Partido dos Trabalhadores comemorou seu aniversário num comercial com Dilma e Lula como protagonistas. Dele, primeiro, "Eu sou PT. A Dilma é PT. Nós todos somos PT. E você?" Dela, encerrando: "Venha com a gente. Vamos continuar mudando o Brasil".
Segundo o blog de Fernando Rodrigues, "o comercial marca a formalização da associação entre o publicitário João Santana, o PT e a campanha de Dilma". Nas "sondagens preliminares, o filme bateu muito positivamente no coração dos eleitores petistas e neutros".
"DILMA LEVA EU"?
Segundo a "Veja", "depois de dois encontros com Dilma, o marqueteiro Duda Mendonça acreditou que poderia ser escalado" e enviou uma vinheta criada a partir do samba de Zeca Pagodinho, com o refrão "deixa a Dilma me levar, Dilma leva eu". Segundo um emissário, "ela adorou". Segundo outro, "não gostou nem respondeu".
ALCKMIN & GONZÁLEZ
Segundo o "Valor", "de acordo com fontes ligadas aos dois", Serra e o ex-governador Geraldo Alckmin teriam concordado em usar o mesmo "estrategista" nas campanhas para presidente e governador, Luiz González. Na última campanha para prefeito de São Paulo, González foi o marqueteiro de Gilberto Kassab, contra Alckmin.
JIM O'NEILL, BRASILEIRO
Em longa entrevista ao iG, o economista Jim O'Neill, que vislumbrou os Brics, afirmou que a China será a segunda economia do mundo "ainda neste ano", passando o Japão, e o Brasil desafiará a posição de Inglaterra e França "em breve". Mas "o verdadeiro sucesso brasileiro foi a tomada de um crescimento inclusivo".
Sobre o conceito Bric, "não tínhamos ideia de que isso se tornaria tão grande, mas a realidade vem confirmando nossas previsões". Brincou que "esses países deviam me conceder o título de cidadão honorário".
BRASIL VS. EUA
A BBC Brasil relatou ontem, da correspondente em Washington, que a "retaliação comercial do Brasil preocupa empresários dos EUA". Apoiada pela Organização Mundial de Comércio, deve focar propriedade intelectual. De um diretor da Associação Nacional de Manufatureiros, maior entidade da indústria americana:
"Num setor com tantas multinacionais, a retaliação certamente terá um impacto mais amplo, não só nos dois países. Estamos muito preocupados com o impacto que isso teria, não somente nas nossas relações com o Brasil, mas em como abordar esse tipo de sistema, na ideia de propriedade intelectual como um todo."
GOOGLE, GO HOME
Ameaçado de retaliação pela China, após questionar as restrições que enfrenta no país, o Google surgiu ontem na manchete on-line do "Wall Street Journal", com a notícia de que o Irã anunciou ter tirado do ar o Gmail, serviço de e-mail do Google, na véspera do aniversário da revolução islâmica, comemorado hoje
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