FOLHA DE SÃO PAULO - 05/02/10
O site do "Financial Times", de Londres, avisou pela manhã, "Temor por débito soberano balança mercados". E o "New York Times" ecoou, à noite, "Caem as ações com temor por débito soberano".
Por aqui também, entre outros, no portal Exame, "Bolsa cai com pânico sobre Pigs", porcos em inglês. É o acrônimo sarcástico popularizado pelo "FT", na crise global, para Portugal, Itália, Grécia e Espanha, de alto desemprego e economia enfraquecida.
Mas não foram só os Pigs. Também o desemprego dos EUA mostrou "alta inesperada", no "FT". E a Moody's "avisou" Washington sobre "temores com nota de crédito", por causa do deficit.
"El País" e outros espanhóis, abaixo das manchetes de queda na Bolsa, destacavam o "Segundo melhor resultado da história do Santander", sinal de robustez do banco. Foi a operação brasileira que serviu de "escudo" à instituição, no enunciado do "FT".
A DINÂMICA DA RIQUEZA
Mohamed El-Erian, presidente do Pimco, maior fundo de investimento do mundo, escreve no "China Daily" alertando os investidores para "a atmosfera política tensa e cada vez mais polarizada em Washington", impedindo ação institucional. Contrasta o quadro com "as mudanças no crescimento global e na dinâmica da riqueza -sobretudo porque economias emergentes sistemicamente importantes (como Brasil, China e Índia) alcançaram o estágio de intensificação de desenvolvimento".
Sugere separar as "fantasias cíclicas" do primeiro das "realidades estruturais" dos segundos.
REPENSAR O FUTURO
A "Economist" destacou na manchete on-line que o "Big Oil", as grandes companhias de petróleo, "está sendo forçado a repensar seu futuro". A Shell divulgou ontem resultados desastrosos em 2009. Sem "reservas sustentáveis", já havia anunciado no dia anterior o investimento bilionário no "etanol de cana-de-açúcar" do Brasil. Outras buscam alternativas em gás. Em suma, no título, "Para além daquela coisa preta", o petróleo.
CHEIO E VAZIO
Na manchete do UOL, no meio do dia, com transmissão ao vivo, "Governo investiu 63% dos recursos do PAC". No Terra, depois, "Governo terá que investir 36% do total previsto do PAC somente em 2010".
Sobre sua "principal alavanca de campanha", Dilma Rousseff "afirmou que 50% das ações estão concluídas; 44%, com andamento dentro do cronograma; 5%, em situação de atenção; e 1%, em estágio preocupante".
PERMANENTE
O londrino "Independent" publicou uma versão do discurso de Lula, em Davos, sob o título "Brasil ergue poder econômico tirando milhões da pobreza". Em destaque, o desejo de ser "ator permanente na nova cena global".
PÉSSIMO
Em evento em Nova York, via Bloomberg, o economista Armínio Fraga reclamou que os investidores "pensam que o Brasil é perfeito". Diz que o país tem "sérias barreiras ao crescimento" e cita a infraestrutura "péssima".
PACIÊNCIA DEMAIS
Sob o título "Serra espera, com paciência um pouco excessiva, pela presidência" e o subtítulo "O líder na disputa fez um trabalho decente no maior Estado, mas para seguir na frente precisa entrar em campanha", a "Economist" perfila o tucano como "desenvolvimentista, não muito distante de Ms. Rousseff, embora ele aparente, mais provavelmente, que vá fazer as reformas necessárias para melhorar o serviço público".
Cita críticas às enchentes de "70 mortos" e como "sua liderança murchou". E avisa que "precisa começar a cantar seus louvores, se quiser evitar ser lembrado como o melhor presidente que o Brasil nunca teve".
73 E SUBINDO
Band, Record, SBT voltaram a destacar as enchentes, em meio a enunciados on-line como "Menino de 11 anos desaparecido em enxurrada foi arrastado de dentro de casa".
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