Convocada pelo presidente Lula para a próxima quarta-feira, a reunião com ministros, governadores e prefeitos dedicada às primeiras definições do PAC da Copa-2014 e do PAC 2 dividirá as atenções com os estragos causados pelas chuvas no país -especialmente no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e em São Paulo. Uma das medidas será direcionar mais recursos do Minha Casa, Minha Vida para áreas de calamidade. Também se articula agilizar a liberação dos R$ 4,8 bi previstos para macro e microdrenagem. Além disso, na terça, a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, deverá receber prefeitos de municípios em situação de alerta para discutir a liberação de crédito emergencial.
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Fonte. A lista de possíveis vias de socorro também inclui pedidos de linhas de crédito do BNDES para reconstruções em cidades do Rio e São Luiz do Paraitinga (SP).
Conta. No Senado, deverá ser aprovada em fevereiro uma emenda constitucional, em fase final de tramitação na CCJ, que cria o Fundo Nacional de Defesa Civil para casos de calamidade pública. Os recursos sairiam de uma fatia de impostos arrecadados.
Dono da bola. Com o PAC da Copa perto de sair do forno, já se prevê no Palácio do Planalto um novo round na disputa pela paternidade de obras em São Paulo. Citam como exemplo a construção de um monotrilho ligando o aeroporto de Congonhas à estação de metrô do Jabaquara. Dos R$ 3,5 bi estimados, a União financiará R$ 1,2 bi.
Na cozinha. Apesar da pressão de aliados para que Dilma Rousseff intensifique as viagens aos finais de semana, uma ala do PT acha temerário que ela se descole de todo de suas funções na Casa Civil. O argumento é que, antes de rodar país em campanha, a ministra deve se livrar de pendências, como obras travadas por falta de licenciamento ambiental. Por exemplo, a usina de Belo Monte (PA).
Agulhas. Lula levou o acupunturista chinês Gu Hanghu, que trata das suas dores no ombro, para a praia de Inema (BA), onde passa férias.
Empurra. Para evitar que o desgaste causado com militares pelo terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos possa cair no colo de Dilma, aliados da ministra têm afirmado que quem levou o decreto para Lula foi Franklin Martins (Comunicação Social).
Sem fim 1. Derrotado na eleição à presidência do PT do Rio, Lourival Casula encaminhou ontem carta à direção nacional do partido na qual volta a lançar suspeitas sobre a vitória do deputado Luiz Sérgio, da ala pró-Sérgio Cabral. Casula defendia a candidatura do prefeito Lindberg Farias (Nova Iguaçu), que já jogou a toalha, ao governo.
Sem fim 2. Luiz Sérgio ironiza: "O padrinho já reconheceu a derrota. Já o afilhado continua fazendo pirraça".
Subliminar. Na primeira reunião do ano, anteontem no Rio, a Executiva Nacional do PSDB discutiu sobre dificuldades de caixa para a campanha. A principal queixa foi contra empresas e bancos que lançaram peças publicitárias usando o governo Lula como garoto-propaganda.
Afagos. O PSDB marcou novo encontro, no final do mês, em Minas. Oficialmente, a reunião será para prestigiar o vice-governador Antonio Anastasia, candidato de Aécio Neves. Mas há quem veja a caravana como a primeira tacada para se voltar a falar na chapa "puro-sangue".
Apócrifo. Tucanos, aliás, andam irritados com um vídeo que circula na internet intitulado "Quero Dilma", simulando uma peça de campanha, com trilha sonora e imagens da candidata, além de ataques ao PSDB.
-------------------------------------------------------------------------------- com LETÍCIA SANDER e MALU DELGADO
Tiroteio
"Eu gostaria muito de ver o Kassab cobrando publicamente o Serra pela redução dos investimentos de contenção de enchentes."
-------------------------------------------------------------------------------- De EDINHO SILVA, presidente do PT de São Paulo, sobre a afirmação do prefeito, segundo quem é preciso corrigir "enormes distorções que aconteceram na cidade nas últimas décadas" para sanar enchentes.
Contraponto
Bons votos Enquanto passava a virada do no ano na praia de Mangaratiba (RJ), o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) foi surpreendido por sucessivas quedas de energia no hotel. A cada intervalo no escuro, a piada no local era que se tratava de mais um apagão: -De novo? Outro apagão?-, brincavam os hóspedes. Após a passagem do ano, quando a presença de Lobão, que rotineiramente jogava cartas com amigos, foi propagada, surgiu o coro da virada, para tirar o sossego do constrangido ministro: -Feliz 2010! Mas sem apagão! |
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