NELSON DE SÁ
FOLHA DE SÃO PAULO - 09/09/09
Na Record e na Band, os telejornais do início da noite narraram, com helicópteros e câmeras por toda São Paulo, a "tragédia" e o "caos". Abriram pelos alagamentos em diversos bairros, depois focaram a Marginal Tietê, "que há muito não vivia situação assim", segundo o âncora Reinaldo Gottino, no "SP Record". "Faz tempo que não vejo o Tietê transbordar", ecoava José Luiz Datena no "Brasil Urgente".
Mas a tragédia maior estava em outra parte. Com câmera no chão, a Record mostrou o "desespero" nas buscas pelos dois meninos soterrados na Zona Leste, quando "jogavam videogame". Por fim, entrou a imagem do corpo pequeno, levado por bombeiros. A Band surgiu depois, sem a cena, mas com drama, "quem é que devolve a vida dessas crianças?".
Na Globo, primeiro surgiu Fátima Bernardes nos intervalos, com a busca pelos meninos e citando que "os rios Pinheiros e Tietê transbordaram". O "SPTV", depois, começou pelas "duas crianças", ressaltando que a subprefeitura "disse que tentou retirar, meses atrás, mas a família resistiu". No "Jornal Nacional", a prioridade mudou para Santa Catarina.
LIXO
Rodrigo Coca/AE/uol.com.br
No topo do UOL e de outros portais e sites, até a confirmação da morte dos meninos, "Chuva interdita as marginais Tietê e Pinheiros", manchete da Folha Online. Em parte ao menos, pelo lixo acumulado
"TORNADO"
No alto das buscas de Brasil por Yahoo News e Google News, "Tornado e tempestades matam 14 na Argentina e no Brasil", despacho da AP. No espanhol "El País", do correspondente em Buenos Aires, "Pelo menos dez mortos na Argentina e quatro no Brasil, por tornado". O texto começa com um relato feito de San Pedro, "O vento arrancou o bebê dos braços de uma mulher".
LULA CAI, EMPREGO SOBE
No meio do dia, as manchetes on-line anunciavam que a "Aprovação ao governo Lula oscila quatro pontos para baixo", segundo UOL e Folha Online, ou "cai", segundo G1 e Terra, com base na pesquisa CNT/Sensus.
Mas o destaque on-line logo passou para "Emprego na indústria volta a crescer", com o levantamento do IBGE, "após nove meses de queda". E no exterior o "Guardian" noticiou que no "mercado global de emprego", segundo o levantamento Manpower com empregadores ao redor do mundo, a Índia surge como país com maior perspectiva de recuperação, pós-crise. O Brasil é o segundo.
E O DÓLAR AFUNDA
telegraph.co.uk
A moeda, no "Telegraph"
No "Wall Street Journal", "Dólar afunda diante de rivais", com "aposta de que o resto do mundo sai da recessão antes dos EUA".
No britânico "Telegraph", o editor de economia opinou que a ideia da ONU de trocar o dólar por moeda global "devia ter vindo antes". No mesmo jornal, ecoando em sites americanos, a China se disse perplexa com a manutenção pelos EUA da política de imprimir dólares para "liberar crédito".
Ao fundo, destacaram "WSJ" e outros, os EUA foram derrubados do posto de "economia mais competitiva" pela Suíça. E "líderes emergentes como a China e o Brasil elevaram a competitividade, apesar da crise".
"ATOR GLOBAL"
Para o "Le Monde", o acordo Brasil-França sublinha a "corrida armamentista" na região. Como relatou a BBC Brasil , jornais argentinos como "Clarín" e "La Nación" fizeram a mesma avaliação e usaram a mesma expressão, ao informar ontem a compra dos jatos e a parceria.
Também no "Clarín", o analista Rosendo Fraga disse que confirma o Brasil como "único sul-americano com vocação de ator global".
"DESAFINADO"
No editorial "Uma nota de "desafinado" na política de petróleo do Brasil" [A desafinado note in Brazil's oil policy], o "Financial Times" segue no questionamento a Lula "e sua protegida, herdeira e ministra-chefe Dilma Rousseff". Ataca a concentração da exploração do pré-sal na Petrobras, sem a "disciplina do mercado". Diz estar em risco o "esquerdismo pragmático (e bem-sucedido) do Brasil".
Na Record e na Band, os telejornais do início da noite narraram, com helicópteros e câmeras por toda São Paulo, a "tragédia" e o "caos". Abriram pelos alagamentos em diversos bairros, depois focaram a Marginal Tietê, "que há muito não vivia situação assim", segundo o âncora Reinaldo Gottino, no "SP Record". "Faz tempo que não vejo o Tietê transbordar", ecoava José Luiz Datena no "Brasil Urgente".
Mas a tragédia maior estava em outra parte. Com câmera no chão, a Record mostrou o "desespero" nas buscas pelos dois meninos soterrados na Zona Leste, quando "jogavam videogame". Por fim, entrou a imagem do corpo pequeno, levado por bombeiros. A Band surgiu depois, sem a cena, mas com drama, "quem é que devolve a vida dessas crianças?".
Na Globo, primeiro surgiu Fátima Bernardes nos intervalos, com a busca pelos meninos e citando que "os rios Pinheiros e Tietê transbordaram". O "SPTV", depois, começou pelas "duas crianças", ressaltando que a subprefeitura "disse que tentou retirar, meses atrás, mas a família resistiu". No "Jornal Nacional", a prioridade mudou para Santa Catarina.
LIXO
Rodrigo Coca/AE/uol.com.br
No topo do UOL e de outros portais e sites, até a confirmação da morte dos meninos, "Chuva interdita as marginais Tietê e Pinheiros", manchete da Folha Online. Em parte ao menos, pelo lixo acumulado
"TORNADO"
No alto das buscas de Brasil por Yahoo News e Google News, "Tornado e tempestades matam 14 na Argentina e no Brasil", despacho da AP. No espanhol "El País", do correspondente em Buenos Aires, "Pelo menos dez mortos na Argentina e quatro no Brasil, por tornado". O texto começa com um relato feito de San Pedro, "O vento arrancou o bebê dos braços de uma mulher".
LULA CAI, EMPREGO SOBE
No meio do dia, as manchetes on-line anunciavam que a "Aprovação ao governo Lula oscila quatro pontos para baixo", segundo UOL e Folha Online, ou "cai", segundo G1 e Terra, com base na pesquisa CNT/Sensus.
Mas o destaque on-line logo passou para "Emprego na indústria volta a crescer", com o levantamento do IBGE, "após nove meses de queda". E no exterior o "Guardian" noticiou que no "mercado global de emprego", segundo o levantamento Manpower com empregadores ao redor do mundo, a Índia surge como país com maior perspectiva de recuperação, pós-crise. O Brasil é o segundo.
E O DÓLAR AFUNDA
telegraph.co.uk
A moeda, no "Telegraph"
No "Wall Street Journal", "Dólar afunda diante de rivais", com "aposta de que o resto do mundo sai da recessão antes dos EUA".
No britânico "Telegraph", o editor de economia opinou que a ideia da ONU de trocar o dólar por moeda global "devia ter vindo antes". No mesmo jornal, ecoando em sites americanos, a China se disse perplexa com a manutenção pelos EUA da política de imprimir dólares para "liberar crédito".
Ao fundo, destacaram "WSJ" e outros, os EUA foram derrubados do posto de "economia mais competitiva" pela Suíça. E "líderes emergentes como a China e o Brasil elevaram a competitividade, apesar da crise".
"ATOR GLOBAL"
Para o "Le Monde", o acordo Brasil-França sublinha a "corrida armamentista" na região. Como relatou a BBC Brasil , jornais argentinos como "Clarín" e "La Nación" fizeram a mesma avaliação e usaram a mesma expressão, ao informar ontem a compra dos jatos e a parceria.
Também no "Clarín", o analista Rosendo Fraga disse que confirma o Brasil como "único sul-americano com vocação de ator global".
"DESAFINADO"
No editorial "Uma nota de "desafinado" na política de petróleo do Brasil" [A desafinado note in Brazil's oil policy], o "Financial Times" segue no questionamento a Lula "e sua protegida, herdeira e ministra-chefe Dilma Rousseff". Ataca a concentração da exploração do pré-sal na Petrobras, sem a "disciplina do mercado". Diz estar em risco o "esquerdismo pragmático (e bem-sucedido) do Brasil".
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