A Casa Branca está usando um método novo na batalha ideológica em torno do plano de saúde que o presidente Barack Obama tenta fazer passar no Congresso, mas enfrenta uma formidável oposição entre os próprios congressistas e em parte importante da opinião pública. Em correspondência aos "obamistas" (e aos jornalistas), informa que o vice-presidente, Joe Biden, produziu um vídeo para desmascarar "a mais grossa mentira" de todas, a de que "nosso sistema de seguro saúde funciona bem e que os americanos não se importam com a reforma [do sistema]". Aí, apela: "Você pode ajudar o vice-presidente a desmontar esse mito mandando seu próprio vídeo contando por que a reforma importa para você. É uma oportunidade para americanos de todos os perfis e situações advogarem pela reforma com suas próprias palavras". Belo exemplo. Não seria aplicável ao Brasil, no caso do pré-sal? Se se trata, como diz o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de "uma nova independência" para o Brasil, não seria natural -além de democrático- que o debate em torno do assunto envolvesse o maior número de pessoas? Não parece elitista demais restringir a discussão aos especialistas de plantão, aos governadores (interessados menos no marco regulatório e mais nas receitas futuras) e ao Congresso (que não tem sido exatamente o palco de manifestações pelo bem público)? Os especialistas dirão que o público em geral não entende patavina de petróleo para poder opinar. Mas mortais comuns, no Brasil como nos Estados Unidos, entendem da vida que levam e, por extensão, da vida que gostariam de levar, com a mexida na saúde, em um caso, e no petróleo, no outro. PS - Inauguro hoje a coluna eletrônica "Janela para o mundo". |
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