sexta-feira, agosto 28, 2009

TODA MÍDIA

Pelo ralo

Nelson de Sá

FOLHA DE SÃO PAULO - 28/08/09


Manchete da Agência Brasil, "Dinheiro do pré-sal deve ir para educação e combate à pobreza". No dizer de Lula, "se a gente pulverizar esse dinheiro, ele vai entrar pelo ralo do governo".
Destaque no G1, da Globo, "Sérgio Cabral e Paulo Hartung vão falar com Lula antes do anúncio do pré-sal". Os governadores do Rio e do Espírito Santo não estão sós na pressão por royalties para seus Estados. "É legítimo que Cabral e Hartung façam sentir as suas posições", declarou José Serra, governador de São Paulo, também interessado.
Por fim, no UOL, "Lula se reúne com Serra, Cabral e Hartung domingo para fechar acordo do pré-sal".

US$ 100 BI
Na notícia de Brasil com maior eco no exterior, por AP, Bloomberg, Dow Jones, ecoando a manchete do "Valor" de papel, o governo "avançou na discussão da capitalização da Petrobras", com vistas ao pré-sal, e "pode pôr até R$ 100 bilhões" ou US$ 53 bilhões.

DESEJADA
Destaque ontem no Portal Exame, da revista, "Petrobras é a preferida dos jovens" ou "a mais desejada", pela quarta vez, segundo pesquisa DMRH com 30 mil universitários ou recém-formados. "O maior motivo", sublinha o texto, "é o crescimento profissional que pode proporcionar".

DE MODO TORTO
Sob o enunciado "Uma força machucada em busca de nova bússola" e a foto acima, reportagem da "Economist" diz que "o plano de Lula de ungir Dilma Rousseff como a sua sucessora começou de modo torto em meio à divisão do Partido dos Trabalhadores". No relato da BBC Brasil, "PT se reduziu ao papel de manter Lula no poder, diz revista"

ARQUIVO
Por volta das 20h, na Folha Online, "Ministros mandam arquivar denúncia contra Palocci". No UOL, "Maioria no STF rejeita denúncia". No G1, "Maioria no STF vota por arquivamento". No "Jornal Nacional", por fim, "Supremo rejeita denúncia por quebra de sigilo bancário contra o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci".
Já na segunda manchete, "O líder do governo divulga as datas em que a ex-secretária da Receita, Lina Vieira, foi ao Palácio do Planalto".

BOM PARA OS NEGÓCIOS
A nova "Economist" dá longa entrevista com David Neeleman, que fundou a JetBlue nos EUA e agora comanda a Azul no Brasil. Começa descrevendo como ele, aos 19 anos, missionário mórmon, "passou dois anos entre crianças descalças e seus pais desdentados no pobre Nordeste".
A partir daí, a reportagem relata sua nova experiência de meio ano com a Azul, do nada para 1.300 funcionários. Num país em que a classe média está "inchando", algumas passagens custam menos que viajar de ônibus. Mas ele descreve o Brasil, no enunciado, como "um país tão bom para fazer negócios como a América".

ZICO?
O "Wall Street Journal" destacou as "Bolhas de água de coco" que estreiam esta semana em Nova York, da americana Zico, que importa do Pará -e garante não ter se inspirado no jogador

PARA CONSUMO, OK
O "New York Times" noticiou, de Brasília, que a Argentina abriu caminho para a descriminalização do consumo de drogas ilícitas. É só "o mais recente latino a rejeitar política punitiva". O México fez o mesmo dias antes. E o Brasil, "que tinha as penas mais pesadas para o tráfico, essencialmente descriminalizou o consumo em 2006, quando eliminou as prisões". No título, "América Latina tenta saída menos punitiva para conter o uso de drogas".
A nova "Time" também destaca a decisão mexicana e, notando o silêncio de Obama e como difere da reação de Bush, que conseguiu derrubar lei semelhante no vizinho em 2006, alerta que "Nova lei mexicana pode estabelecer exemplo", inclusive para o Norte.

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