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Depois do puxão de orelhas que levou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mergulhou. Não foi sequer à reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico, ontem, na qual foi discutido o novo marco regulatório do pré-sal. Nos bastidores, Mantega tenta apagar as chamas do incêndio na Receita Federal, que chamuscou a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e ameaça incinerar a cadeira do ministro.
O drama de Mantega é ter feito uma emenda pior do que o soneto: a nomeação de Otacílio Cartaxo para a chefia da Receita, na esperança de que a indicação de um nome do grupo da ex-secretária Lina Vieira fosse esvaziar a sua liderança no órgão. Deu errado. Por causa da crise, agora, quem balança no cargo é o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, que atua como eminência parda na Receita. É apontado no Palácio do Planalto como o responsável tanto pela indicação de Lina como pela nomeação de Cartaxo. Ou seja, pelo circo armado na Receita.
Parada// Internautas que pregam o afastamento de José Sarney (PMDB-AP) da Presidência do Senado organizam, por meio da rede, um panelaço para 7 de setembro em protesto contra a crise institucional. Há manifestações previstas em Brasília, São Paulo, Florianópolis, Goiânia, São Luís e Tuntum (MA).
Resistência Chico Buarque (foto), Marília Pera, Beth Carvalho, Daniel Filho, Nathália Timberg, Paulo José e outros artistas aderem ao abaixo-assinado em defesa do Centro Cultural e da Universidade Livre Casa Grande, tradicional reduto de intelectuais, artistas e estudantes cariocas, cuja sobrevivência está novamente ameaçada. O teatro fica na Av. Afrânio de Melo Franco, 290, no térreo do Shopping Leblon.
Estrada A bancada do Amazonas, coordenada pelo senador João Pedro, do PT-MA, pressiona o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc (PV), para liberar as obras da BR-319, que liga Porto Velho a Manaus. “Segundo o petista, Minc não é contrário à construção da BR-319, mas exige o cumprimento de todas as exigência para a concessão da licença, dentre elas a contratação de 90 analistas ambientais, aquisição de carros e equipamentos e a instalação de postos de fiscalização ao longo da rodovia.
Herege Motivada pela liberação de emendas individuais, a Câmara aprovou a toque de caixa o acordo do Vaticano com o governo brasileiro que restabelece o ensino religioso nas escolas públicas. Houve um acordão entre católicos e evangélicos. Os deputados George Hilton (PP-MG) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) articularam a aprovação. O projeto de lei torna obrigatório o reconhecimento pelo Estado de qualquer instituição religiosa, com pleno direito a isenções, imunidades e benefícios de natureza fiscal, trabalhista e patrimonial. “É uma agressão ao Estado laico”, estrila o deputado Chico Alencar (foto), do PSol-RJ, que é católico de carteirinha.
Cinema A Agência Nacional de Cinema (Ancine) concedeu o Prêmio Adicional de Renda – PAR 2009 a 21 empresas produtoras, 12 distribuidoras e 34 exibidoras como recompensa pelo bom desempenho comercial, uma forma de apoio à cadeia audiovisual. Serão injetados no mercado cinematográficoR$ 9,3 milhões
Porteira A saída do senador Mão Santa do PMDB piauiense liberou a legenda para lançar o ex-presidente dos Correios João Henrique Souza ao Senado. Souza formará chapa com o governador Wellington Dias (PT) na disputa pelas duas cadeiras na Casa.
Recuou/ O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) voltou a dizer que é candidato a presidente da República, mas está em dúvida se vai transferir o título de eleitor para São Paulo, como querem os aliados do PT. Pretende esperar até 20 de setembro, data limite para se decidir.
Liberou/ Mais resistentes à aprovação da redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, os deputados do DEM poderão votar a proposta como bem entenderem. O líder democrata na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), decidiu liberar a bancada.
Escaldada/ Fotografada trocando mensagens com o ministro Ricardo Lewandowski no julgamento do mensalão, a ministra Carmen Lúcia manteve o notebook devidamente fechado, ontem, durante o julgamento de Antonio Palocci no Supremo Tribunal Federal (STF). Como outros colegas, abria o computador somente para breves consultas.
Beca/ A caminho do Supremo, o caseiro Francenildo Costa brincou com o seu advogado sobre a roupa nova que vestia para acompanhar o julgamento. “Vão insinuar que recebi dinheiro para comprar o terno.”
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