Fim do sigilo: BC já monitora todas as contas
"Estão tentando cassar pessoas por asfixiamento" Presidente Lula, sobre o caso do presidente do Senado, José Sarney Está implementado pelo Banco Central, sem alarde, o Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS), software que monitora todas as contas bancárias do Brasil. Ironicamente, o sistema é apelidado de "HAL", o supercomputador assassino do clássico filme 2001: Odisséia no Espaço, e facilita o acesso do Judiciário, CPIs, Coaf e "outras autoridades", segundo o BC, a dados financeiros sigilosos. Rapidez Pedidos de quebra de sigilo bancário demoravam meses para obter resposta, mas, com o HAL, o levantamento pode ser feito em minutos. Big Brother A ideia do cadastro das contas correntes foi uma sugestão da CPI do Narcotráfico, materializada em Lei, e alegremente adotada pelo BC. Acesso Tanto o Conselho Nacional de Justiça quanto o Superior Tribunal de Justiça têm convênios para utilizar HAL, o supercomputador do BC. Sem valor O Banco Central avisa que o sistema foi criado para "guardar as informações dos detentores das contas e não dos valores depositados". Tarso quer fazer o substituto na Justiça O ministro Tarso Genro (Justiça) está de saída, mas luta para manter no cargo um representante de sua facção "Mensagem ao Partido", uma das 17 do PT: o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP). Para valorizar a pretensão, Cardozo se lançou candidato à presidência do partido, desafiando José Eduardo Dutra (SE), ligado a Lula. Convidado a ser ministro da Justiça, ele sairá da disputa, claro. Ninguém é de ferro. Corrida do ouro A um ano do fim do mandato na Previ, bilionário fundo de pensão Banco do Brasil, petistas brigam pelo lugar de Sérgio Rosa, atual presidente. Luz amarela Sinal de desaquecimento da economia: o Brasil deve fechar o ano com uma retração entre 0,5% e 1% na demanda por energia elétrica. Navalha na carne Alarmado com a queda brutal no superávit primário, o governo estuda cortes de gastos para garantir a meta de 2,5% do PIB este ano. Compras em NY Se o dólar chegar ao final do ano a R$ 1,80 como indica, será ainda mais vantajoso fazer as compras de fim de ano em Nova York ou na Europa. Hoje, o diferencial dá para pagar a passagem e talvez sobre algum. O dilema do coronel É forte a pressão do tucanato para o coronel Tasso Jereissati disputar o governo do Ceará, garantindo palanque para a corrida de José Serra ao Planalto. Mas Tasso não suporta o governador. E é correspondido. Minoria absoluta Apesar das denúncias contra José Sarney, DEM e PSDB ocupam apenas cinco das 15 vagas do Conselho de Ética do Senado. Do lado da base aliada, o PMDB sozinho ocupa quatro vagas. Brilho brasileiro Um especialista brasileiro em comunicação, Israel Scanavez, trabalha na modernização da Rádio e Televisão de Cabo Verde, país africano de expressão portuguesa. Ele dirige a Brilha, empresa sediada em Lisboa. Apartheid de FHC... O ex-presidente FHC enviou projeto ao Congresso condicionando a concessão de liminar em mandato de segurança ao depósito do valor da questão. O objetivo era evitar liminares contra o governo, mas criou um apartheid no Judiciário, restringindo sentenças a quem pode pagar. ...na mesa de Lula O tempo passou, o projeto criando o apartheid no Judiciário foi aprovado pelo Congresso e aguarda sanção do presidente Lula. Curiosamente, a elaboração da minuta do projeto foi atribuída ao então Advogado-Geral da União Gilmar Mendes, hoje presidente do Supremo Tribunal Federal. Velha modernidade O Ministério da Fazenda poupa papel e tostões obrigando pensionistas idosos a conhecer informática, ter computador e e-mail cadastrado para receber o contracheque, alguns atrasados há quatro meses. Confiar, desconfiando Aposentados da Varig desconfiam de "jeitinho" no acordo do governo, semana que vem, com o fundo Aerus, negociado pela neoanistiada política Graziela Baggio, presidente do Sindicato dos Aeronautas. Pânico na TV Horror garantido e seu dinheiro não volta: o Conselho de Ética do Senado reúne-se dia 4 de agosto, ao vivo e em cores na tevê. Poder sem pudor Esforço de reportagem Após a primeira eleição, em 1994, FHC viajou à Europa. Nas ruas de Praga, certo dia, ele reclamou do frio. Um repórter propôs: "Troco minha gabardine pelo nome de um ministro". FH sorriu. No dia seguinte, a cena se repetiu. "Meu guarda-chuva por um ministro", insistiu o repórter. FHC apresentou uma contraproposta: "Só se você segurar o guarda-chuva em posição de servo". O jornalista topou, mas o ex-presidente deu uma risada: – Nada feito. Sou contra a servidão! |
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