FOLHA DE SÃO PAULO - 07/05/09
BRASÍLIA - Lula já recebeu, abraçou e mimou Fernando Collor, dizendo que aquelas histórias todas eram só politiquices e que ele faria um "mandato extraordinário" no Senado. Collor virou presidente da Comissão de Infraestrutura.
Lula defendeu Renan Calheiros, a quem chegou a prometer um "cheque em branco" na época em que os sigilos bancários, políticos e até pessoais do senador voaram pelos ares. Renan perdeu a presidência do Senado, mas manteve importante capacidade de articulação no Congresso e no PMDB.
Lula deu de ombros aos processos, denúncias e suspeitas contra Jader Barbalho, outro que também despencou da presidência do Senado. Jader saiu da ribalta para os bastidores e se tornou respeitado conselheiro político do presidente.
Lula criticou os críticos do governador Cid Gomes (CE), que contratou um jatinho com dinheiro público para uma farra na Europa com a mulher, a sogra e um grupo de amigos-assessores, em pleno Carnaval. Nunca mais se falou nisso.
Agora, Lula declara em bom e alto som que não passa de "hipocrisia" a condenação pública às passagens que voam na Câmara e no Senado, defendendo que voo é assim mesmo, é para ser voado. Por sindicalistas amigos, por exemplo.
Só falta Lula se sujeitar à pressão do PMDB hoje -e quem sabe do PT amanhã- para reverter o processo de moralização da Infraero, estatal responsável pela administração de aeroportos e cabide de empregos dos aliados dos aliados.
O plano do governo para a Infraero começa com concessões de pistas à iniciativa privada, passa pela abertura de ações em Bolsas e pode chegar à privatização. Nada disso é possível sem sanear cargos, finanças e operações. Ao contrário de governos, empresário sério não põe o seu rico dinheirinho em empresa bagunçada e suspeita.
Lula está entre manter o bico de irmãos, ex-mulheres e amigos de aliados e sanear a estatal. Ele decide. E a gente fica de olho.
BRASÍLIA - Lula já recebeu, abraçou e mimou Fernando Collor, dizendo que aquelas histórias todas eram só politiquices e que ele faria um "mandato extraordinário" no Senado. Collor virou presidente da Comissão de Infraestrutura.
Lula defendeu Renan Calheiros, a quem chegou a prometer um "cheque em branco" na época em que os sigilos bancários, políticos e até pessoais do senador voaram pelos ares. Renan perdeu a presidência do Senado, mas manteve importante capacidade de articulação no Congresso e no PMDB.
Lula deu de ombros aos processos, denúncias e suspeitas contra Jader Barbalho, outro que também despencou da presidência do Senado. Jader saiu da ribalta para os bastidores e se tornou respeitado conselheiro político do presidente.
Lula criticou os críticos do governador Cid Gomes (CE), que contratou um jatinho com dinheiro público para uma farra na Europa com a mulher, a sogra e um grupo de amigos-assessores, em pleno Carnaval. Nunca mais se falou nisso.
Agora, Lula declara em bom e alto som que não passa de "hipocrisia" a condenação pública às passagens que voam na Câmara e no Senado, defendendo que voo é assim mesmo, é para ser voado. Por sindicalistas amigos, por exemplo.
Só falta Lula se sujeitar à pressão do PMDB hoje -e quem sabe do PT amanhã- para reverter o processo de moralização da Infraero, estatal responsável pela administração de aeroportos e cabide de empregos dos aliados dos aliados.
O plano do governo para a Infraero começa com concessões de pistas à iniciativa privada, passa pela abertura de ações em Bolsas e pode chegar à privatização. Nada disso é possível sem sanear cargos, finanças e operações. Ao contrário de governos, empresário sério não põe o seu rico dinheirinho em empresa bagunçada e suspeita.
Lula está entre manter o bico de irmãos, ex-mulheres e amigos de aliados e sanear a estatal. Ele decide. E a gente fica de olho.
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