Michelzinho é um fenômeno. Aos 7 anos, o caçula do presidente interino já produziu três manchetes desde que o pai assumiu o poder. A primeira revelou sua vocação para as artes gráficas. Com o dedinho em riste, o menino escolheu a nova logomarca do governo federal.
"Ele olhou e falou 'que lindo!', com uma expressão de criança mesmo, verdadeira e emocional", contou o marqueteiro Elsinho Mouco ao repórter Silas Martí. Designers de verdade criticaram a marca, tão retrô quanto o lema "Ordem e progresso".
Duas semanas depois, Michelzinho demonstrou seu talento precoce para os investimentos. O jornal "O Estado de S. Paulo" noticiou que ele é proprietário de dois imóveis comerciais no Itaim Bibi. Somado, o valor dos conjuntos ultrapassa a cifra de R$ 2 milhões.
O colunista José Simão observou que, aos 7 anos, só era dono de um punhado de bolas de gude. Temer informou que doou as posses ao herdeiro. Em 2014, ele declarou ter um patrimônio de R$ 7,5 milhões. Os números reais devem ser bem maiores, entre outros motivos, porque a lei eleitoral não obriga os políticos a atualizarem o valor de imóveis.
Nesta terça (26), Michelzinho voltou ao noticiário na condição de filho decorativo. Acompanhado da mulher, que é 43 anos mais nova, Temer foi buscá-lo numa escola particular de Brasília. Não foi uma mera atividade
familiar. A assessoria do Palácio do Planalto montou a cena e convocou a imprensa para registrá-la. Um cinegrafista da Presidência chegou a entrar no colégio. Pais de outros alunos reclamaram da presença dos repórteres.
Segundo auxiliares, a ideia era suavizar a imagem do interino. Pesquisas indicam que o estilo dele, excessivamente formal e quase sempre soturno, não atrai a simpatia dos eleitores. Temer tem manifestado o desejo de se tornar mais popular. Apesar de seus talentos, é possível que nem o fenômeno Michelzinho consiga operar este milagre.
6 comentários:
Um bom artigo para uma revista de fofocas de celebridades.
Botar na roda uma criança de 7 anos em função de reportagens bobocas além de boboca é covarde.
Artigo muito infeliz.
Pena que o autor não consiga esconder sua imensa vontade de que sua profecia se concretize....
A inveja mata!
Este jornalista é um petralha enrustido. Demonstra que mesmo descendente dos tradicionais Melo Franco pensa muito pequeno. Inveja mata!
Só li verdades.
A verdade incomoda.
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