sábado, julho 02, 2016

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

MINISTÉRIO DA SAÚDE NÃO TEM MÉDICOS NA CÚPULA
Os compromissos do governo Michel Temer com saúde pública não passam pela intensa participação de médicos na gestão do Ministério da Saúde. O ministro Ricardo Barros, que é engenheiro, escolheu um dentista, Antônio Nardi, para ser seu “vice-ministro”, isto é, o secretário executivo. A Secretaria de Atenção à Saúde, considerada a “alma” do ministério, é chefiada por um administrador, Francisco Figueiredo.

MENOS MÉDICOS

Até a indicada para o cargo de secretária de Gestão Estratégica do Ministério da Saúde não é médica. É a fisioterapeuta Gislaine Bucarin.

FEUDO DO PP

O engenheiro Marcos Fireman, ligado ao PP, partido do ministro da Saúde, vai trocar a CBTU pela Secretaria de Ciência e Tecnologia.

VISÃO PROFISSIONAL

Há áreas administrativas que podem ser exercidas por profissionais de outras áreas, mas em saúde o comando de médicos é fundamental.

HÁ EXCEÇÕES

José Serra nem tem formação superior completa, mas foi considerado um bom ministro da Saúde, no governo FHC: cercou-se de médicos.

ATÉ COM A NIGÉRIA COMÉRCIO DO BRASIL É DEFICITÁRIO

A balança comercial entre Brasil e Nigéria registrou deficit de US$ 57,7 bilhões entre 2006 e 2016, durante os governos Lula e Dilma. Isso mostra que o Brasil comprou quase R$ 210 bilhões a mais do que vendeu ao país africano nos últimos dez anos, informa o Ministério do Desenvolvimento. Em 2013, o Brasil comprou da Nigéria US$ 9,65 bilhões em petróleo e derivados, e vendeu para lá só US$ 876 milhões.

MOTIVO SIMPLES

O deficit bilionário se deve à grande importação de petróleo nigeriano, desde 2009, e à queda das exportações brasileiras, a partir de 2008.

SÓ CRESCEU

O desequilíbrio na balança comercial não parou de crescer entre Brasil e Nigéria desde 2000, quando o saldo foi negativo em US$ 487 milhões.

BRASIL SÓ PERDE

Entre 2006 e 2013 o desequilíbrio na balança entre os dois países não parou de crescer. Desacelerou em 2014, mas continua deficitário.

TAMPÃO É DESTINO

Possível presidente-tampão da Câmara até fevereiro, fim do mandato de Eduardo Cunha, a quem se ligou, Rogério Rosso (PSD-DF) foi governador-tampão do DF, após a queda de José Roberto Arruda.

CONTANDO OS DIAS

Há dois meses sem o seu presidente, a Câmara está ansiosa pela renúncia de Eduardo Cunha, aguardada para a próxima semana, até para se livrar do presidente interino de Waldir Maranhão (PP-MA).

NOVO PROCESSO

Ciro Gomes (PDT) diz que a política externa brasileira é “obra de um canalha”, referindo-se ao chanceler José Serra – que, insultado antes pelo ex-ministro, ganhou direito a indenização de 100 salários mínimos.

PAÍS RICO

O contribuinte vai bancar R$ 5 milhões dos serviços de limpeza, conservação, portaria e zeladoria nos prédios recém-reformados dos apartamentos funcionais dos deputados federais, em Brasília.

NEM AÍ

Em reunião com técnicos do Tribunal de Contas da União, o presidente da comissão de Segurança Pública da Câmara, Alexandre Baldy (PTN-GO), espantou-se: “O PT nunca teve Política Nacional de Segurança”.

RINDO À TOA

O sorriso debochado do bicheiro Carlinhos Cachoeira, ao ser preso quinta-feira (3), fez todo o sentido ontem, quando, menos de 24 horas depois, ganhou direito a prisão domiciliar.

VERGONHA NA CARA

Causa revolta a interferência de Eduardo Cunha na Câmara, ainda que esteja afastado. “Ele continua comandando a Câmara por meio do centrão. Falta vergonha na cara”, afirma Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

ENCONTRO AMIGO

O ministro Dias Toffoli mantém ótimo relacionamento com os políticos, como demonstrou no recente encontro com o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) no restaurante Feitiço Mineiro, em Brasília.

PENSANDO BEM...

...não tomam conhecimento da crise, com pleno emprego, os fabricantes e fornecedores de tornozeleiras eletrônicas no Brasil.

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