quinta-feira, maio 12, 2016

De ex-modelo e miss a beldade do Jaburu - UMA GOSTOSA NO PLANALTO!




O GLOBO - 12/05
Marcela chega à vaga desocupada desde 2011 com nome do marido tatuado na nuca e intenção de preservar sua intimidade
Recém-saída da adolescência, quando aceitou a sugestão do tio Geraldo para ir cumprimentar o prefeito de Paulínia na convenção do PMDB, em 2002, a ex-miss Marcela Tedeschi Araújo esperava apenas a chance de um contato que pudesse “dar um up’’ na apagada carreira de modelo do interior. A estudante tinha 19 anos e lá conheceu o deputado “charmosão” 43 anos mais velho que lhe fechou as portas do mundo das passarelas e a transformou na discreta mulher e mãe que assume hoje o posto de primeira-dama do Brasil — desocupado desde a posse de Dilma Rousseff, em 2011.

A única extravagância que a exmodelo e miss esconde está em sua nuca: uma tatuagem com a inscrição “Michel”, nome do novo comandante do Palácio do Planalto e do filho do casal. O então deputado e hoje presidente foi seu primeiro e único namorado.

— Era um contato profissional que poderia dar um up na carreira de modelo. Mas eu achei ele charmosão — contou Marcela, em entrevista à revista ‘‘TPM’’, logo após a primeira posse de Temer como vice, em 2011.

O próximo passo foi, por sugestão do pai, mandar um e-mail parabenizando Michel pela eleição, com o seu telefone.

— Logo no primeiro momento eu me encantei com ela, e ela teve alguma simpatia por mim — contou, há alguns anos, um orgulhoso Temer, ao lado da mulher, no programa “Amaury Jr.’’


Em 2011, na posse da presidente Dilma Rousseff, a trança desestruturada e o ombro nu revelado pelo modelo de sua blusa atraíram os holofotes para Marcela Temer, a bela e jovem mulher do vice-presidente. Ao longo daquele primeiro dia de janeiro, ela foi o assunto mais comentado nas redes sociais — não só do Brasil —, pela beleza e a diferença de idade para o marido. Tinha 27 anos, e Temer, 70.

A trança de Marcela voltou às redes nos últimos dias, após internautas terem usado a foto da posse para ilustrar uma contagem regressiva para a saída de cena da presidente Dilma Rousseff e a mudança de cara do governo em Brasília.

A primeira-dama é não apenas reservada, mas também protegida pelo séquito de Temer. Raramente concede entrevistas — há uma extensa lista de veículos de imprensa, inclusive estrangeiros, esperando um bate-papo. Nas poucas conversas com que concordou, Marcela rejeita rótulos. Como a comparação com a ex-primeira dama da França Marcela Temer acumula fila de pedido de entrevistas, até do exterior Carla Bruni, cantora e igualmente ex-modelo, casada com Nicolas Sarkozy. A única semelhança, costuma dizer, é o último sobrenome, Tedeschi.

Descendente de italianos, Marcela queria ser jornalista e apresentadora de TV. Chegou a trabalhar como recepcionista no jornal “O momento”, já extinto. Mas acabou seguindo o marido advogado e constitucionalista, e se formou em Direito. Depois que se mudou para o Palácio do Jaburu, que passou por reformas para se adaptar à vida cotidiana de Michelzinho, Marcela continuou longe dos holofotes e, mais recentemente, das intensas reuniões e maratonas políticas que precederam o afastamento de Dilma e a ascensão de seu marido à Presidência.

Seu protagonismo é imenso, porém, na atividade artística de Michel Temer. A primeira-dama foi a musa inspiradora do agora presidente nos poemas mais pessoais do livro “Anônima intimidade”, lançado por ele há três anos. No poema “Embarque”, Michel se revela: “Embarquei na tua nau Sem rumo. Eu e tu. Tu, porque não sabias Para onde querias ir. Eu, porque já tomei muitos rumos Sem chegar a lugar nenhum’’.

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