VALOR ECONÔMICO - 11/11
Em meio a denúncias de corrupção, o PT divulgará hoje um documento para municiar a militância com fortes críticas ao juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato, e ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. No recado aos petistas, o comando partidário afirma que o alvo de Moro, da Lava-Jato e de Mendes é acabar com o partido.
"O juiz Sergio Moro e sua ´equipe´ de delegados da PF e procuradores do MPF do Paraná fazem de tudo (até mesmo anistiar criminosos confessos) para atingir o PT. Eles não querem detectar os crimes e acabar com a corrupção. O objetivo é prejudicar a imagem do PT e de seu governo", diz o partido.
Na cartilha "Em defesa do PT, da verdade e da democracia", com 32 páginas, a legenda diz que há uma campanha de "cerco e aniquilamento" de setores do Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal e da mídia para cassar o registro da sigla. De acordo com o PT, opositores ao governo "mentem sob a proteção da toga, nos mais altos tribunais, afrontando a consciência jurídica".
"Desde a campanha de 2014, nossos adversários escolheram as investigações da ´Operação Lava-Jato´ para insistir em criminalizar o PT. Repetindo o método do mensalão, tentam atribuir ao PT - e exclusivamente ao PT - os crimes de bandidos confessos, vinculados a diversos partidos, inclusive da oposição, que agiam impunemente há décadas e hoje negociam depoimentos em troca de benefícios, sem apresentar provas", diz. Com críticas à delação premiada, afirma que Moro beneficiou "criminosos" que desviaram de recursos da Petrobras, ao mesmo tempo em que criminaliza a sigla.
A legenda também ataca Gilmar Mendes e diz que "são notórias" as ligações do ministro com os tucanos, "assim como é escancarado seu comportamento faccioso contra o PT, tanto no STF quanto no Tribunal Superior Eleitoral". O partido diz ainda que o ministro age "como um coronel da Velha República".
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