BRASÍLIA - Lula, acuado, tenta de tudo para fugir de sua agenda negativa. Sentindo o cheiro da Lava Jato chegar perto dos seus –familiares e amigos–, o petista mira no que reúne e anima sua tropa. Bater no ministro Joaquim Levy.
O ex-presidente não se conforma com o estado de ruindade da economia brasileira. Acredita piamente que a vida do PT, da presidente e a sua, apesar de toda lambança do petrolão, não estaria neste miserê todo se o país estivesse crescendo.
Só que, a cada dia, tudo fica pior. Até otimistas de plantão já falam que o cenário econômico só melhora no final do ano que vem. Daí, por instinto de sobrevivência, Lula desce a lenha sem dó na política econômica de Levy e estimula sua turma a fazer o mesmo.
Difícil saber até onde faz isto como estratégia diversionista ou se deseja, de fato, que sua criatura adote uma linha populista de estímulo ao crédito quando todos estão endividados. Ou é desespero mesmo.
Afinal, Lula defende que Henrique Meirelles assuma a cadeira de Levy. Uma troca que não traria nenhuma guinada na política econômica. Pelo contrário, seria uma continuidade em doses mais salgadas.
Enfim, Lula tenta salvar o que pode de seu legado e, para tal, pressiona sem rodeios sua criatura a mudar o que considera equivocado.
Até pouco tempo, reclamava que ela não lhe dava ouvidos. Agora, com a crise em altíssima voltagem, sente que o clima mudou e ela passou a ceder a suas pressões.
Como na troca da Casa Civil. Depois de relutar, trocou Aloizio Mercadante por Jaques Wagner, o nome certo para o posto, mas que deveria ter chegado lá um pouco mais cedo.
A batalha agora parece ser na economia. Neste domingo, ela deu um chega para lá no lulista Rui Falcão, que pediu em público a cabeça de Levy. Foi além. Disse concordar com sua política econômica. Só que tudo pode não passar de puro diversionismo dilmista. A conferir.
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