O GLOBO - 19/06
Arquibancada tem o direito de registrar seu pasmo com o fato de que bandidos presos continuavam a comandar seus subordinados de dentro da cadeia
Uma boa notícia: na última terça-feira, a nossa brava Polícia Civil prendeu cinco homens e três mulheres acusados de comandar a maior e mais rica quadrilha do nosso estado. E isso foi apenas um passo numa ampla investigação da nossa Polícia Civil.
A investigação foi iniciada há oito meses e teve como ponto de partida celulares encontrados no Morro do Juramento, na Zona Norte. Ela permitiu a prisão de 26 bandidos ao todo. Na verdade, nem todos: 16 bandidos, alguns deles chefões do tráfico de drogas, já estavam na cadeia. Por exemplo, os famosos Elias Maluco e Marcinho VP.
A turma da arquibancada tem a obrigação de bater palmas pelas prisões. E tem também o direito de registrar seu pasmo com o fato de que perigosos bandidos presos continuavam a comandar seus subordinados de dentro da cadeia. Nenhuma autoridade de nossa brava polícia veio a público para explicar como chefões do crime podiam continuar a comandar o tráfico depois de presos.
Obviamente, espera-se que sejam anunciadas medidas que acabem com esse absurdo. Temos prisões que são federais e sempre se pode conversar com o pessoal de Brasília. Alguns dos mais poderosos administradores do crime em nosso estado, como Marcinho VP e Elias Maluco, já são hóspedes do governo federal. Outros podem se juntar a eles. E não é exagero considerar que esse pessoal é uma ameaça ao país inteiro.
Outros países, como os Estados Unidos, já pensam assim.
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