O GLOBO - 06/12
O combate agressivo da oposição ao governo Dilma não é passageiro. O PSDB pretende manter essa "pressão total" e disputar a opinião pública de forma permanente nos próximos quatro anos. Seus dirigentes avisam que não tem mais "esse negócio de descer do palanque". Prometem seguir a receita americana e fazer campanha "full time". E garantem que nunca mais alguém poderá afirmar que não tem oposição.
O caminho das pedras
Os tucanos têm a expectativa de que seu candidato ao Planalto, o senador Aécio Neves, mantenha essa atitude firme e agressiva contra o governo petista. Analistas políticos avaliam que a acirrada competição eleitoral e as pressões posteriores empurraram a presidente Dilma a antecipar o início do segundo mandato. "Com o opositor no calcanhar, foi e é preciso mostrar serviço", resume um deles. Exultantes, os mais próximos a Aécio chegam a proclamar que essa foi "a derrota mais festejada" que já viram. Eles constatam que há um novo clima em suas fileiras e que, graças à combatividade na luta e na defesa do passado, o "nosso povo" foi às ruas e às redes sociais.
"Mexeu com o Aécio (Neves), nós vamos partir para cima. A reação vai ser desproporcional"
Antônio Imbassahy Líder do PSDB na Câmara, sobre a nova postura da oposição na defesa do candidato oposicionista ao Planalto, Aécio Neves
Oposição torce pelo PT
Os partidos de oposição na Câmara precisam e torcem, ardorosamente, pelo lançamento de uma candidatura do PT à presidência da Câmara. Eles apostam na divisão da bancada governista para fragilizar o líder do PMDB, Eduardo Cunha.
Sangue novo
Há cerca de um mês, em reunião com a presença de deputados, senadores e ministros petistas, foi discutida a possibilidade de lançar Patrus Ananias (MG) à presidência da Câmara. Conta a seu favor o fato de ser novo na Casa, sem desgaste com deputados de outras legendas. O partido avalia se, justamente por ser novo, Ananias teria inserção suficiente.
Quem não trabalha não come
Foram criados no gabinete da presidente Dilma dois DAS 5, cargo comissionado mais alto na administração pública, para os futuros ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda). Os dois já trabalham na transição.
Há vida depois da morte?
Ficou um buraco na investigação do Ministério Público do Paraná sobre o caso Petrobras. O ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa deixou a empresa em maio de 2012 e o operador do PP, José Janene, morreu em setembro de 2010.
Sem conflitos
O requerimento para aprovação do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para o TCU não foi assinado pelo PT, que cobiçava a vaga. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, que coletou as assinaturas, não quis criar constrangimentos.
BATATA QUENTE. Tudo se encaminha para que o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), seja reconduzido ao cargo.
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