domingo, novembro 09, 2014

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“O governo começa com a herança maldita que ele mesmo criou”
Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) criticando os desacertos do governo Dilma


Lobista do PMDB se ofereceu para depor 3 vezes

Citado como o lobista do PMDB junto à maracutaia da Petrobras, Fernando Soares, o “Fernando Baiano”, já se ofereceu três vezes, por meio dos advogados, para prestar depoimento à Justiça Federal no âmbito da Operação Lava Jato. Ainda não obteve resposta. Ansioso, considera fechar acordo de delação premiada para contar tudo o que sabe. Se fizer isso mesmo, pode comprometer toda a cúpula do PMDB.

Bem longe

Pelo sim, pelo não, “Fernando Baiano” está no exterior, bem distante de uma eventual Operação Lava Jato II. Dias atrás foi visto em Miami.

Delação

O megadoleiro Alberto Youssef, que fazia o “varejo” do esquema de corrupção e pagamento de propinas, implicou “Fernando Baiano”.

Esclarecimentos

O lobista do PMDB disse a amigos não fazer ideia do que é acusado, por isso procurou a Justiça para “prestar esclarecimentos”.

Belos ‘parceiros’

Investiga-se a “parceria” de Fernando Baiano com Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras na época da negociata da refinaria de Pasadena.

Processo de Maluf dormita no TSE há um mês

O processo contra Paulo Maluf parou no Tribunal Superior Eleitoral desde 2 de outubro, quando foi liberado para ir a plenário pela relatora, ministra Luciana Lóssio. O TSE barrou a candidatura de Maluf a deputado federal com base na Lei da Ficha Limpa. A pauta do TSE está bem enxuta, mas o presidente, ministro Dias Toffoli, que define o que vai ou não a julgamento, mantém o recurso longe da apreciação. Pela praxe, registros de candidatura devem ter prioridade máxima.

Vapt-vupt

Na quinta (6), a sessão ordinária do TSE, onde pendências devem ser apreciadas, foi encerrada em menos de uma hora.

Reversão possível

Com a demora, Maluf e seus advogados podem trabalhar para reverter algum voto contrário. A votação contra ele foi apertada: 4x3.

Na mira da Interpol

Paulo Maluf não pode sair do país para não ser preso pela Interpol, que está à espreita. A França irá julgá-lo por lavagem de dinheiro.

Bem me quer, mal me quer

Lula prefere o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, mas a “nova” Dilma só aceita na Fazenda quem tem tímpano complacente, como Guido Mantega, que além de ouvir seus gritos sem reclamar, ainda se sujeita a “chás de cadeira” que chegam a quatro horas.

Mais do que nunca

Líder da oposição, Domingos Sávio (MG) defende o compartilhamento das delações premiadas da Lava Jato com a CPMI da Petrobras, “até para dissipar a ideia de conluio para livrar quem quer que seja”.

‘Prost!’

O parlamento alemão aprovou a prorrogação por cinco anos do acordo nuclear Brasil-Alemanha, sob protesto do Partido Verde. Assinado na ditadura, o acordo garante mais R$ 3 bilhões para a encrencada usina Angra II. A Alemanha está fechando suas usinas nucleares.

Fumo de rolo

Dilma recebeu na sexta (7) o presidente do Uruguai. Parece que José Mujica tentou em vão calçar nela suas sandálias da humildade. Ele, que de bobo não tem nada, quer vender o excedente de gás ao Brasil.

Apenas barbeiragem?

Tucanos criticam os erros do deputado Carlos Sampaio (SP), que teria agido sozinho ao pedir ao TSE a auditoria do resultado das eleições e ao fazer acordo com o PT para matar a CPMI da Petrobras.

Fora do padrão

Habituados ao temperamento difícil de Dilma, parlamentares e governadores do PT ficaram surpresos com o aparente bom humor dela na confraternização (inédita, em quatro anos) na última quinta (6).

Fraude no Pronaf

O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) tentará aprovar na Comissão de Agricultura a convocação do ministro Guido Mantega (Fazenda) para explicar desvios no Programa de Agricultura Familiar (Pronaf).

Tamos aí

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) topa disputar a presidência do Senado, após Renan Calheiros (AL) negar interesse em novo mandato. Há pelo menos outros cinco candidatos ao cargo, só no PMDB.

Pensando bem...

...se Renan Calheiros não fosse mesmo candidato a novo mandato de dois anos na presidência do Senado, ele jamais diria isso.


PODER SEM PUDOR

A mão da História

A mão trêmula de José Sarney, nas imagens do seu voto em Aécio Neves (PSDB), no 2º turno das eleições presidenciais de 2014, lembra outro momento histórico: sua posse na Presidência da República, em 1985. Sarney estava devastado com a morte de Tancredo Neves e assustado com a "herança". Percebendo seu nervosismo instantes do juramento (que faria com a mesma mão trêmula, estendida), o então presidente da Câmara, Ulysses Guimarães, sob testemunho do fiel escudeiro Heráclito Fortes, deu uma força:

- Vamos lá, Sarney, isto é como a primeira vez em que uma donzela faz sexo: dói, mas é bom...

As gargalhadas o fizeram relaxar, e Sarney prestou o juramento e entrou para a História.

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