Mensaleiros teriam de devolver dinheiro roubado
Agora livres, leves e soltos, José Genoino, José Dirceu, Delúbio Soares e Valdemar Costa Neto não deveriam pregar o olho, caso temessem a lei: o inciso 4 do artigo 33 do Código Penal condiciona a progressão da pena à reparação do dano ou devolução do ilícito: R$ 141 milhões, segundo a ação penal do “mensalão”. Só pagaram multas e ganharam prisão domiciliar. O dinheiro roubado? Ninguém sabe, ninguém viu.
Saiu barato
Genoino, Dirceu e Delúbio pagaram R$2,5 milhões de multas aplicadas pelo Supremo, a maior parte na base de “vaquinha da companherada”.
Pagou, saiu
O ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha ainda está preso por não haver pago os R$ 536,4 mil da multa a ele atribuída.
Moreira continua
O PMDB já dá como certa a permanência do ministro Moreira Franco na Secretaria de Aviação Civil. Ele é da cota pessoal de Michel Temer.
Só depois do dia 25
Michel Temer avisou ontem a deputados do PMDB que conversas sobre ministérios só a partir do dia 25, quando Dilma voltar do G20.
Banqueiro ligado a Lula ataca o governo Dilma
Após longo namoro com o governo, decorrente das estreitas relações com Lula, de quem se fez “resolvedor-geral” de problemas, o banqueiro André Esteves (BTG Pactual) optou pela oposição nas eleições. E apenas duas semanas depois da vitória de Dilma, atacou: “Vejo um governo mais do mesmo, falta confiança”. Seu banco foi mais concreto: anunciou o rebaixamento da recomendação ao Brasil “diante das incertezas com relação ao novo governo e aos ministérios.”
Sócio crítico
Curiosamente, o neo-oposicionista André Esteves é sócio do governo, por meio da Caixa, e tenta assumir a área de seguros da instituição.
Agora vai
O governo quer tirar do traço a TV Brasil, a TV do Lula: firmou parceria de programação com o Instituto Cubano de Radio y Televisión.
Cheiro de queimado
O ministro Thomas Traumann (Comunicação) é cada vez menos solicitado por Dilma. Não deve permanecer no cargo.
Abuso de poder econômico
O TSE avalia coibir financiamento eleitoral de empresas sócias de bancos oficiais. Caso do JBS/Friboi, que deu R$ 70 milhões para a campanha do PT. No governo Lula, o BNDES virou sócio do grupo (24,6%) que abiscoitou aportes salvadores de R$ 10,5 bilhões.
Rara exceção
Presidente do conselho de ética da Câmara, Ricardo Izar (PSD-SP), foi o único que teve a dignidade de recusar R$ 200 mil do dinheiro fácil do Grupo JBS/Friboi, na campanha. Seu mandato não estava à venda.
A vez da mulher
Dilma tem sinalizado que agora deseja uma mulher como ministra das Relações Exteriores. Quatro embaixadoras lideram as apostas, no Planalto: Maria Luiza Viotti, Maria Nazareth Farani Azevedo, Maria Dulce de Barros e Vera Barrouin Machado.
Cotado
Ligadíssimo a Antônio Andrade (PMDB), eleito vice-governador de Fernando Pimentel (PT) em Minas, o deputado Mauro Lopes é cotado em sua bancada na Câmara para assumir o Ministério da Agricultura.
Despedidas
Relator das investigações da roubalheira na Petrobras, o ministro José Jorge – que se despediu ontem do Tribunal de Contas da União com fortes críticas ao governo – terá a aposentadoria formalizada dia 17.
Bancários em declínio
O Sindicato dos Bancários de SP não é mais aquele que elegia Luis Gushiken: a partir de 2015, não terá mais representante no Congresso. Não conseguiram mandar para Brasília o deputado estadual Luis Cláudio Marcolino, escalado para disputar vaga na Câmara.
Ninguém merece
Responsável pela atual irrelevância do Ministério do Trabalho, o dono do PDT, Carlos Lupi, exige que a repartição seja entregue ao partido, outra vez, de “porteira fechada”. Quando foi assim, Lupi saiu sob graves denúncias e sua turma foi alvo de várias operações da PF.
É tudo lorota
Dilma saiu das eleições pregando a reforma política e até ameaçando plebiscito, mas o PT trabalhou para obstruir a discussão sobre o tema, ontem, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Pensando bem...
...o doleiro Youssef deveria ser aclamado por petistas para ministro da Fazenda: sabe planejar, é “expert” em finanças, e lhes pagava em dia.
PODER SEM PUDOR
Temperamentais
O alagoano Silvestre Péricles discursava e foi aparteado pelo paraibano José Américo de Almeida. Silvestre insinuou que o colega era medroso.
- Eu não tenho medo; estou com medo!...
- Medo de quê? - desafiou Silvestre.
- De que Vossa Excelência caia morto nos meus braços!
Silvestre foi contido ao tentar agredir José Américo, mas, no dia seguinte, em novo discurso, atribuiu o incidente "a nossos temperamentos".
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