O GLOBO - 17/09
A nova pesquisa do Ibope divulgada ontem pelo "Jornal Nacional" e pelo "Estado de S. Paulo" só trouxe notícias ruins para a presidente Dilma Rousseff, e notícias boas para Marina e Aécio Neves, mais para ela do que para ele. A estratégia de atacar Marina sem dó nem piedade parece que passou do ponto, e reverteu contra a própria candidata à reeleição, que caiu além da margem de erro.
Não é à toa, portanto, que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deu parecer favorável à retirada da propaganda eleitoral do filmete do PT que faz uma ligação completamente mentirosa entre o Banco Central autônomo e a falta de comida na casa dos brasileiros. E também o Tribunal Superior Eleitoral retirou do ar o site comandado pelo ex-ministro Franklin Martins.
O tucano Aécio Neves subiu quatro pontos percentuais, reflexo da melhoria de pontuação em Minas Gerais, seu território, e, de maneira geral, em todas as regiões do país, com exceção do Nordeste. Como sua campanha é mais propositiva, embora bastante crítica em relação à capacidade de Marina governar e representar realmente uma mudança de rumos, Aécio cresceu em cima de Marina e Dilma especialmente em Minas, o segundo colégio eleitoral do país. Aécio ainda reduziu sua diferença para Dilma no segundo turno, com a presidente em queda.
Paradoxalmente, o candidato do PSDB para o governo de Minas, Pimenta da Veiga, caiu em relação a seu concorrente Fernando Pimentel, do PT, e corre o risco de perder no primeiro turno. Para reverter os 20 pontos que os separam, Aécio terá que passar a presidente Dilma em Minas e carregar consigo seu candidato a governador, num esforço final que pode lhe acrescentar pontos preciosos.
Marina Silva, apesar de toda campanha agressiva contra ela, principalmente pelo PT, mas em boa medida também pelo candidato do PSDB, caiu apenas 1 ponto, mas viu sua vantagem em relação a Aécio Neves diminuir de 16 para 11 pontos. Ainda no plano das boas notícias, Marina viu confirmar-se fora da margem de erro sua vantagem sobre a presidente Dilma no segundo turno, que passou a ser de 3 pontos (43% contra 40%).
Segundo o Ibope, Aécio chegou a um empate técnico com Marina no Sul, com 23% contra 26% da candidata do PSB. Dilma continua tendo o Nordeste como seu grande bastião eleitoral, onde lidera isolada com 48%. Na região, o candidato do PSDB tem sua pior atuação, com 9%, enquanto Marina consegue barrar um pouco o avanço de Dilma, com 29% dos votos nordestinos. Na eleição de 2010, Dilma teve nada menos que 70% dos votos do Nordeste.
Ela lidera também no Sul, com 34%, e, nas demais regiões, aparece empatada tecnicamente com Marina: no Sudeste, onde se concentram cerca de 44% dos eleitores, a candidata do PSB tem 31%, e a do PT, 30%. No Norte/Centro-Oeste, Dilma tem 35%, e Marina, 32%.
O desempenho da incumbente Dilma Rousseff é melhor nas cidades menores, com até 50 mil habitantes, onde ela alcança 42%. Nas cidades com mais de 500 mil habitantes, sua votação cai 10 pontos percentuais. Nelas, quem lidera é Marina Silva, que tem também o maior eleitorado entre os eleitores de curso superior.
Dilma tem seu melhor desempenho entre eleitores menos escolarizados (até a 4a série: 51%) e no eleitorado mais pobre, com renda de até um salário mínimo, em que fica com 46% das preferências. Aécio tem mais eleitores entre os mais ricos (renda familiar superior a 5 salários: 28%). A presidente tem uma liderança incômoda no quesito rejeição: 32% afirmam que não votariam nela de jeito nenhum.
A presidente Dilma aparentemente superou o índice mínimo de avaliação para ser competitiva na reeleição: hoje, 37% dos eleitores classificam seu governo como ótimo e bom, um pouco acima da taxa de 35% considerada básica para se apresentar à reeleição. Esse índice, porém, também limita sua votação geral, que fica aquém da votação dos candidatos do PT nas últimas eleições.
Não é à toa, portanto, que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deu parecer favorável à retirada da propaganda eleitoral do filmete do PT que faz uma ligação completamente mentirosa entre o Banco Central autônomo e a falta de comida na casa dos brasileiros. E também o Tribunal Superior Eleitoral retirou do ar o site comandado pelo ex-ministro Franklin Martins.
O tucano Aécio Neves subiu quatro pontos percentuais, reflexo da melhoria de pontuação em Minas Gerais, seu território, e, de maneira geral, em todas as regiões do país, com exceção do Nordeste. Como sua campanha é mais propositiva, embora bastante crítica em relação à capacidade de Marina governar e representar realmente uma mudança de rumos, Aécio cresceu em cima de Marina e Dilma especialmente em Minas, o segundo colégio eleitoral do país. Aécio ainda reduziu sua diferença para Dilma no segundo turno, com a presidente em queda.
Paradoxalmente, o candidato do PSDB para o governo de Minas, Pimenta da Veiga, caiu em relação a seu concorrente Fernando Pimentel, do PT, e corre o risco de perder no primeiro turno. Para reverter os 20 pontos que os separam, Aécio terá que passar a presidente Dilma em Minas e carregar consigo seu candidato a governador, num esforço final que pode lhe acrescentar pontos preciosos.
Marina Silva, apesar de toda campanha agressiva contra ela, principalmente pelo PT, mas em boa medida também pelo candidato do PSDB, caiu apenas 1 ponto, mas viu sua vantagem em relação a Aécio Neves diminuir de 16 para 11 pontos. Ainda no plano das boas notícias, Marina viu confirmar-se fora da margem de erro sua vantagem sobre a presidente Dilma no segundo turno, que passou a ser de 3 pontos (43% contra 40%).
Segundo o Ibope, Aécio chegou a um empate técnico com Marina no Sul, com 23% contra 26% da candidata do PSB. Dilma continua tendo o Nordeste como seu grande bastião eleitoral, onde lidera isolada com 48%. Na região, o candidato do PSDB tem sua pior atuação, com 9%, enquanto Marina consegue barrar um pouco o avanço de Dilma, com 29% dos votos nordestinos. Na eleição de 2010, Dilma teve nada menos que 70% dos votos do Nordeste.
Ela lidera também no Sul, com 34%, e, nas demais regiões, aparece empatada tecnicamente com Marina: no Sudeste, onde se concentram cerca de 44% dos eleitores, a candidata do PSB tem 31%, e a do PT, 30%. No Norte/Centro-Oeste, Dilma tem 35%, e Marina, 32%.
O desempenho da incumbente Dilma Rousseff é melhor nas cidades menores, com até 50 mil habitantes, onde ela alcança 42%. Nas cidades com mais de 500 mil habitantes, sua votação cai 10 pontos percentuais. Nelas, quem lidera é Marina Silva, que tem também o maior eleitorado entre os eleitores de curso superior.
Dilma tem seu melhor desempenho entre eleitores menos escolarizados (até a 4a série: 51%) e no eleitorado mais pobre, com renda de até um salário mínimo, em que fica com 46% das preferências. Aécio tem mais eleitores entre os mais ricos (renda familiar superior a 5 salários: 28%). A presidente tem uma liderança incômoda no quesito rejeição: 32% afirmam que não votariam nela de jeito nenhum.
A presidente Dilma aparentemente superou o índice mínimo de avaliação para ser competitiva na reeleição: hoje, 37% dos eleitores classificam seu governo como ótimo e bom, um pouco acima da taxa de 35% considerada básica para se apresentar à reeleição. Esse índice, porém, também limita sua votação geral, que fica aquém da votação dos candidatos do PT nas últimas eleições.
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