“Foi um resultado fiscal menos dinâmico”
Secretário do Tesouro, Arno Augustin, minimizando o deficit de 1,94 bilhão em junho, o pior da história
ALCKMIN APROVEITA BRIGA DE SKAF PARA ATRAIR PMDB
Candidato à reeleição em SP, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem aproveitado a queda de braço entre o adversário Paulo Skaf e o vice-presidente da República, Michel Temer, para angariar apoio nas bases do PMDB. Aconselhado pelo marqueteiro Duda Mendonça, que não vê a hora de dar troco no arqui-inimigo João Santana, Skaf ignora os apelos de Temer e se recusa a oferecer palanque para Dilma.
CABO ELEITORAL
O deputado Gabriel Chalita (PMDB) – desafeto de Skaf em SP – tem trabalhado, nos bastidores, junto a prefeitos a favor de Geraldo Alckmin.
PURA PROVOCAÇÃO
Padrinho da candidatura, Temer ficou irritado com peça na qual Skaf é questionado sobre apoiar Dilma e responde: “Sabe de nada, inocente”.
JOGA NO LIXO
Para a cúpula do PMDB, a estratégia individualista de Skaf diminui chances de 2º turno, já que Alexandre Padilha não cresce nas pesquisas.
TEM SEUS MOTIVOS
Não é à toa que Skaf tenta se descolar da presidente Dilma: ela carrega 47% de rejeição em SP, onde hoje perderia para Aécio num 2º turno.
MÃO DE FERRO
Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) têm mais em comum do que se imagina. Assim como o ex-presidente Lula não se cansa de reclamar que a sucessora não ouve ninguém, senadores e deputados do PSDB descem a lenha na postura do tucano Aécio Neves de decidir tudo sozinho. No PSB, o cenário não é diferente: Eduardo Campos não escuta nem a turma de Pernambuco.
SÓ ATRAPALHA
O PSB e PSDB reclamam que a centralização das decisões, além de não envolver aliados na campanha, fragiliza chances de chegar ao Planalto.
DEU NA MESMA
Alvo de queixas, Dilma abriu uma brecha e marcou reuniões com presidentes de siglas aliadas, o que não mudou muito nas decisões.
BRIGA NA JUSTIÇA
O PSDB entrou com nova ação no MP-DF contra Gilberto Carvalho por utilizar cargo de ministro para fazer propaganda negativa de Aécio Neves.
NA PINDAÍBA
Candidato ao governo do Rio, o senador Lindbergh Farias (PT) sofre do mesmo mal do correligionário Alexandre Padilha em SP: muito verbo e pouca verba. Os empresários negam doações eleitorais com medo das denúncias que batem na porta do PT e da falta de perspectiva de vitória.
VISTA GROSSA
Flagrado em áudios revelando com toda naturalidade que recebe propina, deputado Rodrigo Bethlem (RJ) avisou ao PMDB que desistirá da disputa à reeleição, mas deverá continuar filiado ao partido, que faz vista grossa.
VICE AUSENTE
Diferentemente de Michel Temer e Marina Silva, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) não acompanhou ontem o presidenciável Aécio Neves na sabatina com empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
PARA COMPENSAR
O deputado Luiz Pitiman – candidato tucano ao governo do Distrito Federal – fez questão de comparecer ontem na sabatina de Aécio Neves (MG), que está empatado com a presidente Dilma nas pesquisas no DF.
GESTOS
Após a sabatina na CNI, Eduardo Campos (PSB) ofereceu a cadeira principal para coletiva de imprensa à vice Marina Silva: “Minha vez foi com empresários, agora é a sua”, disse brincando, e assumiu o posto.
DESTEMPERADO
O senador Roberto Requião (PMDB-PR), chamado por adversários de ‘Maria Louca’, abandonou entrevista para rádio CBN de Cascavel ao ser questionado sobre retirada de aditivo que previa duplicação da BR-277.
QUER ENGANAR QUEM?
Presidente do PSDB-ES, César Colnago critica Eduardo Campos, que promete recuperar o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias, “quando a bancada dele votou contra o fundo no Senado”.
COISA DE DOIDO
Candidato ao Senado, João Paulo (PT-PE) virou alvo de chacota após entrevista sobre maioridade penal na qual falou de valorização da vida, meditação transcendental e terminou contando sobre amigo que tentou suicídio e cujo dia mais feliz da vida foi quando conseguiu fazer cocô.
PENSANDO BEM...
... com o futebolzinho jogado nos estádios após a Copa, o Templo de Salomão terá a maior média de público do Brasil.
PODER SEM PUDOR
O BOM EXÍLIO
Paraibano de Itabaiana, Abelardo Jurema teve uma vida política tão rica quanto estonteante. Foi eleito deputado federal em 1958 e 1962 e depois nomeado ministro da Justiça do governo João Goulart. Com o golpe militar de 64, ele acabaria no exílio, no Peru, onde sobrevivia vendendo charutos. Certa vez, ele recebeu a visita do filho, João Luiz, que era menor e vivia no Brasil, e os dois passaram uma boa temporada juntos.
- Eu queria que esse exílio nunca mais acabasse - disse o garoto, para surpresa do ex-ministro, que mal aguentava a dor da distância.
Diante do ar de perplexidade do pai, João logo explicou:
- No Brasil, nunca passei um dia inteiro com o senhor.
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