CORREIO BRAZILIENSE - 26/06
Deu no New York Times: Brasília é um espetáculo de civilidade, nem parece uma cidade do Brasil. Nada como uma Copa do Mundo para o olhar gringo descobrir o belo e o inesperado fora dos limites do seu cotidiano. É interessante para nós, brasileiros, ler registros como esse do influente jornal norte-americano, mesmo que venham carregados de imprecisões e exageros, alguns acidentais e outros intencionais. Considerar as mansões do Lago Paranoá mais luxuosas do que as dos astros bilionários de Beverly Hills só pode ser piada.
Mas o que mais me impressiona é verificar como o maior evento esportivo do planeta está coroando um fenômeno tecnológico e social sem precedentes na história humana, ditado pela mobilidade da internet. É difícil encontrar lugares em que cidadãos, em movimento ou parados, não estejam com os olhos grudados em smarthones ou tablets, na maioria das vezes conferindo mensagens rasas recebidas de outras pessoas. É fácil ser instado a comentar um trocadilho ou uma gafe cometidos por alguma celebridade consolidada ou recém-criada.
A tal mídia social, como os especialistas agora classificam as redes sociais, ocupou um espaço desmedido. Foge de toda lógica até então ditada pelos mestres das comunicações de massa, transformando qualquer um em marqueteiro das próprias coisas ou dono de seu canal de expressão global. As assembleias de enfoques banais se formam rápido e tornam o teoricamente fraco em um forte e o comprovadamente forte em um alvo do ridículo. O boato on-line consegue virar notícia na mídia convencional e o velho rigor jornalístico precisa lutar ainda mais pelo reconhecimento da maioria.
As aberrações e os inconvenientes criados pelo conteúdo viral da internet, elaborado pelo povo conectado e endereçado a ele mesmo, ocorrem com cada vez mais frequência. Tem gente morrendo em acidentes, distraída ao fazer um selfie. Há jovens que se deprimem quando suas amenidades publicadas na web não ficam entre as mais curtidas. Há fatos relevantes que passam batidos, sem encontrar ressonância on-line.
Há muito para ser visto na rede mundial de computadores, e as retinas fatigadas buscam cada vez mais imagens impactantes e textos curtíssimos. Onde essa manada de internautas famintos por piscadas eletrônicas vai parar? Ninguém sabe. O importante é a imprensa preservar, dentro e fora do meio virtual, os conceitos que a definem, em defesa da verdade e do interesse coletivo.
Mas o que mais me impressiona é verificar como o maior evento esportivo do planeta está coroando um fenômeno tecnológico e social sem precedentes na história humana, ditado pela mobilidade da internet. É difícil encontrar lugares em que cidadãos, em movimento ou parados, não estejam com os olhos grudados em smarthones ou tablets, na maioria das vezes conferindo mensagens rasas recebidas de outras pessoas. É fácil ser instado a comentar um trocadilho ou uma gafe cometidos por alguma celebridade consolidada ou recém-criada.
A tal mídia social, como os especialistas agora classificam as redes sociais, ocupou um espaço desmedido. Foge de toda lógica até então ditada pelos mestres das comunicações de massa, transformando qualquer um em marqueteiro das próprias coisas ou dono de seu canal de expressão global. As assembleias de enfoques banais se formam rápido e tornam o teoricamente fraco em um forte e o comprovadamente forte em um alvo do ridículo. O boato on-line consegue virar notícia na mídia convencional e o velho rigor jornalístico precisa lutar ainda mais pelo reconhecimento da maioria.
As aberrações e os inconvenientes criados pelo conteúdo viral da internet, elaborado pelo povo conectado e endereçado a ele mesmo, ocorrem com cada vez mais frequência. Tem gente morrendo em acidentes, distraída ao fazer um selfie. Há jovens que se deprimem quando suas amenidades publicadas na web não ficam entre as mais curtidas. Há fatos relevantes que passam batidos, sem encontrar ressonância on-line.
Há muito para ser visto na rede mundial de computadores, e as retinas fatigadas buscam cada vez mais imagens impactantes e textos curtíssimos. Onde essa manada de internautas famintos por piscadas eletrônicas vai parar? Ninguém sabe. O importante é a imprensa preservar, dentro e fora do meio virtual, os conceitos que a definem, em defesa da verdade e do interesse coletivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário