O GLOBO - 30/09
A cumulação de capital, educação, novas tecnologias, reformas institucionais, integração competitiva nos mercados globais, empreendedorismo e aumento de produtividade: essas são as alavancas para a ascensão econômica na nova ordem mundial. Dinheiro barato, excesso de gastos públicos, crises financeiras, corrupção na política, protecionismo, corporativismo, perda de competitividade e favorecimento a grupos de interesse: essas são as práticas das nações em declínio.
No primeiro ato da globalização contemporânea, o grande esforço de adaptação esteve sobre os ombros dos 3,5 bilhões de eurasianos deserdados no colapso da antiga ordem socialista. Nessa fase inicial, o mergulho dessa mão de obra e de seus fluxos de poupança forçada nos mercados globais criou uma extraordinária oportunidade de enriquecimento acelerado. Mas os benefícios de um crescimento sincronizado em escala global já foram desfrutados.
Persistem agora, em um segundo ato, os desafios para uma adaptação bem-sucedida das economias ocidentais à ordem global. Está cada vez mais claro que serão frustradas as tentativas de manutenção de padrões de vida irrealistas em meio à guerra mundial por empregos. Financistas anglo-americanos e políticos social-democratas europeus lamentam o paraíso perdido. A grande crise atual resulta do desesperado mergulho eurasiano nos mercados globais, de um lado, e dos excessos dos ocidentais em sua fuga das exigências dessa nova ordem, de outro.
A ampliação de mercados nos primeiros movimentos da globalização trouxe também a ilusão de que não haveria dramáticos impactos sobre a antiga ordem ocidental. As modernas democracias liberais enfrentam agora o desafio da produtividade para uma integração bem-sucedida. Viciaram-se em crédito fácil e aposentadorias insustentáveis. Por irresponsabilidade financeira, abalaram-se suas mais importantes instituições, do regime de moeda fiduciária às redes de proteção social. Os asiáticos estudam muito, trabalham duro e poupam bastante. Os americanos inovam, mas insistem em construir pontes de papel em busca da riqueza. Os europeus querem viver do Estado, ou seja, de impostos pagos pelo trabalho alheio, mas a vitória de Merkel indica que terão de mudar. E nós, brasileiros, o que queremos?
No primeiro ato da globalização contemporânea, o grande esforço de adaptação esteve sobre os ombros dos 3,5 bilhões de eurasianos deserdados no colapso da antiga ordem socialista. Nessa fase inicial, o mergulho dessa mão de obra e de seus fluxos de poupança forçada nos mercados globais criou uma extraordinária oportunidade de enriquecimento acelerado. Mas os benefícios de um crescimento sincronizado em escala global já foram desfrutados.
Persistem agora, em um segundo ato, os desafios para uma adaptação bem-sucedida das economias ocidentais à ordem global. Está cada vez mais claro que serão frustradas as tentativas de manutenção de padrões de vida irrealistas em meio à guerra mundial por empregos. Financistas anglo-americanos e políticos social-democratas europeus lamentam o paraíso perdido. A grande crise atual resulta do desesperado mergulho eurasiano nos mercados globais, de um lado, e dos excessos dos ocidentais em sua fuga das exigências dessa nova ordem, de outro.
A ampliação de mercados nos primeiros movimentos da globalização trouxe também a ilusão de que não haveria dramáticos impactos sobre a antiga ordem ocidental. As modernas democracias liberais enfrentam agora o desafio da produtividade para uma integração bem-sucedida. Viciaram-se em crédito fácil e aposentadorias insustentáveis. Por irresponsabilidade financeira, abalaram-se suas mais importantes instituições, do regime de moeda fiduciária às redes de proteção social. Os asiáticos estudam muito, trabalham duro e poupam bastante. Os americanos inovam, mas insistem em construir pontes de papel em busca da riqueza. Os europeus querem viver do Estado, ou seja, de impostos pagos pelo trabalho alheio, mas a vitória de Merkel indica que terão de mudar. E nós, brasileiros, o que queremos?
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