CORREIO BRAZILIENSE - 26/07
Ninguém entrega espontaneamente o poder - e os privilégios - que tem. Por isso, as comissões compostas de políticos para fazer as reformas políticas não darão certo. É assim até na condução de funções de Estado: são risíveis pitis de presidentes de Poderes, não? Mas não entendo mesmo é o relativo fracasso no gerenciamento de governos. Os de Lula deram um passo largo para a redução das desigualdades sociais. Na pior das hipóteses, Lula fez o Brasil do Ipanema, da Asa Sul ou de Aldeota olharem para uma gente invisível - aqueles 20% mais pobres que têm 2,9% da renda nacional. Mas por que, então, ele e a sucessora Dilma Rousseff demonstraram e demonstram desempenho sofrível na administração da estrutura pública?
Os eventos esportivos movimentam bilhões de reais para estádios de faces delgadas e intestinos podres por excesso de dinheiro. No entanto, consumismo não é cidadania, já bem disseram por aí. Queremos boas estradas - e não Detrans transformados em repartições de arrecadação financeira e obras viárias para pagar débitos a financiadores de campanhas eleitorais. Desejamos agências reguladoras agindo em função dos cidadãos - e não com servidores e dirigentes estranhamente acuados por lobbys e favores.
Queremos governos, legitimamente eleitos, que sejam corajosos - e enfrentem corporativismo e egoísmo carreirista, como o dos médicos, sem tremer. Sonhamos com juízes justos e probos. Almejamos, sim, uma carga tributária "justa", um custo Brasil menor. Mas ansiamos para que seja adotado logo um "lucro Brasil" honesto. Sinceramente, eu e tantos estamos nos lixando se uma bolsa Louis Vuitton Speedy 30 custa por aqui US$ 875,83 ou US$ 775,60 na média mundial - ou se um perfume Gucci Guilty de 75ml seja US$ 82,26 mais caro no exterior. Desejamos, no fundo, é que tenhamos menos abjetos nos governando. Aí a gente talvez deixe de discutir acessórios primavera-verão da Louis Vuitton e passe a se indignar com detalhes "secundários", como sonegação fiscal.
P.S.: Da sabedoria popular: se o filho de Kate, o reizinho George, nascesse no Brasil, o parto seria normal? Não: a mãe tem mais de 30 anos e é muito magra; o bebê, muito grande (3,8kg) e com a validade vencida (41ª semana). E o trabalho para pari-lo foi longo (16 horas).
Os eventos esportivos movimentam bilhões de reais para estádios de faces delgadas e intestinos podres por excesso de dinheiro. No entanto, consumismo não é cidadania, já bem disseram por aí. Queremos boas estradas - e não Detrans transformados em repartições de arrecadação financeira e obras viárias para pagar débitos a financiadores de campanhas eleitorais. Desejamos agências reguladoras agindo em função dos cidadãos - e não com servidores e dirigentes estranhamente acuados por lobbys e favores.
Queremos governos, legitimamente eleitos, que sejam corajosos - e enfrentem corporativismo e egoísmo carreirista, como o dos médicos, sem tremer. Sonhamos com juízes justos e probos. Almejamos, sim, uma carga tributária "justa", um custo Brasil menor. Mas ansiamos para que seja adotado logo um "lucro Brasil" honesto. Sinceramente, eu e tantos estamos nos lixando se uma bolsa Louis Vuitton Speedy 30 custa por aqui US$ 875,83 ou US$ 775,60 na média mundial - ou se um perfume Gucci Guilty de 75ml seja US$ 82,26 mais caro no exterior. Desejamos, no fundo, é que tenhamos menos abjetos nos governando. Aí a gente talvez deixe de discutir acessórios primavera-verão da Louis Vuitton e passe a se indignar com detalhes "secundários", como sonegação fiscal.
P.S.: Da sabedoria popular: se o filho de Kate, o reizinho George, nascesse no Brasil, o parto seria normal? Não: a mãe tem mais de 30 anos e é muito magra; o bebê, muito grande (3,8kg) e com a validade vencida (41ª semana). E o trabalho para pari-lo foi longo (16 horas).
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