O GLOBO - 20/01
Facebook não é prova
Pelo visto o Tribunal Superior do Trabalho ainda não leva muita fé no Facebook. A 5ª Turma do TST obrigou a Companhia de Saneamento do Pará a pagar hora extra aos empregados, alegando que eles não tinham intervalo em jornada de 12 horas.
Segue...
A empresa contestou, exibindo fotos do Facebook, onde aparece a turma almoçando e descansando. Não colou.
Gostou do palanque
Dilma no Piauí, sexta, falou por mais de meia hora (a versão escrita ficou acima de 3 mil palavras). Lá pelas tantas, disparou: “Gente, presidentes, governadores, prefeitos, são obrigados a fiscalizar os sonhos...”. Isto quer dizer... não sei.
No mais
Frei David diz que a proibição da entrada de babás sem uniforme em clubes lembra outro hábito discriminatório: impedir a empregada doméstica de usar elevador social nos condomínios.
Aliás...
Um querido parceiro da coluna resolveu esta questão com graça e inteligência. Ao ouvir da síndica do seu prédio, em Botafogo, a queixa de que a empregada estava usando o elevador social, rebateu:
— Mas eu não tenho empregada. Aquela negra é minha amante.
O DOMINGO É DE...
... Carolina Dieckmann, 34 anos, que emprestou seu talento para ajudara denunciar um dos crimes mais terríveis praticados em todo o mundo: o tráfico de pessoas. A bela, como se sabe, é a Jéssica, vítima de traficantes, em “Salve Jorge”, a novela da TV Globo. Na trama, a personagem morre no capítulo que vai ao ar amanhã. Tadinha.
Marketing da calcinha
Duas grifes de roupa íntima, a Duloren e a Verve, estão investindo no carnaval de rua. A primeira patrocina o Bloco Areia, que sai no Leblon. A segunda, o bloco Fogo e Paixão, que faz sua folia no Centro do Rio. Nos dois desfiles haverá distribuição de calcinhas.
Literatura policial
A Editora Arqueiro lança aqui, em fevereiro, “O preço da vitória”, novo livro de Harlan Coben. O escritor americano, autor da série “Myron Bolitar”, já vendeu mais de 50 milhões de livros pelo mundo — 625 mil só no Brasil. Nesta trama, volta à cena o detetive Myron Bolitar, o personagem mais premiado de Coben.
Arco-íris de Zé Cândido
Após 15 anos, está de volta às livrarias “Ninguém mata o arco-íris”, volume de crônicas de José Cândido de Carvalho, lançado pela editora José Olympio. A obra reúne 35 textos sobre Cacilda Becker, Chico Buarque, Paulo Autran, Tom Jobim, Ziraldo, Glauber Rocha, Djanira e Rachel de Queiroz, entre outros. Os desenhos são de Appe.
Vovô Noca
Noca da Portela, 80 anos de vida e 60 de samba, vai estrear, este ano, na disputa do Imprensa Que Eu Gamo, o bloco dos coleguinhas. Compôs com uma turma 50 anos mais nova, como Pedro da Muda e JP, bambas do Samba da Ouvidor.
Fim de Manguinhos
Cabral avisa que não desistiu de desapropriar Manguinhos. A empresa Meta, que faz o levantamento topográfico do lugar, entrega seu relatório em fevereiro. Nos últimos anos, a refinaria produziu mais confusão do que gasolina.
Salve-se quem puder
A Viação Real está contratando, para levar passageiros no caótico trânsito do Rio, motoristas... sem experiência. Colou até cartazes nos ônibus com o aviso de emprego. Só exige carteira de habilitação, na categoria D.
Ponto final
Parece. Mas não é. Este florão com cabeça de anjo não é uma homenagem ao boa gente Sérgio Cabral, pai. Na verdade, é uma obra do Mestre Valentim, gênio do barroco brasileiro que faleceu há 200 anos.
Ah, bom!
‘A NEGA TANAJURA TÁ AÍ... NINGUÉM SEGURA’
Na semana em que se comemorou o Dia Mundial do Compositor — no último dia 15 —, a coluna foi atrás de Moacyr Minas Martins, 75 anos, o Moacyr M. M., um dos autores de “Blusa amarela”, sucesso nos anos 1980 com os Originais do Samba. É aquela marchinha que diz: “A Nega Tanajura tá aí/Ninguém segura/Deixa a nega se divertir.”
Apesar de a música, no início daquela década, ter sido uma das mais cantadas nos blocos e quadras de escolas de samba, o niteroiense Moacyr freou a carreira. Sem ter certeza de que avida de compositor lhe daria retorno financeiro, continuou trabalhando como trocador de ônibus. Anos depois, foi parar na Câmara Municipal de Niterói, onde arrumou emprego como auxiliar de serviços gerais. E lá está há 20 anos.
Longe dos holofotes, Moacyr M. M., figura popular no legislativo da antiga capital do Estado do Rio, leva hoje uma vida simples na cidade onde nasceu e cresceu.
— Era o certo pelo duvidoso. Preferi não arriscar. Avida de compositor é difícil. No carnaval, até que pinta uma grana de direitos autorais. Mas tem o resto do ano, né? Aliás, Moacyr M. M. está no meio de uma polêmica musical. No início dos anos 1980, ele compôs o samba “Mengo mania”. O refrão traz uma melodia que faz parte do imaginário popular: “Lêêêêê, lê lê ôôô/Lê, lê lê ôôô/Lê, lê lê ôôô/Lêêêêê, lê lê ôôô/Mengo.”
Só que a mesma melodia e as algumas palavras estão na marchinha “Hino das torcidas”, de Manoel Ferreira, Ruth Amaral e João Roberto Kelly.
Após ser gravado por Silvio Santos, o trechinho ficou conhecido em todo o país. Há uns quatro anos, um amigo de Moacyr o indicou um advogado para correr atrás dos direitos autorais. Só que, até hoje, ele não sabe como anda a ação. Mas aí é outra história...
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