quarta-feira, julho 25, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 25/07

Indústria vê com ressalvas mercado de genérico animal

A aprovação da venda de medicamentos genéricos para animais, cuja lei foi sancionada na última semana, é vista com ressalva pela indústria.

O novo mercado, até então inexistente no Brasil, pode ser menos interessante do que o de genéricos humanos devido às diferenças dos custos dos testes, segundo a Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais).

A exigência de testes de resíduo, obrigatórios para os genéricos que serão usados em animais destinados ao consumo, onera o processo.

"Precisamos ter certeza da eficácia e da segurança da carne nos bovinos. Para aves, também temos de saber dos ovos e, no caso dos animais de leite, também", diz Maria Angélica Ribeiro de Oliveira, do Ministério da Agricultura.

"O advento do genérico tem de trazer um atrativo para o empresário e ser uma boa oportunidade com redução no custo de produção e registro. Nos humanos, os estudos de bioequivalência, que substituem os clínicos, são mais baratos. Mas, nos animais, há pouca diferença", diz Henrique Tada, diretor técnico-executivo da Alanac.

Outra preocupação é o tempo de espera. "O ministério tem poucos funcionários para atender os pedidos de análise de registro. Se os empresários considerarem que há oportunidade e quiserem registrar muitos remédios, a roda não vai girar", diz Tada.

O órgão, porém, tem previsão de contratar mais pessoal, segundo Oliveira.

OPÇÃO ECONÔMICA

A rede de hotéis Marriott trará para o Brasil uma nova marca, mais econômica.

A companhia está em fase final de negociação para o anúncio da construção das primeiras unidades.

"Esperamos ter três ou quatro hotéis da marca Fairfield no Brasil até 2014", afirma Gil Zanchi, da Marriott.

Entre as cidades que devem receber hotéis da bandeira estão São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Porto Alegre, Curitiba e Campinas.

A companhia ainda realiza reformas nos seus cinco hotéis em operação no Brasil, com investimento total de R$ 35,6 milhões.

No início de 2012, a Accor também anunciou a vinda de nova marca para o país.

LIMPEZA RÁPIDA

A Bombril investirá R$ 20 milhões neste ano para aumentar a capacidade de sua fábrica em Recife.

Com o aumento das vendas da companhia nas regiões Norte e Nordeste, a planta quase dobrou sua produção nos últimos dois anos.

"Estamos com alguns gargalos nessa unidade. Precisamos ter maior capacidade e melhorar a parte logística", afirma Marcos Scaldelai, diretor da Bombril.

Para os próximos anos, a companhia também pretende adquirir algumas empresas locais das duas regiões.

"Buscaremos soluções rápidas de crescimento e esse tipo de empresa tem uma boa penetração nos dois mercados", diz Scaldelai.

avaliação executiva

Dos diretores dos setores bancário e financeiro na América Latina, 50% dizem que recebem menos que a média de mercado; entre gerentes, são 37%, segundo pesquisa da Michael Page com 6.500 executivos.

"Um dos motivos é a remuneração variável dos últimos dois anos. Os bônus diminuíram", diz Sérgio Sabino, diretor da empresa.

Apesar da insatisfação, apenas 12,1% dos diretores ouvidos disseram que trocariam de empresa por um salário melhor. Entre os gerentes, 10,5% deixariam o trabalho nessa situação.

Cerca de 50% dos entrevistados afirmaram que mudariam de empresa se tivessem uma boa oportunidade para a carreira ou um projeto para desenvolver.

GUERRA FRIA

Durante a Guerra Fria, o governo dos EUA enviou professores americanos e milhões de dólares a instituições acadêmicas para influenciar teorias de administração do Brasil, segundo novo estudo de Rafael Alcadipani e Carlos Bertero, da FGV-Eaesp. Práticas de gestão de eficácia, eficiência e maximização de resultados da época nos EUA foram exportadas ao Ocidente.

Foram influenciadas a Eaesp e as escolas das universidades federais do RS e da BA. "Na disputa pela supremacia, a ideologia foi a arma. Para os EUA era importante manter nações na esfera de influência e liderar o Ocidente na defesa do capitalismo."

Novo jogador A Buck Consultants, braço de RH do grupo Xerox, começa a atuar no Brasil com escritório em São Paulo. A empresa trabalha nas áreas de benefícios de aposentadoria, programas de saúde e bem-estar, entre outras.

Água limpa A Beraca desenvolve novo projeto de tratamento de água para o setor sucroalcooleiro, com o uso de dióxido de cloro. A empresa espera fechar contrato com 90 usinas e faturar R$ 40 milhões até o fim de 2013 com a iniciativa.

Filiação A Organização Internacional das Cooperativas de Saúde se reúne hoje em SP para discutir a entrada de entidades no grupo. O evento, coordenado pela Unimed, terá representantes de Espanha, Argentina, Japão, Suécia e Polônia.

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