quarta-feira, julho 25, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“Neste momento o STF passa a ser julgado pela opinião pública”
Ministra Eliana Calmon, do CNJ, sobre as expectativas para o julgamento do mensalão

GOVERNO SÓ PAGOU 13% DA VERBA CONTRA DESASTRES

O governo federal liberou por meio de Medidas Provisórias mais de R$ 1,7 bilhão em créditos extraordinários para combater seca e enchentes, mas até agora só pagou R$ 235,8 milhões, o que corresponde a 13% do valor total. Segundo levantamento feito pela liderança do PSDB na Câmara, o valor empenhado também é mínimo: R$ 402,8 milhões. O restante fica à disposição do governo para gastar como bem entender.

PARA INGLÊS VER

Aprovada no último dia 10, a MP 566 garante R$ 281 mil a agricultores que perderam na safra com a seca. O valor sequer foi empenhado.

NÃO SAI DO PAPEL

A mesma medida liberou R$ 424,6 mil para atendimento a vítimas da seca. Nem um quarto da verba foi liberado: até agora, só R$ 94,9 mil.

PURA ENGANAÇÃO

A MP 569, que garante R$ 688 mil a emergências, só teve R$ 140 mil pagos. Já os R$381 mil liberados pela MP 572 nem foram empenhados.

POVO É QUE SOFRE

Também não foi empenhado “um centavo” dos R$ 238 mil para manter a Educação Infantil em municípios atingidos pela seca.

RJ: candidata do PV avalia desistir da disputa

Abandonada pela ex-senadora Marina Silva, a deputada estadual Aspásia Camargo (PV) cogita renunciar candidatura à prefeitura do Rio para apoiar Marcelo Freixo (PSOL), que ocupa segundo lugar nas pesquisas, com 10%, atrás do prefeito Eduardo Paes (PMDB), que tem 54%. Apesar da disparidade, especialistas avaliam que Freixo pode puxar votos do eleitorado do PT e levar as eleições a segundo turno.

IMPACTO CACHOEIRA

O PSOL também aposta no desgaste que Eduardo Paes pode sofrer com as denúncias envolvendo a Delta e a prefeitura do Rio.

NARIZ EMPINADO

A chefe de gabinete do chanceler Patriota arranja inimigos por onde passa: Fátima Ishitani escolhe quem receber. E são raríssimos.

FATOS NOVOS

Os membros da CPMI do Cachoeira conseguiram acesso aos sigilos da Delta Construções referentes aos bancos Bradesco e HSBC.

SEM LIMITES

Dos oito desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (MS), sete receberam, só em julho deste ano, uma média de R$ 309 mil cada. Dos 24 juízes, 16 receberam cerca de R$ 265 mil cada, bem acima do teto constitucional do funcionalismo público.

CAPÍTULO AÉREO

O Ministério da Justiça instaurou processos contra a TAM e a Gol, para apurar possíveis irregularidades na venda de passagens. A Gol se manifestará “nos autos do processo”. A TAM, só quando notificada.

CONTRADIÇÃO

Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) um agente da Polícia Federal dizer que o procurador Demóstenes Torres “não tinha relações com o jogo” contradiz todo o processo investigado na CPMI.

CAÇA-FANTASMAS

O Ministério Público Federal abriu inquérito para investigar denúncia de batalhão de “fantasmas” no Dnocs, de obras contra as secas. Eles, que têm água, só apareceriam para assinar o ponto e receber o salário.

REFRESCO NOS OUTROS

O Chile, do presidente “de direita” Sebastián Piñeira, cobrou mais informações de Cuba sobre a morte do dissidente Oswaldo Payá, num acidente de carro. Lá, igual ao Brasil, também teve ditadura.

PEZÃO FRIO

Virou rotina: o governador Cabral (PMDB-RJ) sai do País, vem tragédia: o assassinato de uma PM por traficantes no complexo do Alemão foi notícia no Washington Post. Mas ele só lê o francês Le Monde.

QUEM DÁ MAIS?

O futuro leilão judicial da sede da Bancoop, suspeita de desviar fundos para campanhas do PT, não cobrirá as dívidas de R$ 22 milhões com os mutuários. O imóvel em São Paulo foi avaliado em R$ 1milhão.

BODUM

A administração pública gastou, de janeiro a junho deste ano, R$ 146,7 milhões com serviços de água e esgoto. Em 2011, foram R$ 401,8 milhões, revela a ONG Contas Abertas. Mas 18 milhões de brasileiros continuam sem serviços de saneamento básico.

PLANTÃO TANTÃ

A PF atestou que Cachoeira não está maluco e pode depor na Justiça Federal, amanhã. Doido é quem pensa que ele vai dedurar alguém.

PODER SEM PUDOR

COBRAS À ESPREITA

Jânio Quadros nunca teve muito apreço por jornalistas. Considerava-os como serpentes. No final dos anos 80, prefeito paulistano, ele foi à casa do deputado estadual Fauze Carlos (PTB) para se encontrar com o presidente nacional do partido, Paiva Muniz. Deparou-se com dois jornalistas, que, claro, logo pediram uma "conversa rápida".

- Ah, são só dois?...

Os repórteres se animaram, mas só até ele completar, às gargalhadas:

- ...e não dá para um comer o outro, e ficar um só?

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