FOLHA DE SP - 23/07
Moeda chinesa cresce em pagamento internacional
Apesar da desaceleração na economia da China nos últimos meses, a utilização de sua moeda em negociações internacionais está em alta.
O número de países que processam pagamentos em yuan subiu de 65 para 91 entre junho do ano passado e junho de 2012.
A quantidade de instituições financeiras saltou de 617 para 983 no período, segundo relatório a ser divulgado hoje pela Swift, que reúne bancos de todo o mundo.
A moeda é menos utilizada internacionalmente porque, até aproximadamente dez anos atrás, o mercado doméstico chinês era muito fechado aos investidores estrangeiros, segundo a Swift.
À medida que a moeda ganhou relevância, o crescimento em valor da presença do dinheiro chinês nos pagamentos globais foi superior a 17 vezes, entre outubro de 2010 e junho deste ano.
Nenhuma outra moeda registrou elevação semelhante. A média de expansão de outros países foi só de uma vez e meia. O único crescimento significativo foi o russo rublo, que subiu 3,2 vezes no período. Dólares e euros permanecem muito usados.
O Brasil e a China fizeram sua primeira transação comercial sem usar dólares, intercambiando reais e yuans, em 2009.
Na época, uma empresa brasileira de aparelhos de ar-condicionado depositou a quantia em reais no banco em São Paulo, valor que foi retirado três dias depois na China convertido em yuans. A remessa pagou peças importadas da China.
"O comércio chinês aumenta e parte disso é fechado em yuan. O governo da China está começando a tomar os primeiros passos para tornar o yuan uma moeda conversível. O volume de comércio reforça a trajetória em direção a isso e vice-versa", diz Antonio Manfredini, professor da FGV Eaesp.
Choque produtivo
A companhia norte-americana de equipamentos de segurança Taser, conhecida por produzir pistolas de choque, decidiu onde será localizada sua nova fábrica no Brasil.
A empresa traz ao país investimentos de US$ 6 milhões para a sua planta em Hortolândia, de acordo com a Investe São Paulo, agência de promoção de investimentos do Estado.
O anúncio sobre a unidade, que fabricará dispositivos não letais, será feito hoje, durante evento sobre segurança pública.
Faxina corporativa
A multinacional americana Jan-Pro, de limpeza comercial, investirá R$ 26 milhões para expandir sua atuação no Brasil.
Com o aporte, que será dividido igualmente entre 2012 e 2013, a companhia passará a ter unidades em todas as regiões do país e entrará no mercado de hospitais.
"Até o fim do ano teremos escritórios em Salvador, Brasília e Fortaleza. Cada um deles deve abrir quatro franquias por mês após o início da operação", diz Renato Ticoulat, executivo da empresa.
Para iniciar as operações em hospitais, a Jan-Pro comprará novos equipamentos e contratará enfermeiras. Entre os países em que a empresa já atua estão Canadá, Reino Unido e Austrália.
A principal concorrente da companhia é a Jani-King.
Números
US$ 240 milhões é o faturamento global da companhia
6 Estados com franquias (SP, PR, SC, MA, MG e RJ)
Impressão... Representantes setoriais se reuniram na última sexta, em SP, para discutir o andamento das medidas governamentais de estímulo à indústria. Cerca de 69% acreditam que as opiniões do empresariado são consideradas pelo governo ao anunciar novas medidas.
...empresarial Cerca de 75% consideram a velocidade do processo incompatível com a complexidade dos temas, diz a CNI. As reivindicações serão levadas ao governo em agosto.
Mar A movimentação de contêineres na Portonave, terminal portuário de Navegantes (SC), subiu 7,3% no primeiro semestre, ante igual período de 2011.
Invasão... Cerca de 1.500 empresários asiáticos são esperados para uma feira em agosto, em SP. Os executivos, dos quais 80% são chineses, representam 600 empresas interessadas em encontrar importadores e distribuidores brasileiros para seus produtos.
...chinesa Entre os principais setores das companhias participantes estão os de eletrônicos de consumo e de segurança, material de construção, têxtil, brindes, decoração e outros, de acordo com a EPS, empresa organizadora do evento.
Nome sujo
O número de títulos protestados em junho na cidade de São Paulo foi de 68.640 -queda de 17,4% na comparação com o mês anterior, de acordo com levantamento do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos.
Em relação a junho do ano passado, no entanto, houve alta de 19,9 %.
O cancelamento de protestos chegou a 21.289 títulos em junho, e o total bruto apresentado ficou em 175.501.
Do total de títulos protestados, apenas 8% foram cheques e 7%, notas promissórias. A maioria (71,4%) foi de duplicatas.
Inverno no nordeste
Campos do Jordão não está entre as dez cidades mais procuradas do país para férias de inverno, segundo estudo do buscador de viagens Mundi.
A pesquisa, que levou em conta as buscas realizadas entre março e junho, para a efetuação de reservas em julho, indicou alta da procura nos destinos do Nordeste.
A região tem seis das dez cidades mais buscadas.
A agência Hotel Urbano, porém, registrou aumento de 30% no interesse dos cariocas para ir a Campos do Jordão.
No que se refere a destinos internacionais, os mais procurados foram Buenos Aires e Santiago do Chile.
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