O GLOBO - 06/04/12
A presidente Dilma pediu aos ministros da Casa que se abstenham de inflar as divergências na base do governo. Sua avaliação é que elas não representam uma ameaça real à sustentação parlamentar, mas integram uma luta entre os aliados para se cacifarem junto ao Planalto. A orientação é baixar a bola, evitando alimentar um clima de crise. Com o governo aprovado e a popularidade em alta, a presidente não leva a sério as ameaças.
Dilma no palanque eleitoral
Os partidos governistas estão soltando foguete. A presidente Dilma vai usar o mês de abril para lançar vários programas voltados para os municípios. Será uma mão e tanto para os aliados, principalmente para os candidatos do PT e do PMDB, enfrentarem as eleições municipais de outubro. No dia 12, 2.600 prefeitos de municípios de até 50 mil habitantes estarão em Brasília, assinando contratos do Minha Casa Minha Vida. No dia 19, serão anunciados recursos para obras de mobilidade em grandes cidades. Por fim, no dia 24, será feito o anúncio da contratação de obras para a construção de creches e quadras esportivas.
Se o governo for dar ouvidos aos ambientalistas radicais, não saem as Usinas de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte, nem será votado o Código Florestal” — Henrique Alves, líder do PMDB na Câmara (RN)
COM AMIGOS ASSIM... As declarações do líder do PDT, André Figueiredo (CE), e do presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), retardaram o anúncio do novo ministro do Trabalho. A presidente Dilma não gosta de agir sob pressão e resolveu deixar os trabalhistas de molho. O deputado Brizola Neto (PDT-RJ), que acaba de reafirmar o controle do Diretório Municipal da cidade do Rio, está na muda.
Rachados
Os dois deputados do PSDB na Bahia não se entendem sobre as eleições de Salvador. Antonio Imbassahy, que já foi prefeito, quer ser candidato. Jutahy Magalhães Júnior quer apoiar o candidato do DEM, o deputado ACM Neto.
Namoro
Isolado na política nacional e estadual, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) decidiu sair das cordas. Ele está se aproximando do governador Eduardo Campos (PSB-PE). No Senado, ele vai se manter na oposição ao governo Dilma.
O líder do PT subiu num banquinho...
Na falta de oposição mais contundente, o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (PT), decidiu bater no governo. Anteontem, criticou na tribuna os ministros da Integração, Fernando Bezerra, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, reclamando da demora na liberação de verbas para as cidades baianas atingidas pela seca. Ontem, no Twitter, voltou à carga: “Ministro Pepe, o site do MDA vai tratar da seca na Bahia?
Desequilíbrio
Preocupação no Planaltocom o desequilíbrio do poder na bancada do PT na Câmara. O grupo do ex-líder Cândido Vaccarezza (SP), do ex-presidente João Paulo Cunha (SP) e de José Guimarães (CE) foi totalmente alijado do comando.
Linha de colisão
O movimento dos aposentados está numa encruzilhada. Aliado do governo até agora, pode passar para a oposição. O governo Dilma disse “não” ao seu principal pleito: reajustar as aposentadorias pelo índice do salário mínimo.
NO PLANALTO, existe o temor de que a Operação Monte Carlo não vá para a frente, por causa de irregularidades no processo de investigação.
BINGO. Em dezembro de 2012, quando a Câmara derrotou projeto do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) que legalizava bingos e caça-níqueis, 15 deputados da bancada do Rio votaram a favor.
VOTARAM a favor: Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ministro do Esporte; Mendes Ribeiro (PMDB-RS), ministro da Agricultura; e Jilmar Tatto (SP), líder do PT.
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