domingo, fevereiro 26, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 26/02/12
Banco do Brasil faz primeira grande campanha publicitária no exterior
De olho na internacionalização _ a sua, a de clientes e a da concorrência _ o Banco do Brasil lança hoje, pela primeira vez, uma grande campanha de comunicação no exterior. O banco está presente em 23 países.

A campanha, cujo valor o banco afirma não informar por questões contratuais, pretende mostrar que o banco pode ser o principal elo para negócios com investidores de todo o mundo, segundo afirma o vice-presidente Paulo Roberto Caffarelli.

"O BB precisa ser um banco global para estar perto dos clientes. Muitos têm representação fora do Brasil", diz. "Além de apoiar a internacionalização das empresas, queremos atender os brasileiros que vivem no exterior."

Uma terceira razão para se internacionalizar é a necessidade de ganhar escala.

"Além de concorrentes brasileiros, estrangeiros vêm cada vez mais para o Brasil. Precisamos de escala para ter preços competitivos."

Os principais mercados fora são América Latina, Estados Unidos, Ásia e África.

Até 2015, o banco espera ter 20 agências espalhadas pelos EUA, onde comprou em 2011 o EuroBank, que passará a se chamar Banco do Brasil das Américas.

"Estamos transformando o escritório de Xangai em agência e abrimos a BB Securities Ásia, em Cingapura." Na África, onde a parceria com o Bradesco e o português Banco Espírito Santo, foi suspensa, o BB mantém os planos de atuação. "Mas o BES não é mais a única opção."

Números
23
é o número de países onde o Banco do Brasil está presente

EuroBank,
dos EUA, foi a última instituição adquirida no exterior; o negócio foi fechado em abril do ano passado

20
agências nos EUA até 2015 é o objetivo do banco

60
novas agências na Argentina é a projeção para 2015

O que estou lendo
Franco Bernabè, presidente da Telecom Italia
O italiano Franco Bernabè, presidente da Telecom Italia, que detém a TIM no Brasil, encerrou a leitura de "Outliers: The story of success", de Malcolm Gladwell.

Publicado no Brasil pela ed. Sextante, "Fora de Série - Outliers" tenta responder o que os empreendedores bem sucedidos têm de diferente.

De acordo com o escritor inglês Gladwell, a cultura, a família, a geração e a educação da pessoa influenciam em seu sucesso.

"É um livro que realmente recomendo", diz Bernabè, que vive em Roma.

Riscos políticos reorientam investimentos no mundo em 2012

As turbulências políticas recentes tiveram forte influência sobre as operações de multinacionais e sobre a orientação de destinos para investimentos pelo mundo nos último ano.

Países como Mianmar, Afeganistão e Iêmen subiram no ranking que considera critérios como fragilidade dos Estados, crime organizado arraigado, falha de resolução de conflitos diplomáticos, corrupção, terrorismo, comércio ilícito e outros.

A Somália permanece no topo entre os 20 de maior risco. Cenários de recentes violações de direitos humanos, Síria e Líbia também estão no grupo, segundo Donnie DiCarlo, executivo da Marsh, que analisou o trabalho.

"Mas há países, como a Arábia Saudita, que hoje têm risco médio, e estão caminhando na direção correta, com tentativas de aberturas, especialmente em relação às mulheres", afirma.

O Brasil também parece se mover para a redução de riscos. "Há questões ligadas a corrupção, mas esse é um problema difícil de eliminar e o país está trabalhando para combater", diz DiCarlo.

O Brasil está bem entre os vizinhos, segundo Eugenio Paschoal, presidente da unidade brasileira da Marsh.

"O país possui atualmente uma alta capacidade de absorver choques e um ambiente econômico favorável. Isso dá uma visão aos investidores para que se posicionem", afirma Paschoal.

Apesar das turbulências geopolíticas em diversas economias, muitos países apresentaram maiores oportunidades de expansão para multinacionais, devido a melhorias em seus ambientes regulatórios e legais, de acordo com o estudo.

Países de risco médio, como Brasil, Peru e México, estão entre as economias com ambientes mais favoráveis ao investimento empresarial, segundo os critérios.

Mãe bancária
A campanha internacional do BB terá Gisele Bündchen e o mote "Banco do Brasil. Do Brasil para o mundo. Do mundo para o Brasil". A mãe da modelo é aposentada do banco, onde trabalhou por 35 anos, como escriturária em agências do Sul do país.

Pano
As vendas de tecidos na primeira quinzena de fevereiro foram 2% inferiores às do mesmo período de 2011, segundo o sindicato do comércio atacadista do setor de SP.

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