Nova empresa passa a competir no mercado livre
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SP - 25/10/11
Companhias do mercado livre de energia se preparam para criar uma nova empresa que unirá alguns dos maiores geradores, comercializadores e distribuidores do país.
Ainda sem se denominar como uma "bolsa de energia", o conjunto das empresas, formado por concorrentes entre si, pretende operar em torno de 2.000 MW médios ao mês no primeiro semestre, que representam cerca de 50% do mercado spot, só com os sócios atuais. Nomes como Ecom Energia, Comerc, Grupo Delta, CMU, Solenergias e Capitale lideram a organização do projeto, que deve receber nas próximas semanas outros interessados, diz Flávio Cotellessa, executivo com experiência em estruturação de companhias em outros setores, que vem presidir a empresa.
A ideia é oferecer serviços de formalização de contratos e um balcão de transações de energia elétrica. Os participantes poderão fazer ofertas de compra e venda de curto prazo e ter acesso a índices de preço do setor. As operações provavelmente ficarão semelhantes às de uma bolsa de commodities posteriormente. O projeto deve entrar em operação em janeiro. A Abraceel (associação dos comercializadores de energia) confirma que já recebeu uma apresentação da iniciativa, mas responde que não tem maiores informações.
"Não participamos das relações comerciais dos associados. Acompanhamos este projeto da mesma forma que acompanhamos outros, como a Brix", diz Maurício Correa, diretor da Abraceel. O segmento começou a ganhar espaço no Brasil neste ano. No final de julho, entrou em operação uma outra empresa, a Brix, que tem como sócios Eike Batista e a bolsa de energia ICE (Intercontinental Exchange).
PUBLICIDADE BRITÂNICA
A agência de publicidade BD Network, sediada em Londres, pretende começar a atuar no Brasil entre três e seis meses. No primeiro ano em operação, o escritório da companhia em São Paulo deverá ter até dez funcionários. "Traremos profissionais do Reino Unido, mas também vamos recrutar brasileiros", afirma Darren Smith, um dos proprietários da agência. A companhia, que espera abrir unidades na França e na Áustria, já tem filial na Austrália. "Começamos com dois funcionários e, em 12 meses, nossa equipe passou para 15 pessoas", diz Smith. O interesse pelo Brasil surgiu devido à Copa do Mundo de 2014 e à Olimpíada de 2016. "Mas pretendemos ficar no país ao menos por duas décadas", afirma Lee Barber, outro proprietário da agência.
NÚMEROS EUR 34 milhões é o faturamento anual da companhia 240 funcionários MEMÓRIA BRASILEIRA
Pelo 21º ano consecutivo, o Prêmio Folha Top of Mind anunciará as marcas mais lembradas pelos consumidores brasileiros, de acordo com pesquisa do Datafolha feita em todo o país. A cerimônia, considerada a principal premiação de lembrança de marca do Brasil, será realizada hoje a partir das 19h30, no HSBC Brasil (zona sul de São Paulo).
A edição comemorativa de 21 anos da revista Folha Top of Mind, com o resultado completo dos vencedores deste ano, vai circula gratuitamente na edição da Folha de amanhã.
Máquina A divisão de máquinas de corte do grupo importador Bener, que tinha somente uma marca de prensas em seu catálogo, acaba de fechar negociação com seis novos fabricantes da Itália, da Turquia e de Taiwan.
Resistência... A crise internacional ainda não afetou o movimento de fusões e aquisições no Brasil neste ano, segundo a PwC, que registrou 553 transações até setembro. O volume representa o mesmo nível verificado em 2010.
...internacional Setembro registrou 64 negócios, ante 62 em 2010. Na comparação com 2007, ano que ficou marcado como referência de atividades, houve alta de 6% no número de negócios.
Canudo A rede Rei do Mate prevê a abertura de mais 11 unidades até dezembro. Em 2011, a rede inaugurou 20 unidades em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, entre outros.
Ginástica A rede norte-americana de academias Fitness Together pretende abrir 70 unidades na região Sudeste nos próximos cinco anos.
TIJOLO COM TIJOLO
A construção civil brasileira perdeu o vigor de crescimento que registrava no ano passado. Em agosto de 2011, o setor empregou mais 38,8 mil trabalhadores, aumento de 1,3% em relação a julho e de 9,4% no acumulado do ano, de acordo com levantamento do SindusCon-SP (sindicato da indústria da construção civil de São Paulo).
Em agosto de 2010, a construção civil havia empregado mais 48,5 mil trabalhadores, o que significava uma alta de 1,7% no nível de contratações do setor em relação ao mês anterior. O nível de emprego registrava elevação de 14,8%. "A construção segue em crescimento, embora em nível menos vertiginoso do que em 2010. Isto significa que o setor consolidou um novo patamar, ascendendo de forma mais gradual", segundo o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe. Nos últimos doze meses contados desde agosto deste ano, foram contratados mais 223 mil trabalhadores com carteira assinada no setor, aumento de 7,8%.
A partir de agosto do ano passado, os 12 meses anteriores registravam um crescimento de 16,5%, ou mais 399 mil empregados, segundo a pesquisa. Em agosto, a região Norte tinha o maior crescimento do emprego na construção percentualmente (2,62%).
com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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