Bala na agulha
SONIA RACY
O ESTADÃO - 30/07/11
No embate irracional entre democratas e republicanos nos EUA, ninguém se lembra de uma possibilidade concreta que Obama tem: a de poder aumentar o limite dos gastos do país sem perguntar ao Congresso.
"A emenda 14 da Constituição americana lhe dá essa prerrogativa", explica Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Washington.
Até agora, o presidente americano descartou a possibilidade. "Ele não coloca isso na mesa para não parecer que está abrindo mão da negociação", pondera Barbosa. Sendo a disputa por lá ideológica, sobre o peso e papel do Estado, usar a emenda só dificultaria ainda mais a vida de Obama.
Crise na Europa
O quarto de Thereza Collor e Gustavo Halbreich no Hotel Splendido, em Portofino, foi assaltado com direito a maçarico no cofre. Levaram joias étnicas avaliadas em 300 mil euros, conforme antecipou o blog da coluna, ontem. A diária? 2 mil euros.
Contrataram advogado contra a rede Orient Express.
Ninho
Kassab escolheu o Joelma, no centro de São Paulo, como sede do futuro PSD.
O pessoal que recebe e cadastra as fichas de inscrição tem dado expediente por lá.
Iceberg gordo
Aprovado pela Anvisa, apareceu uma "saída" para quem tem medo de cirurgia plástica: a máquina CoolSculpting. Paula Chebl, do Espaço N.O., explica que o método passa por "congelamento" de células de gordura.
A paciente não precisa se cortar, mas passa um frio...
Sinceridade
Enquanto todo o mercado de câmbio bate na formatação das medidas cambiais, reconhecido e tradicional banqueiro opta pela mão contrária: "Eles não tinham outra opção".
E avisa: "Ninguém percebeu, mas acabou o sistema de câmbio flutuante. O governo controlará a cotação do dólar aumentando ou diminuindo o imposto. Com a vantagem de não ter de gastar dinheiro para tanto".
Sinceridade 2
De NY, fonte da coluna enviou e-mail com discurso de março de 2006, feito por Obama durante debate sobre aumento do limite do teto da dívida americana, no Congresso. Altamente crítico, o então senador classificou a discussão como sinais de "falência de liderança", "de que o governo não consegue pagar suas dívidas" e "de irresponsabilidade fiscal". E acusou Washington de "jogar o peso de suas más escolhas nas costas de nossa crianças e netos".
Terminou com um "a América merece mais".
Sinceridade 3
Mente quem diz que sabe avaliar o que vai acontecer com o dólar caso os EUA entrem em default. "É a mesma coisa de perguntar se Deus existe. Moeda é questão de fé", avalia banqueiro católico. [17 E 18/12]Amém.
Arte para pisar
De passagem por SP para lançar obra assinada para a Casa Vogue, o italiano radicado nos EUA Gaetano Pesce conversou com a coluna. O designer criou um piso intitulado "Mosaico Brasileiro", a ser leiloado em prol da Instituição Associação Aquarela.
O senhor ainda considera o design italiano como referência mundial?
Sim. Por várias razões. O design não trata somente da criação, mas de bons industriais e vendedores. Isso é tradição na Itália. Por esse motivo, há séculos artistas vão estudar lá. Desde Rubens, El Greco... todos.
Como pensou em fazer essa obra homenageando o Brasil?
Há mais de vinte anos me interesso pelo Brasil. É um país que está explodindo e pronto para receber o que há de melhor no mundo. Pensei em criar um piso personalizado, usando a miscigenação brasileira.
E por que fazer um piso?
Porque um pavimento é o máximo que a arte pode produzir. O conceito de que produtos artísticos devem ser práticos não é recente. Para fazer esse trabalho, por exemplo, fui buscar referências em pisos romanos de mosaico feitos no século 17. Representavam a vida cotidiana das pessoas que pisavam neles. A arte sempre foi útil. Não é só para olhar, é também para usar.
O que você destaca do design brasileiro?
Gosto dos Irmãos Campana. Compartilhamos a ideia de que o design não é apenas funcional, mas um veículo cultural.
/MARILIA NEUSTEIN
Na frente
Thomas Shannon, embaixador americano, e Thomas Kelly, cônsul, dão jantar, quarta-feira, para representantes das comunidades religiosas em SP - em função do fim do Ramadan. Tema? Diálogo sobre tolerância religiosa.
Ana Rüsche, escritora, embarcou ontem com 32kg de livros brasileiros para Maputo. Vão para o Centro Cultural Brasil-Moçambique e para instituições indicadas pelo Movimento Kuphaluxa.
Erasmo Carlos é hoje o hóspede mais amado do hotel Zagaia, em Bonito. Pelas gorjetas de até.... mil reais.
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