Investimento chinês no país vai a R$ 12 bilhões
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 26/05/11
Além de grande parceiro comercial do Brasil, a China intensifica sua participação no país como investidor.
Ultrapassou os R$ 12 bilhões o investimento total feito por capital chinês no país em 2010, segundo estudo realizado pelo CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China), a ser divulgado amanhã.
O que chama a atenção não é mais o volume e sim a diversificação dos destinos dos recursos, segundo Sergio Amaral, presidente do CEBC.
"Entre os investimentos anunciados e confirmados, se destacam os setores de energia, agronegócio, siderurgia, telecomunicações e educação", afirma Amaral.
"Não se restringem mais apenas a matérias primas."
Para este ano, os recursos devem se reorganizar em direção à indústria e aos setores de tecnologia avançada.
Energia, mineração e siderurgia foram responsáveis por 90% do volume de investimento anunciado em 2010, segundo a entidade.
O interesse chinês no país se traduz predominantemente em fusões e aquisições, que representaram quase 50% dos recursos em 2010.
Joint ventures tiveram participação de cerca de 25%.
O investimento por meio de projetos novos superou também os 20% dos recursos em 2010.
NA OBRA
A empresa de engenharia Mills deve investir R$ 337,2 milhões neste ano.
A companhia acaba de adquirir duas novas máquinas, chamadas de JLG 1500SJ, que são plataformas aéreas telescópicas.
Os equipamentos são utilizados para atingir grandes alturas em obras.
A Mills adquiriu outras três plataformas do modelo JLG 150HAX, que também é usado para a elevação de funcionários.
As plataformas atingem quase 50 metros de altura e podem ser usadas na construção de estádios.
A companhia atua em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Pernambuco, Rio Grande do Sul, entre outros Estados.
MODO DE PREPARO
A Cargill inaugura seu primeiro centro de inovação na América Latina no dia 6 de junho, em Campinas, no interior de São Paulo.
O investimento da companhia no projeto foi de cerca de R$ 20 milhões.
"Escolhemos a cidade de Campinas porque é uma região com forte núcleo acadêmico e disponibilidade de profissionais que possuem formação técnica no setor", afirma o presidente da empresa no Brasil, Marcelo Martins.
O centro também atenderá a demanda das indústrias da Cargill de outros países latino-americanos.
Os novos laboratórios desenvolverão ingredientes para produtos derivados de leite, bebidas, doces e pães.
"Nós temos planos de expandir o projeto, pois há área e instalações para criarmos outros ingredientes", afirma.
LATINO
André Loes será o economista-chefe do HSBC para a América Latina. O banco anuncia o novo cargo de Loes hoje. O economista será responsável por análises de temas regionais e continuará como economista-chefe no Brasil. Ele passou a trabalhar na instituição em 2008, após oito anos no Santander.
CASA SEGURA
As seguradoras apresentaram aumento de 15% no segmento residencial no primeiro trimestre deste ano, ante o mesmo período de 2010.
O faturamento da Bradesco Auto/RE no setor foi de R$ 71 milhões, o que representou um crescimento de 49%. A carteira da companhia superou a marca de 1,6 milhão de residências seguradas.
O grupo Banco do Brasil & Mapfre teve aumento de 16,5% no segmento residencial. Os prêmios da Porto Seguro chegaram a R$ 21,8 milhões no trimestre, com crescimento de 4,3% em 12 meses. Já a carteira da SulAmérica aumentou 14,9%.
PABX
A Intelbras acaba de inaugurar um escritório regional em Brasília. A empresa, que atua nos setores de telecomunicação, informática e segurança eletrônica, quer atender a demanda do governo federal em novas tecnologias.
Na unha
A Orgânica, empresa de cosméticos e acessórios para banho, lançará seis produtos de cutelaria, como alicates, cortadores de unha, tesoura e pinça. O investimento para a entrada no novo segmento foi de R$ 4 milhões.
Mudança
A Funenseg (Escola Nacional de Seguros) contratou Maria Helena Monteiro, que foi vice-presidente de recursos humanos e administração da SulAmérica por dez anos, como a sua nova diretora de ensino técnico.
SEM COMPROMETIMENTO
Os trabalhadores jovens, entre 18 e 29 anos, se mostram sem comprometimento com os seus empregadores, segundo estudo da GfK.
No levantamento, realizado com mais de 30 mil funcionários, em 29 países, apenas 21% dos jovens estão muito envolvidos com seus empregadores. No Brasil, esse índice cai para 20%.
Ombudsman Carlos Fernández González, protetor do investidor da Bolsa de Madri, participa na próxima semana de fórum na BM&FBovespa. Marcelo Trindade, ex-CVM, e Suzana Singer, ombudsman da Folha, estarão presentes.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e VITOR SION
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