DEM rejeita fusão
ILIMAR FRANCO
O GLOBO - 22/04/11
A direção do DEM, mesmo diante da sangria provocada pelo PSD do prefeito Gilberto Kassab, não quer nem ouvir falar de fusão com o PSDB. Seus dirigentes alegam que o partido está muito desgastado e que, se forem sentar agora com os tucanos, não será uma conversa de iguais. A ordem no partido é aguentar o tranco e ter muito sangue frio. As conversas para tratar da eventual união estão adiadas para depois das eleições municipais.
A Telebrás e a austeridade
O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, está cobrando investimentos públicos de R$ 10 bilhões, em quatro anos, para viabilizar
a recriação da estatal. Anteontem, a presidente Dilma Rousseff e o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) trataram do assunto.
Dilma, que sempre foi favorável a ressuscitar a empresa, comprometeu-se com a liberação de apenas R$ 1 bilhão por ano. É pouco, diante dos investimentos das empresas privadas, que são de cerca de R$ 6 bi anuais. Aos que reclamam mais investimento público, o ministro Paulo Bernardo argumenta: “A Telebrás era uma massa falida e estamos revigorando a empresa”.
"Queremos também no Brasil uma Comissão da Verdade para contar a verdadeira história do massacre do povo indígena e da escravidão do povo negro” — Paulo Paim, senador (PT-RS)
SAIA JUSTA. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) está indignada com o líder petista na Câmara, Paulo Teixeira (SP). “Ele quer retroceder. Um terço de candidatas mulher nós conquistamos há 15 anos (1996). O companheiro tem que avançar um pouquinho mais”, criticou. Tudo isso porque o Senado aprovou o voto em lista, onde cada candidato homem será seguido por uma mulher. Teixeira está defendendo uma mulher para cada dois homens.
A meta
O prefeito Gilberto Kassab e os principais organizadores do PSD estão entusiasmados. Acreditam que o partido chegará a uma bancada de 50 deputados. Ela será menor apenas que as do PT (87), do PMDB (78) e do PSDB (53).
Participação popular
O PT quer reduzir as exigências para a apresentação de leis de iniciativa popular, como a da Ficha Limpa. Hoje é preciso ter um milhão de assinaturas, coletadas em pelo menos cinco estados, para que a lei seja votada pelo Congresso.
Improviso na saúde indígena
A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), criada pelo exministro da Saúde José Gomes Temporão, não engrenou. No Dia do Índio, na última terça-feira, a pedido do ministro Alexandre Padilha (Saúde), foi assinado um decreto presidencial que prorrogou ate o fim deste ano a transição na gestão da saúde indígena. A Sesai não deu conta do recado, e a tarefa continuará a ser executada pela Funasa. Nos próximos dias, um ato fará transferência de recursos da Sesai para a Funasa.
Vem aí a bolsa...
Com o apoio dos ministros que discutem o Código Florestal, está para ser criada a Bolsa Verde, que pretende pagar aos pequenos proprietários, que são donos de até quatro módulos rurais, pela preser vação das matas ao longo dos rios.
O VICE-PREFEITO de Belo Horizonte, o petista Roberto Carvalho, quer romper a aliança com o prefeito socialista Márcio Lacerda. Carvalho quer ser candidato à prefeitura pelo PT.
O GOVERNADOR Marconi Perillo (PSDB-GO) e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) se entenderam. Demóstenes vai ser o candidato dos tucanos à prefeitura de Goiânia ano que vem.
● A PRESIDENTE Dilma Rousseff anda elogiando o trabalho do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) na relatoria do Código Florestal.
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