Construção fecha mais de 300 vagas em São Paulo
Maria Cristina Frias
Folha de S.Paulo - 09/12/2010
Em um sinal da desaceleração no setor, a construção civil fechou 304 vagas de emprego no município de São Paulo em outubro, segundo pesquisa do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de SP) e da FGV.
A queda não pode ser atribuída apenas à sazonalidade, segundo a entidade. No mesmo mês de 2009, ao contrário, foram admitidas 3.129 pessoas no município.
Outubro ainda é cedo para o declínio costumeiro registrado nos finais de ano. As quedas geralmente aparecem em novembro e dezembro, devido a férias e chuvas.
No ano passado, o aquecimento era tamanho que em novembro ainda foram registradas contratações.
"Sentimos certa desaceleração nos níveis de contratação, mas o crescimento do setor ainda é importante", afirma o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe. Em todo o Brasil, houve alta tímida, de 0,6% no mês, com a contratação de 16.345.
O cenário é impulsionado pelas obras que foram concluídas e entregues, "em número maior do que as que se iniciam", diz Watanabe.
Em todo o Estado de São Paulo, foram contratadas 956 pessoas, alta de apenas 0,13%. A região Nordeste, destaque durante o ano, ainda subiu 1,5% no mês. O Norte não manteve o bom resultado que vinha apresentando e fechou 558 vagas.
MICROCIRURGIA CRIATIVA
A Young & Rubicam anuncia hoje o novo vice-presidente de criação da agência. Após um ano sabático, viajando pelo mundo para conhecer agências, Rui Branquinho assume o cargo no mês que vem.
Ex-co-presidente de criação e planejamento da W/ (atual WMcCann), Branquinho não tem planos de fazer uma revolução.
"A agência já é sólida. Um dos desafios será melhorar uma empresa que já está no caminho certo. Enxergar onde estão as microcirurgias que terão de ser feitas", conta Branquinho.
Com essa contratação, Marcos Quintela finaliza a reestruturação da agência dentro do cronograma que definiu ao se tornar presidente, em janeiro deste ano.
Em seu primeiro ano de gestão, a agência cresceu 15% e conquistou grandes clientes, como Ponto Frio e Cielo, "que anunciam muito", afirma Quintela.
"Crescemos muito com nossos próprios clientes que reforçaram campanhas, lançaram produtos. E acompanhamos o segmento [de consumo] que fez muito anúncio para as classes C e D."
SIGILO
Em tempos de vazamento, as secretárias, guardiãs de segredos corporativos e particulares de presidentes de empresas, são pouco treinadas e podem colocar em risco decisões estratégicas, segundo especialistas.
Mais de 70% delas avaliam ter conhecimento mediano sobre procedimentos de segurança de informações, segundo pesquisa da Amcham.
Apesar de 68% delas não terem recebido treinamento específico sobre o tema, 85% se consideram preparadas.
Informações sigilosas podem escapar por vias inofensivas, segundo Paulo Beck, da consultoria Xcorp. Ele recomenda cuidados com pendrives, impressoras e conversas, no café e durante voos.
FAZENDA DA VASP
Dois grupos empresariais devem apresentar hoje, até as 15h, propostas para a compra da fazenda Piratininga, de Wagner Canhedo, dono da falida Vasp. A Justiça decidiu fazer a venda direta, após Francisco Gerval Vivone, do Conagro, arrematar o imóvel por R$ 430 milhões em leilão e sustar o cheque dias depois. O valor será usado para quitar dívidas trabalhistas de cerca de R$ 1,5 bilhão.
PRIMO POBRE
Presidente do Banco Central do Brasil ganha menos do que vários colegas de profissão
PAGAMENTO HUMILDE
Henrique Meirelles ganha menos do que alguns colegas que também chefiam bancos centrais. Na Suíça, Philipp Hildebrand recebe salário anual dez vezes maior do que o brasileiro
MUNDO DE GIGANTES
Para enfrentar a expansão dos concorrentes, como o Grupo Multi, a Eurodata, de ensino profissionalizante e cursos de idiomas, procura um novo sócio.
A empresa fechou parceria com o BTG Pactual para ser o intermediador e assessorar as negociações.
"O objetivo é achar um sócio-investidor para capitalizar a empresa e expandir o negócio. Aquisições estão nos planos", diz Ramon Asensio, presidente do grupo Eurodata. "Não queremos ficar pequenos em um mundo de gigantes."
A empresa, avaliada em cerca de R$ 150 milhões, já está em negociação com dois fundos de investimento. O negócio, porém, só deve ser anunciado em 2011.
O grupo, que atende as classes C e D, está presente em 23 Estados com 360 unidades, sendo 89 próprias e o restante franqueadas.
A empresa prepara a sua internacionalização. No início de 2011, Angola irá receber a primeira unidade fora do território brasileiro.
O mercado de ensino profissionalizante está aquecido, segundo ele. "Não faltam empregos, porém falta mão de obra qualificada."
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