Fora, fênix
Sonia Racy
O Estado de S.Paulo - 05/11/2010
Paulo Skaf, da Fiesp, principal articulador da morte da CPMF, tem certeza de que Dilma não ressuscitará o tributo. Apesar da presidente eleita ter se posicionado a favor da abertura de um processo de discussão com governadores defensores da ideia.
É o que ele deduz de recentes conversas com a vencedora do processo eletivo. "Ela me disse que quer colocar em votação, logo no começo de seu mandato, a reforma fiscal e tributária. Portanto, não vai precisar da CPMF."
A reforma fiscal aprovada é sonho possível? "É e está próximo", otimiza o dirigente da federação, alertando para o fato de que Dilma sabe que a sociedade não receberia bem a ideia de mais impostos.
Hercúleo
Entre o começo dos trabalhos de transição e o fim das eleições, José Eduardo Cardozo dá, atualmente, dez horas de aula na PUC paulistana. "Concentrei todas nas sextas-feiras para poder trabalhar na campanha", justifica. Trata-se de curso preparatório para juízes e promotores.
Na segunda, Cardozo começa a dar plantão no CCBB de Brasília, juntamente com José Eduardo Dutra, Antonio Palocci e Michel Temer. Somam-se a outros 50 técnicos que participarão da transição. Lei criada por FHC, em 2002, abriu essas vagas técnicas, devidamente remuneradas, para ajudar em mudança de governos. Mas os políticos trabalham sem cachê.
Choque de realidade
Lula recusou oferta de casarão no Ibirapuera para montar seu instituto. "Quero algo mais simples, condizente com minha realidade", teria justificado o presidente.
Sombra
Mesmo não tendo tomado posse, Dilma ganhou ontem a companhia de uma oficial militar. É ela quem fará a varredura de todos os lugares antes que a presidente eleita passe.
Rafale chegou
Clima de guerra nos céus do Nordeste. Mais de 90 aeronaves do Brasil, EUA, França, Argentina, Chile e Uruguai participam dos exercícios aéreos da Operação Cruzeiro do Sul. Incluindo o Rafale, da Dassault: provável escolha do governo brasileiro na compra de caças para a Aeronáutica. As manobras militares terminam dia 19.
E Lula bate martelo quando?
Ele, o estrategista
De olho no futuro, como sempre, Eliezer Batista inova. Está dividindo seu tempo entre romance e produção intelectual com Inguelore Scheunemann.
O casal apresentou ao BNDES o esboço de trabalho sobre um novo modelo de desenvolvimento. Nome? Gestão Integrada do Território.
Estrategista 2
O desenho pretende conectar diferentes atores da sociedade em um só sistema de rede. Como poder central e local, empresas, associações e outras organizações da sociedade civil, ensino superior, estruturas de expressão e articulação de identidades.
Cult
Mais um nome entre os cotados para o MinC: o de Fernando Morais. Contatado pela coluna, o escritor informa não ter sido sondado ou conhecer qualquer movimento nesse sentido.
Acrescenta que se o convite acontecer, não se poupará em dizer um "polido mas sincero não".
Cult 2
Moraes fez este ano 17 entrevistas nos EUA, México e Cuba. Motivo? Seu próximo livro, Os Últimos Soldados da Guerra Fria, sobre cinco agentes da inteligência cubana infiltrados em organizações de ultra direita na Flórida.
Na frente
Arnaldo Antunes troca de papel, hoje, na Sala Crisantempo. Senta-se na plateia para prestigiar a filha Celeste, de 19 anos. A moça estreia na direção da peça Fermento.
J. Hawilla, um dos responsáveis pela vinda de Paul McCartney a SP, não resiste às origens: compara o Beatle a Pelé.
Adriana Degreas abre hoje sua loja no Iguatemi.
Mario Berardo Garnero e Alejandro Agag armam festa do GP Brasil. Amanhã, no prédio da Brasilinvest.
Alan Charlton, embaixador britânico no Brasil, e John Doddrell, cônsul geral em São Paulo, pilotam tarde de arte e de design. Hoje, no Centro Britânico.
O documentário José e Pilar tem lançamento hoje, no Studio Emme. Com show de Berlam e a Banda Larga.
Mario Vargas Llosa apresentou, ontem em Madri, sua nova obra El Sueño del Celta. Vai vender como água.
Ana Paula Salomão reúne 108 ex-dasluzetes para almoço em prol do Hospital Darcy Vargas. Terça, no Blue Gardênia
Depois de tocar em Floripa, Fergie e a turma do Black Eyed Peas caíram no calor da Praia do Forte.
Futebol com chip
Habitué de copas do mundo, o árbitro Carlos Eugênio Simon, conhecido como "maestro dos campos", é a favor do uso de tecnologia nos gramados. Entretanto, em conversa com a coluna, o juiz que se aposenta em dezembro, avisa: não são em todas as situações. Hoje ele lidera debate sobre o tema, no Museu da Imagem e do Som. Promovido pela Nokia.
Em quais situações defende aparatos tecnológicos para ajudar na arbitragem?
Sou favorável ao ponto eletrônico, em que o árbitro pode se comunicar com seus assistentes. Também ao signal bip - a bandeirinha eletrônica.
E o chip na bola?
Aprovo. Desde que seja de tecnologia confiável. Assim, quando a bola ultrapassar a linha do gol, um sinal será emitido para as antenas e para o relógio do árbitro. Estão estudando como fazer isso.
Sobre consultar a imagem na TV?
Sou contra. Porque a imagem nem sempre é confiável. E não dá para ficar parando o jogo para olhar o monitor.
Como juiz de futebol, você tem pouco tempo para tomar uma decisão...
Algo como três segundos. Portanto, tenho que estar bem preparado físico e mentalmente.
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