Receita tributária de SP cresce 11,8% no acumulado do ano ante 2009
Maria Cristina Frias
Folha de S.Paulo - 19/11/2010
No acumulado de janeiro a outubro de 2010, a receita tributária do Estado de São Paulo totalizou R$ 88,3 bilhões, com expansão de 11,8% em relação a igual período do ano anterior.
Os dados, que serão divulgados hoje, são da Secretaria da Fazenda paulista.
Em outubro, atingiu R$ 8,6 bilhões, com crescimento, em termos reais, de 4,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O indicador de tendência apresentou crescimento de 11,9%, muito próximo da taxa de crescimento registrada no acumulado do ano.
Em relação ao mês anterior, a receita tributária manteve-se estável, com arrecadação real ligeiramente inferior à de setembro.
ICMS
A receita acumulada no ano de ICMS foi de R$ 75,1 bilhões, ante o mesmo período de 2009. Houve crescimento de 13,7%, abaixo dos resultados dos cinco últimos meses. O ICMS representou 85% da arrecadação do ano.
A arrecadação de ICMS em outubro subiu 5,3% em relação ao período em 2009.
Em outubro, a receita do IPVA (líquida do PPD) foi de R$ 267 milhões, com queda real de 0,5% no comparativo com igual mês do ano anterior. No acumulado em 2010, a arrecadação com IPVA chega a R$ 8,9 bilhões e registra alta de 1,6% no período e elevação de 3,3% no indicador dos últimos 12 meses.
TAXAS
O recolhimento de taxas foi de R$ 338 milhões no mês passado e de R$ 3,091 bilhões no acumulado deste ano, com aumento real de 7,4% ante 2009.
CHOCOLATE DA FLORESTA
A baiana Amma, de chocolates orgânicos, fechou parceria com o Salão do Chocolate, o maior evento mundial do setor, realizado em dez cidades como Paris, Moscou, Nova York e Tóquio, para fazer uma edição brasileira.
"Pela primeira vez, o evento será realizado em um país produtor de cacau", diz Diego Badaró, sócio da Amma. O salão está marcado para julho de 2012, em Salvador.
Em paralelo, acontecerão debates sobre o futuro do mercado. Apesar da recente alta do preço do cacau, o que os produtores recebem está longe do ideal, segundo ele.
"Muitos estão abandonando a cultura. Em dez anos, teremos um colapso no mercado, devido à falta de matéria-prima."
Badaró, a quinta geração de uma família de produtores do sul da Bahia, criou a Amma em sociedade com o americano Frederick Schilling, fundador da Dagoba Organic Chocolate.
Cerca de 50% da produção é exportada. A fábrica produz quatro toneladas de chocolates por mês.
"Escolhemos cada grão, cada safra. É como elaborar um vinho", diz Badaró.
Em queda no ano, preços de frango e peru sobem no Natal
O aumento no consumo de aves nas festas de Natal vai elevar seus preços, que tiveram queda ao longo do ano.
O frango especial e o peru, aves mais consumidas nesta época, tiveram respectivamente queda de 17,9% e 11,7% no acumulado até outubro ante o mesmo período de 2009, segundo o Índice de Preços dos Supermercados, que será divulgado hoje pela Apas (Associação Paulista dos Supermercados).
O aumento da demanda pelas classes de renda mais baixa deve estimular um volume 10% superior nas vendas ante o registrado no ano passado, na expectativa do setor supermercadista.
A pressão no preço, porém, pode aparecer na véspera. Entre os consumidores de renda baixa, que não têm freezer, a dificuldade de acondicionar congelados impulsiona a demanda nos dias que antecedem a noite de Natal, de acordo com a Apas.
A alta demanda desencadeará preços 9% mais altos entre a primeira semana de dezembro e a véspera da ceia, segundo a entidade.
Outro dado do indicador de preços mostra que em outubro os supermercados paulistas tiveram alta geral de 2,4% nos produtos, saindo de uma trajetória de queda entre junho e agosto, para uma alta consecutiva entre setembro e outubro.
No acumulado do ano o índice mostra alta de 6,8%.
Consumo A BRMalls amplia investimentos em São Paulo. Na próxima semana inaugura o Granja Vianna, primeiro shopping no município de Cotia, na Grande São Paulo. Os investimentos foram de R$ 175 milhões. A BRMalls inaugura no ano que vem um shopping na Mooca, na capital.
Atendimento... A Algar Tecnologia, empresa do Grupo Algar, acaba de fechar um contrato com a Light para fazer a gestão e a operação integrada dos canais de relacionamento. Serão atendidos mais de 4 milhões de clientes da distribuidora de energia, que atua em 31 municípios do Estado do Rio de Janeiro.
...no Rio Na operação, foram investidos pela empresa R$ 4,3 milhões. A Algar começou a atuar no Estado em agosto, com a operação de "customer services" para a Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Refrescante A Halls investiu R$ 2,5 milhões na produção e na promoção do Halls XS Xtra Sound. No ano passado, a marca vendeu cerca de 110 milhões de unidades.
Heliópolis O número de trabalhadores contratados pelo comércio na favela Heliópolis, no Ipiranga, em São Paulo, já representa 10% da população local, de 120 mil moradores, segundo o Sindicato dos Comerciários. No local funciona o pequeno comércio, onde a informalidade chega a 80%.
Embreagem... A Indiana Seguros, do Grupo Liberty, fechou parceria com a chinesa Chery para a venda de seguros de carros nas concessionárias da marca no Brasil.
...chinesa "Crescemos 22% ao ano com os negócios de distribuição de seguros no varejo automotivo", diz Marcos Machini, vice-presidente do grupo. Os produtos já começam a ser distribuídos nas lojas autorizadas da Chery que operam no país.
Sala de aula A Porto Seguro lança um seguro para as instituições de ensino. O objetivo da apólice é garantir assistência aos alunos do estabelecimento segurado em casos de acidente, com coberturas válidas 24 horas, independentemente dos horários das atividades escolares.
Comércio deve contratar 50 mil para o fim do ano em SP
Cerca de 50 mil novos trabalhadores devem ser contratados entre setembro e dezembro na cidade de São Paulo, de acordo com estimativas do Sindicato dos Comerciários.
A maior parte das vagas aparece em shoppings, revendas de veículos e supermercados.
O número equivale aos trabalhadores com carteira assinada, mas como a informalidade ainda é grande no setor, são estimados pela entidade outros cerca de 10 mil trabalhadores sem registro.
No ano passado, devido à crise econômica, esse número não alcançou 30 mil trabalhadores contratados com carteira assinada.
O sindicato estima que mais de 50 mil tenham sido contratados na informalidade, muitos para trabalhar apenas por um mês.
Neste ano o mercado está aquecido, as vendas estão em alta e as contratações acompanham.
A associação dos shoppings estima 100 mil no Estado.
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