Grupo especializado em porto amplia investimentos
Maria Cristina Frias
Folha de S.Paulo - 03/11/2010
O Grupo Libra, especializado em operação portuária e logística, planeja novos investimentos e diversificação de suas atividades no país e no exterior.
A empresa pretende aumentar em 50% um terminal frigorificado em Cubatão (SP), ampliar o terminal da Libra Logística Valongo, em Santos, além de expandir o porto seco em Campinas.
"O investimento total será de R$ 80 milhões", afirma Marcelo Araújo, presidente do Grupo Libra.
A empresa também acaba de anunciar R$ 110 milhões em equipamentos novos para terminais de Santos e Rio.
"Fala-se mal dos portos no Brasil ainda. E os próximos dois anos serão difíceis", diz.
Com os planos que tem em curso, Araújo estima melhor cenário. No Rio, há um projeto conjunto com o Estado e o município, que deve entrar em operação em 2012. O grupo também planeja participar da licitação de novo terminal portuário em Manaus.
"O Rio já avança bem, pois já teve o Pan. Manaus, que receberá investimentos por conta da Copa, é que vai exigir grandes esforços", diz.
O plano global de investimento é de R$ 1,1 bilhão nos próximos quatro anos.
A companhia também tem negócio de azeites no Chile. "Estamos hoje com 690 hectares plantados de oliveiras. Devemos dobrar. Serão necessários US$ 10 milhões."
Na mira, há outros setores. "Procuramos investir em setor ligado ao consumo doméstico para dependermos menos da taxa de câmbio", diz Araújo, que fala em educação e varejo.
Redução de prazo para licitação de terminal de Salvador é inviável, diz Antaq
A redução de 36 para 6 meses no prazo para a Codeba (Companhia Docas da Bahia) licitar o 2º Terminal de Contêiner de Salvador é inviável, segundo a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).
O pedido foi feito pela Usuport (Associação de Usuários dos Portos da Bahia) com recurso administrativo ao órgão, em agosto deste ano.
"Temos certeza que o governo também tem interesse [em fazer a obra] rápido. O prazo deveria ser menor para demonstrar isso", diz Marco Martins, presidente do conselho diretor da Usuport.
A definição de prazos, porém, depende das etapas obrigatórias ao processo de licitação, como estudo de viabilidade e licenciamento ambiental, segundo Jair Galvão, da Gerência de Portos Públicos da Antaq.
"A maioria das etapas são sequenciais e interdependentes e precisam respeitar prazos legalmente estabelecidos", diz Galvão.
O prazo poderá ser reduzido se houver perigo de gargalo, segundo José Rebouças, diretor-presidente da Codeba. "Faremos o estudo de viabilidade, mas temos 36 meses. Se algum grupo mostrar um antes, levarei à Antaq."
PLANTÃO MÉDICO
O Hospital Sírio-Libanês inaugura em breve um novo centro médico, localizado no Prime Medical Center, no Itaim Bibi, em São Paulo.
Construída em sete meses, a obra recebeu investimentos de cerca de R$ 40 milhões.
A nova unidade do hospital tem 4.400 m2 de área construída, dividida em centros de oncologia, diagnósticos, reprodução humana e endoscopia.
Também foram construídas quatro salas de cirurgias para intervenções de pequeno e médio portes.
Durante a obra, realizada pela Serpal Engenharia, do Grupo Advento, foram gerados 140 empregos diretos.
Na medida No livro "Retorno de Investimentos em Comunicação" (ed. Difusão, 424 págs.), Mitsuru Yanaze mostra como avaliar o impacto da comunicação nos negócios a partir de metodologias de mensuração. Com coautoria de Otávio Freire e Diego Senise, a obra traz pesquisa da ECA-USP sobre como gestores de comunicação planejam, organizam e avaliam resultados.
A VER NAVIOS
Na temporada de 2009/ 2010, houve aumento de mais de 30% no número de estrangeiros que passaram pelo litoral brasileiro por meio de cruzeiros.
Para 2010/2011, a expectativa é que 132,7 mil turistas do mundo todo naveguem pelo litoral do país, segundo a Abremar (associação brasileira de cruzeiros).
"Os sul-americanos, principalmente os argentinos, formam o maior contingente", diz Ricardo Amaral, presidente da Abremar.
Os estrangeiros costumam gastar, em média, US$ 300 por dia nos destinos por onde os navios fazem escalas, segundo a entidade.
MOEDA DE TROCA
A prática dos agricultores de trocar parte da produção por defensivos agrícolas tem crescido. A Basf utiliza o modelo de "barter" (troca, em inglês) como uma modalidade financeira.
Na safra 2009/10, as vendas por meio desse modelo representaram 15% do total faturado pela unidade de proteção de cultivos da empresa. A projeção é que esse percentual suba para 30% nos próximos dois anos.
"O agricultor acaba mitigando o risco dele no início da safra. Ele se protege da variação cambial e dos preços das commodities", diz Maurício Russomanno, vice-presidente da área de proteção de cultivos da Basf no Brasil.
O processo inclui, além do agricultor e da Basf, uma "trading". No final da safra, o agricultor entrega as sacas para a "trading", que paga à Basf. A soja é a principal commodity desse contrato, com 60% de participação.
A companhia já começa a implementar a modalidade na Argentina e nos países do Leste Europeu. "Temos uma equipe auxiliando o pessoal local", diz Russomanno.
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