O ministro do Rio
Ilimar Franco
O Globo - 30/11/2010
A presidente eleita, Dilma Rousseff, já fez sua escolha para o Ministério da Saúde. Ela quer que o secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, assuma a pasta. Sua transferência para o governo federal foi discutida ontem, na Granja do Torto, no encontro de Dilma com o governador Sérgio Cabral. O PMDB manteria assim, em suas mãos, o maior orçamento. Mas não se sabe, ainda, qual a reação de seus líderes e dirigentes com essa escolha.
Os três curingas de Dilma Rousseff
A presidente eleita, Dilma Rousseff, considera curingas, na montagem do ministério, os petistas José Eduardo Cardozo, Paulo Bernardo e Fernando Pimentel. Os três serão ministros. Cardozo vai, provavelmente, para a Justiça; Paulo Bernardo está indo para Comunicações; e Pimentel pode ir para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Mas os três sabem que podem acabar sendo escalados para outras áreas, dependendo das necessidades criadas na composição com os partidos aliados. O que melhor ilustra essa indefinição é o caso de José Eduardo Cardozo. Até ontem, ele não tinha procurado ninguém do Ministério da Justiça.
Desejos
O PT de Pernambuco quer ficar com o Ministério do Desenvolvimento Social, o da Cultura ou o de Ciência e Tecnologia. Os petistas pernambucanos argumentam que seu desempenho nas urnas justifica um cargo no primeiro escalão.
Diferença
Os políticos já perceberam que há uma diferença enorme de estilo entre o atual vice-presidente, José Alencar, e o futuro vice, Michel Temer. Eles dizem que Temer atua com desenvoltura e visibilidade. Alencar é mais discreto.
Jogando contra
O PT trabalha contra a indicação de Fernando Bezerra Coelho, apadrinhado do presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para o Ministério da Integração Nacional. Os petistas elogiam seu trabalho na Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico e na presidência do porto de Suape, mas reclamam que, politicamente, ele seria um “trator”. Ou seja, o PT teme perder espaço, caso Coelho ocupe a pasta.
Primeiro o PMDB, depois os demais
A presidente eleita, Dilma Rousseff, inicia a semana tratando da participação do PMDB em seu governo. Além da Saúde, decidida ontem, já está certo que o senador Edison Lobão (MA) voltará para o Ministério de Minas e Energia. O partido terá ainda mais duas ou três pastas. O ministro Nelson Jobim (Defesa) não entra na cota do PMDB. Depois disso, Dilma começará a decidir o espaço dos demais partidos da aliança. O PSB vai levar Integração, e o PP pode manter Cidades.
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