Homofobia na escola
ANCELMO GÓIS
O GLOBO - 03/10/10
As secretarias fluminenses de Assistência Social e Direitos Humanos e de Educação apresentam amanhã, num seminário no Rio, uma pesquisa sobre homofobia nas escolas, feita com alunos de 11 a 17 anos.
“Não dá para esconder”, diz o secretário Ricardo Henriques.
“Adolescentes gays ainda são discriminados nas escolas por sua orientação sexual.”
Violência física...
Veja o relato de um dos 134 alunos ouvidos na pesquisa: — Geralmente, a violência física é disfarçada. Não batem na frente de todo mundo. Aí o garoto está descendo a escada, passa um e fala “veadinho” e dá um chute. Aí o garoto vai e chega lá fora, aí um fala “vou te pegar”, tudo assim”...
Caixa baixa
As contas da campanha de José Serra viraram o mês, de setembro para outubro, com dívidas em torno de R$ 30 milhões.
Tia Dilma
Dilma é quase sempre tratada de ministra em encontros com políticos e empresários.
Mas, quando falam entre si, os ex-colegas de governo só a chamam de “tia”. Faz sentido.
Viva Djavan!
O juiz da 36° Vara Cível do Rio, Rossidelio Lopes da Fonte, deu ganho de causa a Djavan em ação movida pelo compositor contra a gravadora EMI pela posse de 19 músicas suas — entre as quais, “A ilha”, “A mata”, “Alumbramento”, “Aquele um”, “Dor e prata” e “Êxtase”.
O cantor se queixava de não receber seus direitos.
Peru molhado
Das 40 marchinhas já inscritas no concurso de carnaval da Fundição Progresso, no Rio, para 2011, três criticam os... mijões! Trecho de “Pinto molhado”, de Vadilson Ferreira: “Agora a lei é municipal/Quem mijar fora do penico vai parar no tribunal
Lá e cá
Quem acha que as regras eleitorais na Venezuela foram manipuladas para ajudar o governo precisa ver como fizeram...
no Brasil.
Mas, calma, gente, a culpa não é de Lula.
É que...
Desde 1977, quando o então presidente Geisel baixou o Pacote de Abril, a representação eleitoral no Brasil está distorcida.
Assim como no país de Chávez, o voto de um eleitor das regiões mais pobres, como o Nordeste, vale mais que o de eleitores de Rio, São Paulo, Minas e do Sul.
Geisel, além disso, introduziu a exigência mínima de oito deputados por estado, mesmo naqueles menores, que teriam direito a dois ou três parlamentares, no máximo.
Mas...
Quem é que tem coragem de mudar isso?
Cine carioca
CVM e Ancine autorizaram a criação do Funcine Rio 1, fundo destinado a apoiar projetos de empresas de cinema do Rio.
Nasce com R$ 18 milhões em caixa, de cotistas como BNDES, Investe Rio, Firjan, RioFilme e Lacan, a empresa do ex-diretor do BC Luiz Augusto Candiota que também é gestora do fundo.
Portela na rede
A Portela põe no ar hoje um novo site (www.gresportela.com.br) que vai disponibilizar, veja que legal, as gravações originais de seus sambas desde a década de 1970.
Tempos modernos
Uma tia do coleguinha boapraça Alex Escobar, da TV Globo, passou sufoco por causa de um aparelho de GPS.
No caminho de Bangu para Jacarepaguá, no Rio, a rebimboca a fez parar dentro de uma favela, onde foi ameaçada por bandidos.
Segue...
Escobar diz, com razão: — Não é o primeiro relato desse tipo que ouço. O GPS fornece o caminho mais curto, desconsiderando a segurança.
É preciso estar alerta
No mais
A coluna acha que o melhor que pode acontecer com o Brasil depois da eleição de hoje é... nada.
A receita é seguir em frente, sem aventuras, apostando na democracia e nas instituições e insistindo na trilha da inclusão social dos mais pobres.
O resto, a gente corre atrás.
Bom voto.
ZONA FRANCA
Amanhã, Ana Franqueira, Ana Tereza Miranda e Luciana de La Peña lançam “Mulher vamos descomplicar”, às 19h, na Argumento do Leblon.
O curta “O gigante do papelão”, sobre o artista plástico Sérgio Cezar, foi premiado no Festival Inffinito, Uruguai.
A professora Marta Galvão coordena o curso de radiologia, quarta, no VII Congresso de Clínica Médica do Rio.
A prática Justiça Comunitária, idealizada pela juíza Gláucia Foley, do DF, completa dez anos.
Liszt Vieira lança o livro “Nacional global — União Europeia e Mercosul”, na Travessa de Ipanema, amanhã.
Mônica Pondé lança a coleção Fleur du Temps, em Ipanema e Leblon.
Amanhã, alunos do Colégio Pedro II, em São Cristóvão, participam do Encontro Brasil Canadá de Educação.
O DOMINGO É de Maria Joana Chiappetta, 24 anos, esta linda atriz carioca que vai estrear na TV no papel da policial Maria da Glória, em “Araguaia”, nova novela das 21h da TV Globo.
Na trama, de Walter Negrão, sua personagem será a auxiliar do delegado Geraldo, interpretado por Ângelo Antônio. No serviço, Maria da Glória será durona.
Mas, como civil, vai se transformar na doce e romântica Glorinha, como mostra a foto.
Prende eu
A eleição da vaca
Nesta eleição, uma das palavras mais repetidas foi “avacalhamento”. E seus sinônimos. Foi usada em abundância em relação ao palhaço Tiririca, por exemplo. Não por sua candidatura a deputado, em si legítima, mas por seu discurso (“vote em Tiririca, pior do que está...
não fica”), que reduz ainda mais a Casa Legislativa — como se diz em Frei Paulo — a cocô do cavalo do bandido.
Mas, em defesa do palhaço, diga-se que o achincalhamento nesta eleição já começou com a Lei da Ficha Limpa. Até Paulo Maluf conseguiu registro de candidato.
Convidado a tirar dúvidas sobre a aplicação da Lei, o STF deu uma de Chacrinha, como lembrou Elio Gaspari, quando dizia: “Eu vim para confundir, não para explicar.” A indefinição dos juízes põe o Congresso sub judice.
Ainda em agosto do ano passado, o “sr. Ibope” Carlos Augusto Montenegro pôs em ridículo a comunidade das pesquisas ao dizer que o PT estava em decomposição e que Lula não ia conseguir transferir votos para Dilma.
Já Serra esculhambou o sentido da palavra oposição (que, segundo o “Aurélio”, significa “partido( s) político(s) contrário( s) ao governo”) ao iniciar sua campanha com elogios ao... governo.
Lula avacalhou o que seu amigo Sarney chamava de “liturgia do cargo”.
Presidiu sua própria sucessão no palanque. Fez mais comícios do que Dilma — e, na reta final, cego pelo sucesso, perdeu as estribeiras.
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