ANCELMO GÓIS

Cordel é cultura 

Ancelmo Góis 

O Globo - 14/09/2010

O cordelista Aderaldo Luciano, que teve recusado seu trabalho no I Encontro do Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea da UFRJ, decidiu ir à abertura do evento dia 21 e pedir a palavra, para fazer um protesto. Em forma de cordel, claro.

Cadê os artistas?
Esta é a campanha eleitoral com a menor presença de artistas desde o fim da ditadura.
A turma do PT parece ter vergonha de Dilma. A dos tucanos nem se anima a falar em Serra.

Aliás...
Quanto ao governo Lula e à Cultura, em que pesem muita marola e marketing, tudo vai terminar pior do que antes. Ao convidar Gil para o ministério em 2002, Lula prometeu que terminaria o governo dando ao Minc ao menos 1% do orçamento. Mas a Cultura virou o patinho feio da Esplanada.

Veja sóNo Orçamento de 2011, o último de Lula, encaminhado ao Congresso, o Ministério da Cultura ficará com irrisórios 0,16% da grana da União. É menos do que em 2010, quando teve 0,23% do bolo. A Cultura na era Lula só é mais importante do que a Pesca.

Diário de JustiçaA 33ª Vara Cível do Rio deu ganho de causa ao empresário Léo Rabello, que cobrava do Botafogo uma comissão pela negociação de Donizete, e mandou bloquear os bens da Companhia Botafogo. A Justiça diz que a criação da companhia, dona da marca do clube, seria “uma forma de driblar os credores”. Cabe recurso.

No mais
Dilma vai ter dificuldade de compor um eventual governo com nomes de sua confiança.
Fernando Pimentel e Erenice Guerra, que eram barbadas no primeiro time, saíram chamuscados em escândalos recentes.

O livro do guru
A 42ª Vara Cível do Rio determinou que a editora Sextante pare de publicar o livro “Autobiografia de um iogue” e que recolha em 60 dias os que estão espalhados no mercado. Escrito pelo guru indiano Paramahansa Yogananda em 1946, o livro é um dos maiores best-sellers do planeta.

Plágio da capa
A decisão foi motivada por uma ação da Lótus do Saber, uma editora carioca especializada em livros de espiritualidade, que publicava a obra até 2005. A Sextante, a grande editora brasileira e atual detentora do livro do guru, é acusada de plagiar a capa. Cabe recurso.

Malandro angolano
Lázaro Ramos está em Lisboa, filmando “O grande Kilapy”. A obra, de Zezé Gamboa, conta a história de um malandro angolano, durante o período colonial.

Homicídio em queda
Julho passado, pelo 11º mês consecutivo, ocorreu queda de homicídios no Rio. Foram 324 registros em 2010 contra 397 de julho de 2009, uma redução, no mês, de 18,4%. Pelas contas da Secretaria de Segurança Pública, o Rio vai fechar o ano com 29 homicídios por 100 mil habitantes.

Veja só...
Em 2007, o indicador era bem mais alto: 39,6 por 100 mil moradores. A meta do secretário Beltrame é reduzir para 22 por 100 mil, atual média nacional, até a Copa de 14. Tomara.

Bem-vindo, Renato
Semana passada, um jovem chamado Renato, ex-soldado do tráfico, abordou PMs da UPP do Morro do Andaraí, na Zona Norte do Rio, querendo se entregar: — Quero voltar a estudar e arrumar um emprego para ajudar minha família — contou Renato, 20 anos, à espera do segundo filho, em entrevista ao Blog da Pacificação (veja em http://migre.me/1h9hW).

Coisa feia!
O bar São Nunca, na Barra, recebeu quatro autos de infração da Vigilância Sanitária e duas multas. O boteco insiste em não obedecer à lei antifumo.

Sentados na cadeira
A disputa pela presidência da Assembleia Legislativa do Rio ano que vem já começou.
Estaria entre Paulo Melo e Domingos Brazão. Os dois... deixa pra lá.

CONHECE? É Suzana Pires, beleza morena que volta às telas como a Janaína em “Araguaia”, próxima novela das 18h da TV Globo, na qual viverá uma viúva forte e determinada

FAFÁ DE BELÉM posa toda risonha em Astana, no Cazaquistão, após o show, organizado pelo nosso embaixador Frederico S. Duque Estrada Meyer, no qual lotou o maior teatro da cidade, com 1.300 lugares. Um sucesso

Ponto Final
No governo de um Silva os escândalos trazem personagens de nomes esquisitos como Erenice, Euriza, Eudacy, Delúbio, Francenildo, Barquete, Vedoin, Gedimar, Valdebran, Bargas, Lorenzeti e Freud. Não é nada, não é nada... não é nada.