Saiu pela culatra
Ancelmo Góis
O Globo - 17/05/2010
A juíza federal Luciana da Veiga Oliveira, de Foz do Iguaçu, PR, rejeitou um pedido de indenização de R$ 200 milhões feito pelas gigantes Alston Power e Voith Siemens contra a Itaipu Binacional.
As duas, responsáveis pela montagem e pelo transporte de turbinas da usina, alegavam prejuízos com a alteração do cronograma original do contrato de fornecimento das máquinas.
Pior...
A juíza determinou ainda que a Alston Power e a Voith Siemens paguem as custas do processo e os honorários dos advogados, de 10% da causa.
Ou seja, ainda terão de tirar do bolso uns R$ 20 milhões
Negócios da bola A Fifa reclamou que havia patrocinador da CBF sorteando bilhetes para a Copa da África. Diz que este tipo de ação é só para os parceiros da entidade planetária.
A CBF deu o troco. Reclamou que patrocinadores da Fifa, como Visa e Hyundai, estavam tirando uma casquinha da seleção brasileira.
Ou seja...
Amigos, amigos... negócios à parte.
Calma, santa A travesti Jane Di Castro, que vai cantar o Hino Nacional na Marcha contra o Preconceito, quarta, em Brasília, implica com o pastor Silas Malafaia: — É o maior incentivador da homofobia no Brasil. Queria estar num debate com ele para entender o motivo de tanta raiva.
Fator crack Caetano Veloso, embora odeie drogas, era favorável à legalização e ao controle de todas.
O baiano não mudou de ideia.
Mas acha que a prioridade agora é enfrentar a tragédia do crack, como contou em entrevista ao blog que Celso Athayde, fundador da Central Única de Favelas, lança amanhã.
Fala Caetano...
Nosso cantor disse: — Um dia, em Salvador, vi uma mulher totalmente destruída, andando na frente do táxi em que eu ia. Ela estava magérrima, toda manchada, arrancando uns cabelos da cabeça. Era uma visão poderosa. O motorista me disse, com naturalidade: “É crack.” Depois, vi meninos assim.
Decidi deixar meus pensamentos de legalização para mais tarde.
No mais...
Caetano é a favor da luz.
The big short’ A Editora Best Business comprou os direitos de publicação no Brasil do livro “The big short”, do americano Michael Lewis, há semanas líder de todas as listas de mais vendidos de não ficção nos EUA.
Trata-se de grande reportagem sobre um grupo de profissionais do mercado que se deu bem na crise.
Chutes na bunda O TRF do Rio condenou a União a indenizar em R$ 50 mil, por danos morais, a coleguinha Sheila Campos.
Em 31 de dezembro de 1999, na cobertura do réveillon no Forte de Copacabana, Sheila teria sido imobilizada por militares do Exército, xingada de “vagabunda” e “cachorra”, ficou sem a câmera e, diz seu advogado, Jorge Beja, ainda levou “chutes na bunda”.
Segue...
Tudo se deu porque Sheila, antes da chegada de FH, então presidente, fotografou o colega Fernando Bezerra sendo agredido por ter registrado a queda do toldo que cobria o local onde as autoridades ficariam.
Mais hospitaleiro O secretário Antônio Pedro lança hoje o programa Rio Mais Hospitaleiro, para capacitar profissionais de algumas áreas a lidarem com os turistas na Copa e nas Olimpíada
Aula para presos Luciano Huck vai fazer uma palestra na Universidade Federal Rural do Rio, amanhã, para uma turma que inclui presos em regime semiaberto.
IR A CEMITÉRIO é sempre um ritual doloroso para quem perde os seus. Mas, no Rio, o calvário das famílias parece maior, pois a conservação desses lugares, meu Deus, é muito ruim. Veja o caso deste pai, João Zacarias da Paz Sá, autor da foto. A cena é do Cemitério de Paquetá. Todo início de mês, seu João e a mulher vão cuidar, por conta própria, do túmulo de um filho que morreu prematuramente há oito anos. Mas o poder do casal é limitado. Por isso, desde 1ode maio, seu João pedia à Santa Casa para serrar o galho pesado de uma árvore que ameaçava tombar sobre o túmulo do filho. Apesar das inúmeras promessas, nada foi feito.
Até que, dia 10, veja você mesmo, o pesado galho caiu e quebrou o jazigo. Segundo eles, outro galho espesso já havia desabado dia 26 de abril sobre um túmulo vizinho, também sem providência da Santa Casa. É pena CLÉO PIRES, lindeza de atriz, ri de si mesma ao assistir a suas cenas num monitor do set de filmagem de “Qualquer gato vira-lata...”, novo longa de Thomaz Portella
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