BB fecha a compra do Banco Patagônia
Maria Cristina Frias
Folha de S.Paulo - 16/04/2010
O Banco do Brasil já fechou a compra do argentino Banco Patagônia. No próximo dia 22, o presidente do banco brasileiro, Aldemir Bendine, vai à Argentina para assinar os papeis que formalizam a aquisição.
O maior banco brasileiro adquire 51% do controle do estrangeiro, segundo pessoas que participaram das negociações. Ainda resta sair a autorização do Banco Central da Argentina.
O Banco Patagônia é o quarto ou quinto banco, dependendo do ranking, em ativos do país vizinho. Possui 154 agências na Argentina e é considerado de baixíssimo risco.
A compra do banco argentino representa um primeiro passo para a sonhada internacionalização do Banco do Brasil, em linha com o que o governo federal vem defendendo para outros setores.
O Banco do Brasil esteve muito perto também de comprar um banco nos Estados Unidos. Surgiram duas oportunidades consideradas muito interessantes pelo comando do banco, seguindo o que a coluna apurou.
A compra, porém, não pôde ser efetuada porque o Banco do Brasil não tinha o status recém-concedido pelo Federal Reserve (o BC dos EUA), que autoriza operações no país.
O BB tinha permissão restrita para operar, que não autorizava a compra de um banco americano nem a operação no mercado de capitais do país.
O Banco Patagônia não é considerado como uma instituição alavancada, com alto endividamento. Por outro lado, está acostumado a fazer operações muito básicas, sem sofisticação e grande tecnologia.
Colheita Perdida
Cerca de 2,8 milhões de toneladas de soja foram perdidas na safra 2009/10 devido ao uso de máquinas antigas nas lavouras. As perdas chegam a 8% da colheita, por causa da má regulagem dos equipamentos, tanto na hora de plantar como na de colher, segundo a Agroconsult. "Com equipamentos novos e que gerem melhores resultados, o índice de perda é no máximo de 0,5%", diz André Pessôa, sócio da consultoria. Como incentivo para que os produtores renovem a frota, "o governo deveria manter as taxas de juros dos financiamentos em patamares baixos", diz Pessôa. O problema de logística no país é outro entrave à modernização. "No Brasil central, boa parte da renda com potencial para investimento é gasta com transporte", diz. A partir de 2011, o Rally da Safra, uma viagem técnica feita pela Agroconsult há sete anos, que percorre mais de 1.200 lavouras em 11 Estados do país para avaliar a safra, irá incorporar oficialmente o levantamento das perdas.
Fermento no Mate
A rede carioca MegaMatte quer conquistar o mercado paulista. A empresa de alimentação, que não vende refrigerante e tem opções saudáveis no cardápio, inaugurou nesta semana uma loja no ABC paulista e irá abrir outra no centro da capital no mês que vem, totalizando seis pontos de venda no Estado. A rede tem hoje 56 lojas em funcionamento, sendo 48 no Rio. "No primeiro semestre, já devemos ultrapassar o número de inaugurações de 2009 inteiro", diz Fátima Rocha, diretora-executiva. A expectativa da rede é fechar o ano com 80 lojas e faturamento de R$ 50,6 milhões, com alta de 60% sobre 2009. "As classes C e D estão se preocupando em consumir produtos mais saudáveis", diz.
Copo Cheio
As importações brasileiras de uísque escocês cresceram 56% em volume no ano passado, o que elevou o país à sétima posição entre os maiores mercados importadores do destilado, segundo a Associação do Uísque Escocês. As compras totalizaram R$ 162 milhões, aumento de 44% -uma das maiores altas, porém insuficiente para colocar o país entre os dez maiores mercados em valor.
Estetoscópio
Mais de 60 lideranças da área de saúde do Brasil e da Argentina se reúnem hoje em Buenos Aires na reunião do Conselho Gestor da Bionexo, comunidade de negócios hospitalares, que abrange mais de 450 hospitais. Entre os participantes brasileiros estão o Hospital Israelita Albert Einstein, o Hospital São Camilo-SP, a Unifesp e a Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados). Na pauta, inovações tecnológicas, saúde na Argentina, segurança sanitária, rastreabilidade dos medicamentos e outros temas.
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